Capítulo 83 - A queda

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Voltei mais cedo do que vocês esperavam para dar a continuação da treta do século.
São quase 2000 palavras. É muita informação que será revelada.
Por isso eu acho que mereço muitos votos e uma tempestade de comentários enchendo minha caixa de emails (porque o wattpad deciciu que vai me notificar lá ao invés de notificar no app, fazer o que).

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A história contada por John Knox parecia absurda aos ouvidos de Mary. Porém, ela não conseguia não acreditar. Ele estava de pé contando o restante da história.

Segundo ele, Catherine havia matado Emily em uma viagem que inventou e obrigou a dama a ir para lhe ajudar com a pequena princesa. O corpo nunca foi levado de volta para Knox e a história contada para ele era de que a carruagem deles havia sido atacada por rebeldes e Emily havia se sacrificado para que Catherine e Mary pudessem se salvar.

O nobre nunca aceitou bem a história, mesmo com as diversas indenizações que recebeu da coroa por sua perda. Porém nada poderia pagar a vida de sua esposa que estava grávida de poucos meses. É claro que na época ele não havia desconfiado de nada, afinal Catherine e Emily eram melhores amigas, ele nunca imaginou que a então rainha poderia fazer algo contra a dama. Só alguns anos mais tarde ele descobriu a verdade ao ser contatado por uma filha de uma das das parteiras que haviam sido mortas a mando dos Médici. 

Não foi preciso muito para que ele acreditasse na garota, a partir disso ele começou a planejar sua vingança. A princípio ele queria expor Catherine, dando um jeito de encontrar provas de sua mentira, mas com o passar dos anos, resolveu que somente expor a rainha não era o suficiente. Ela precisava sofrer.

- Eu planejei minha vingança por muito tempo - disse Knox, orgulhoso - levei anos procurando pela peça fundamental da minha vingança: seu irmão.

Mary demorou alguns instantes para processar a informação.

- Está querendo me dizer que o meu irmão na verdade está vivo? - balbuciou ela - mas, quem...? - ela parou no meio da frase - Louis?

Knox soltou uma gargalhada, jogando a cabeça para trás.

- Você é rápida, majestade - disse ele.

- Louis é meu irmão? - indagou ela, incrédula - nós nem temos a mesma idade.

- Idade são apenas números manipuláveis minha cara - ele piscou - mas não, Louis não é seu irmão.

A cabeça de Mary já começava a doer com tantas informações que recebia.

- É claro que ele não sabe disso - Knox completou com um sorriso maquiavélico.

Louis Condé foi a peça perfeita para os seus planos, o pobre coitado acreditava mesmo que ele é era irmão gêmeo perdido da rainha. Os pais de Louis haviam morrido quando ele era adolescente e isso ajudou Knox a se aproximar do rapaz e convencê-lo de sua descendência real, além de conseguir fazer com que ele odiasse a família real por tê-lo abandonado. Quando Louis ficou mais velho, John Knox conseguiu-lhe, estrategicamente, o cargo de embaixador na Espanha. Tudo fazia parte do plano, pois Louis deveria conquistar a rainha Leeza, que já era viúva, e, aos poucos, jogá-la contra a família Valois. Assim, seria uma questão de tempo para que ela começasse uma guerra que, pela superioridade espanhola, seria vencida, colocando Louis como o novo rei das três nações.

- E isso também colocaria você no poder - constatou Mary - já que Louis é uma marionete nas suas mãos.

É claro que John Knox precisou dar um pequeno empurrão para o início do conflito entre Leeza e Mary. Quando ele soube que Charles, o filha da rainha espanhola, estava doente, soube que era sua hora de agir. Em uma viagem à Espanha, ele trocou o remédio do menino por um fraco veneno que o matou aos poucos. Quando isso aconteceu, Louis só teve o trabalho de convencer Leeza que ela não deveria deixar que os Valois saíssem disso de forma impune.

My Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora