Capitulo 70 - Hora de agir

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Sinto informar, mas estamos caminhando para o fim da história. Pelos meus resumos, a história irá até o capitulo 85, mas esse número pode aumentar, conforme o desenrolar deles (nada é cem por cento certeza).

Também fico triste que essa história vai acabar, mas não vou deixar vocês órfãos. Como já falei algumas vezes, assim que acabar My Reign eu começarei uma nova fic espero contar com o apoio de vocês nela também.

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Já havia se passado quase um mês desde que Mary havia contratado o pirata para roubar o tesouro espanhol e ela não tinha tido mais nenhuma notícia dele. Ela temia que o tal Martin não tivesse conseguido executar a tarefa, ou pior, tivesse ficado com todo o tesouro para si. Se isso acontecesse, ela precisaria encontrar outras maneiras de conseguir dinheiro para financiar uma batalha com Leeza. A rainha espanhola já havia avançado ainda mais sobre a França e, se não fosse detida logo, conseguiria tomar o país todo.

Mary estava no jardim com Lady Kenna, aproveitando a tarde de folga que havia se dado. A dama estava sentada em um banco almofado, comendo uvas enquanto Mary aproveitava o sol fraco e a brisa fina que batia em seu rosto. 

- Já faz tempo que não consigo ficar um tempo assim - disse Mary.

- Assim como? - perguntou a dama.

- Em paz - disse Mary, de olhos fechados.

- Pena que não dura muito - Kenna riu.

Mary abriu os olhos, virando a cabeça na direção que Kenna olhava. Francis se aproximava apressado, trazendo um papel em suas mãos.

- Mary - disse ele, ofegante - finalmente te encontrei.

Ele estendeu o papel à ela. Com uma leitura rápida, Mary pôde perceber que finalmente eles poderiam avançar com seu plano. O pirata que havia contratado já havia feito o serviço e já havia enviado o ouro aos cuidados da rainha Elizabeth.

- Isso é maravilhoso - comemorou Mary - preciso preparar a carta que irei apresentar ao Conselho.

- Eu já cuidei disso - Francis riu, estendendo outro envelope à rainha.

Cuidadosamente, Mary leu o conteúdo da carta e constatou que estava perfeita. Inclusive a caligrafia estava extremamente parecida com a original enviada pelo pirata Martin, tanto que ela cogitou que ele mesmo houvesse escrito, mas sabia que isso não fazia parte do acordo deles.

- Claude fez um bom serviço - disse Francis, parecendo ler os pensamentos da rainha.

Isso a surpreendeu. Mary não fazia ideia dessa habilidade da irmã.

- Então convoque uma reunião com todos os membros do conselho para o final da tarde - ordenou ela, animada.

Como solicitado pela rainha, todos os nobres compareceram à reunião, inclusive Lord Castleroy que havia acabado de retornar à corte com Lady Greer. Ela anunciou o que estava escrito na carta falsa, fazendo questão de passá-la para que todos eles pudessem conferir com seus próprios olhos.

- Posso cuidar disso se quiser - disse Lord Condé.

Já era esperado que ele se oferecesse para comandar as buscas.

- Não é necessário, Louis - disse Mary forçando um sorriso amigável.

Ela já estava se acostumando a fingir esse sorriso perto de Louis e outros nobres que não gostava, tanto que agora ninguém notava o quanto ele era forçado.

- James e Francis cuidarão disso por mim - disse ela.

O nobre pareceu não gostar muito da ideia, fechando a expressão imediatamente e lançando um olhar disfarçado na direção dos dois homens que estavam de pé um de cada lado da rainha.

- Mas aceitarei sua ajuda para manter minha segurança - completou ela.

Imediatamente o nobre abriu um sorriso enquanto Francis disfarçava um olhar confuso - e um tanto enciumado - para Mary.

Desde sua volta, os dois estavam em um relacionamento mais próximo, sem esconder um do outro seus sentimentos e pensamentos, apesar disso não significar que eles estavam juntos. Era complicado. Ambos tentavam ser o mais sincero possível um com o outro e, ao mesmo tempo, lutavam para que beijos acontecessem para que não fossem pegos. É claro que eles não eram tão bem sucedidos nisso, já que vez ou outra, em um minuto a sós, acabavam não resistindo e roubavam alguns beijos. Francis se sentia incomodado com a situação tanto quanto Mary e entendia que ela tinha muitos problemas para resolver antes de arrumar mais um, principalmente um que seria desgastante dessa maneira. Porém ele não via a hora de poder dizer a todos que ela era sua, se é que isso um dia aconteceria.

Mary encerrou a reunião, informando que seu irmão e Francis partiriam pela manhã. Os nobres se retiraram, permanecendo apenas Louis. Quando Mary percebeu que ele vinha em sua direção lançou um olhar à Francis que dizia para ele se afastar. O soldado não gostou nem um pouco daquilo, mas não podia se recusar a obedecer.

- Tem certeza que não quer que eu vá? - insistiu ele.

- Tenho Louis - respondeu ela - confio em Francis e James para ir e confio em você para ficar.

Forçou seu melhor sorriso, encarando-o. Louis sorriu de volta, assentindo com a cabeça. Estava feliz que a rainha confiasse nele dessa maneira, isso só podia significar que seu plano estava dando certo. Além do mais, ficar no castelo o colocaria longe das suspeitas para o que havia preparado. Dessa vez ele esperava conseguir se livrar de Francis de uma vez por todas e já havia dito aos seus capangas que aquele que o levasse a cabeça do soldado seria triplamente recompensado.

Mary podia adivinhar o que se passava pela mente de Louis e tinha que se segurar para que sua expressão não dissesse o quanto ele estava sendo enganado.

Depois de alguns comentários galanteadores, Louis se foi, fechando a porta ao sair. Imediatamente após sua partida, Francis se aproximou de Mary com cara de poucos amigos.

- Esse sorriso dele me faz ter vontade de socá-lo - disse Francis, encarando a porta fechada.

Mary limitou-se a soltar um riso curto, parando a sua frente e atraindo a atenção dele para seu rosto. Francis não pôde deixar de sorrir ao olhá-la, ela nunca pararia de arrancar esse tipo de reação dele.

- Pense que melhor do que socá-lo é saber que ele será pego - disse Mary.

O sorriso dele aumentou ainda mais ao imaginar que muito em breve esse traidor seria pego.

- Francis, eu estive pensando - começou ela, mudando de assunto - por que você não trás sua família para passar um tempo na corte? Quem sabe elas se mudam para cá, suas irmãs iam adorar.

Francis nunca havia cogitado isso, mas não era uma má ideia. Ele sentia falta de ter sua mãe e suas irmãs ao seu lado.

- Será ótimo para suas irmãs - continuou ela - e para Olívia também.

Ele franziu o cenho, encarando-a, tentando entender o que ela queria dizer ao sugerir que a corte seria boa para Olívia.

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Isso é tudo por hoje pessoal, mas prometo voltar logo com mais. E já garanto que no próximo capítulo teremos algumas emoções, para falar a verdade, todos a partir de agora terão um pouco de emoção... então se preparem.

My Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora