My Reign [Concluída]

Capítulo 97 - Prisioneira

Demorei mais do que eu queria com esse capitulo e olha que nem era um capítulo grande, mas não saia de jeito nenhum.

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A rainha Leeza estava em seu aposento no castelo francês, aposento que outrora havia sido de Catherine. Servas a ajudavam a se vestir para o Festival de Saint Michael. O evento quase havia sido cancelado devido às batalhas que haviam começado, mas Leeza estava extremamente inspirada com sua mais nova conquista e achou que o festival era o lugar ideal para seu gran finale.

Após bater na porta, Louis entrou no quarto, usando sua máscara preta. Esse acessório era tradição no Festival de Saint Michael. As servas saíram, pois já haviam terminado seu serviço.

- Está tudo pronto - avisou ele.

- Que boa notícia - ela sorriu.

Ela se olhou no espelho, feliz com o que via. Leeza era uma mulher de meia idade, mas aparentava ser mais jovem. Seu cabelo comprido tinha um tom de loiro dourado e estava arrumado em um penteado solto. Para a ocasião ela havia escolhido um vestido dourado e um manto um tom mais escuro com o símbolo espanhol bordado.

- Eu esperei tanto por esse dia - ela suspirou, realizada - finalmente poderei vingar a morte de meu filho.

Louis se aproximou dela, olhando-a através do espelho. Ele pousou suas mãos em sua cintura. Sua expressão era a mesma que a da rainha.

- E de brinde ainda conseguira manter o trono da Espanha - falou ele, perto do ouvido dela - e ao se casar comigo poderemos reivindicar a França e a Escócia.

Leeza abriu um sorriso vitorioso, virando-se para beijar Louis.

- Nós seremos os mais poderosos de todo o universo.

- Precisamos ir - disse Louis - o festival já vai começar.

A rainha deu uma ultima olhada em seu reflexo, ajeitando o vestido. Depois pegou sua máscara e a entregou para que Louis a colocasse. Os dois saíram do quarto e andaram em direção ao salão de festas. O lugar estava cheio de pessoas mascaradas, uma parte delas eram nobres franceses que haviam ficado no castelo durante o ataque e agora passavam a, forçadamente, servi-la. Outra parte eram nobres espanhois que vieram para a França para apoiá-la.

Havia também vários guardas dentro do salão, usando o uniforme espanhol, estavam preparados para defender a rainha caso algo não saísse como planejado - não que Leeza achasse que algo poderia acontecer, mas não custava nada estar prevenida. Os servos responsáveis por servir as refeições também usavam máscaras, mas os acessórios e as vestes eram mais simples que dos demais presentes. Esses servos eram todos franceses, todos haviam ficado após o ataque e passaram a servir a rainha Leeza. Eles foram obrigados por ela, que ameaçou matar suas famílias, mas agora haviam voltado a receber seus salários e estavam se contentando com a nova realidade.

- Só não entendo porque você deu ordens para que ninguém chegasse perto da cela da rainha Mary - disse Louis, posicionando-se ao lado do trono onde Leeza havia se sentado.

De onde estava, Leeza tinha uma visão privilegiada do palanque onde havia sido montada uma guilhotina.

- E arriscar que ela pudesse escapar?

Leeza havia colocado apenas guardas de sua extrema confiança para guardar o lugar onde mantinha sua ilustre prisioneira. A rainha Mary havia sido capturada em um ataque surpresa ao acampamento dos soldados franceses.

- Você não deixou que nem eu fosse vê-la.

- Eu não queria arriscar que você tivesse um ataque de amor fraternal pela sua irmã - Leeza revirou os olhos - mas isso não importa mais, mande os guardas trazerem-na. Vamos acabar logo com isso.

Louis saiu e foi falar com um dos guardas. Logo ele voltou para perto da rainha. Não demorou muito para que o guarda desse sinal para avisar que estavam prontos. Leeza fez sinal aos músicos e eles fizeram uma trilha sonora para a entrada da prisioneira que estava coberta por um manto escuro e sujo. O capuz cobria todo seu rosto e seus braços estavam presos por pesadas correntes que eram seguradas  por um soldado de cada lado.

- Finalmente eu terei a minha vingança - deliciou-se Leeza.

Ela ficou de pé, olhando ansiosamente para a prisioneira que agora havia parado no meio do salão. O sorriso de Leeza demonstrava o quanto ela estava feliz com aquilo. Um dos guardas se aproximou da prisioneira, erguendo as mãos para tirar seu capuz, revelando a jovem de cabeça baixa. Seu cabelo escuro e comprido lhe cobria o rosto.

- Olhe para mim - ordenou Leeza.

Vagarosamente, a moça levantou o rosto, parecendo tremer, mas ao olhar para a rainha exibia um sorriso triunfante.

- Essa não é a Mary - disse Louis, atônito.

- Vida longa à rainha Mary - a moça gritou, puxando uma adaga de dentro do manto.

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Ficou bem curtinho e sei que deixou vocês na curiosidade, mas prometo postar logo a continuação pra vocês entenderem tudo que aconteceu.