Capítulo 46 - Majestosa determinação

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Olha olha o que temos aqui... um novo capítulo.

Preparem seus dedos para comentar bastante (Sério, quero que vocês encham minhas notificações). E eu estou sentindo falta de algumas pessoas que sempre aparecem por aqui.

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A rainha Mary aproveitou a reunião do Conselho Real na manhã seguinte para anunciar a nova posição de Francis, assim como o noivado de Sebastian e Lady Kenna. O primeiro assunto causou certo desconforto em alguns nobres, principalmente porque a chefia dos guardas reais era responsabilidade de James.

- James será meu conselheiro de tropas a partir de agora - disse Mary, procurando acalmá-los - e o senhor Bayard se provou extremamente leal à coroa e tem minha total confiança para o cargo.

Francis também estava na reunião, apesar de se sentir um tanto deslocado. Ele trajava o uniforme de gala da Guarda Real que lhe havia sido entregue por um servo logo pela manhã.

- Além disso, acho que os senhores concordarão comigo quando digo que os irmãos Bayard não foram devidamente recompensados pelos seus serviços.

- Eles ganharam lugares de honra na guarda e uma quantia considerável - disse John Knox, desinteressado - e agora o garoto será chefe da Guarda Real, o que mais ele pode querer?

- Eu não quero mais nada, senhor - disse Francis, sério - estou completamente satisfeito com o que recebi.

Ele não queria que os outros ficassem com a impressão de que estava exigindo algo ou que tinha feito tudo o que fez pensando em uma recompensa.

- Mas eu não estou - disse Mary, incisiva - acho que o homem que salvou minha vida merece receber bem mais, ou o senhor acha que minha vida não vale tanto assim?

John Knox lançou um olhar feroz para a rainha, mas não disse nada. Nem poderia, por mais que a ideia de ter uma governante mulher - ainda mais da casa de Valois - não lhe agradasse, ele não podia desrespeitá-la se quisesse manter seu posto no governo. Ele só esperava que Lord Darnley ocupasse seu lugar como rei logo.

- Vossa majestade tem toda razão - disse Lord Condé - a vida da nossa rainha não tem preço.

- Obrigada - disse Mary - Lord Bothwell pode ficar responsável em encontrar uma porção de terra para o senhor Bayard?

- Isso não é necessário, majestade - disse Francis.

- Isso não é um pedido senhor Bayard - ela o olhou, séria.

Francis se calou imediatamente, espantado com a maneira com que Mary havia falado com ele. O tom irredutível da rainha fez com que ninguém ousasse se opor. Catherine ficou dividida entre ter orgulho da maneira como a filha estava se impondo ante ao conselho e ficar preocupada com até onde essa confiança a levaria.

Outros assuntos foram passaram a ser discutidos na reunião, a maioria girava em torno de maneiras para conseguir recuperar a França das mãos da rainha Leeza. Francis permaneceu calado o restante da reunião, sentindo-se totalmente deslocado. Acabou ficando alheio ao que acontecia e passou a observar Mary.

Seu traje consistia em uma saia volumosa de cor cinza escura e uma blusa de mangas compridas totalmente bordada em dourado escuro, um cinto com uma grande fivela em forma de flores douradas marcava sua cintura fina. Seu cabelo estava preso em um penteado elaborado, sendo completado por uma tiara dourada e grandes brincos de ouro. O visual parecia ter sido cuidadosamente escolhido para que ela parecesse imponente perante os nobres - e havia.

Ela não se parecia muito com a doce princesa que ele havia trazido de volta, estava mais madura, mais imponente, mais decidida

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Ela não se parecia muito com a doce princesa que ele havia trazido de volta, estava mais madura, mais imponente, mais decidida. Olhando-a assim, ele mal conseguia compará-la àquela moça que vivia tendo pesadelos na viagem. Ao mesmo tempo, ele se lembrava da primeira noite, na qual Mary havia matado os soldados espanhóis. Era aquela mesma voracidade que ele via ali, ele pôde perceber o olhar incisivo e mortal que ela havia lançado à John Knox quando ele começou a contestá-la, ele sabia que ela nunca se deixaria intimidar por ninguém e não se dobraria às vontades do Conselho.

Mary era o contraste perfeito entre a delicadeza e a voracidade, entre a doçura e a selvageria. Francis não tinha dúvida de que ela seria uma excelente rainha. E não seria somente pelo legado de seus pais, mas por sua própria força. Ela superaria o reinado dos pais, pois não pretendia se curvar à vontade dos nobres como eles fizeram por várias vezes, mas sim, fazer com que os nobres a apoiassem e, se necessário, temessem.

Parte do Conselho já a apoiava, como James, Sebastian, Lord Castleroy, Lord Condé, Lord Bothwell e Lord Rizzio. E a Rainha-mãe, é claro. Catherine estaria sempre ali para apoiar a filha, mesmo sabendo que não concordaria com todas as suas decisões, não discordaria na frente dos outros nobres.

Já a outra parte dos nobres do Conselho precisava ser conquistada, pois ainda sofriam grande influência de Lord Narcisse. Mary sabia que precisaria dele para ter o total apoio, mas também sabia que ele não a apoiaria se ela insistisse na anulação. Por isso ela precisava usar seu trunfo logo. Ela não gostava da ideia de chantagear alguém, mas não tinha escolha já que Lord Darnley a ameaçara.

A reunião terminou e, aos poucos, os nobres foram deixando o recinto. Francis estava prestes a sair quando foi chamado pela rainha. Ele deu meia volta, andando até ela com uma expressão chateada que tratou de disfarçar quando viu que Sebastian também estava ali.

- Obrigada, Bash - Mary sorriu para o nobre, agradecida.

Ele pediu licença e saiu, deixando-a a sós com Francis. Todos os outros já haviam saído da sala.

- Desculpe-me pelo jeito que eu falei com você - disse ela.

- Não se preocupe - Francis respondeu, dando de ombros.

- Eu não queria ter feito isso, mas eu precisava me impor diante do Conselho Real.

A rainha parecia um pouco nervosa e Francis achou sua expressão adorável, não conseguindo conter um riso curto

- Está tudo bem Mary - falou, sorrindo - eu entendo e realmente não ligo.

Mary retribuiu o sorriso, desviando os olhos para o chão quando sentiu o rubor tomar conta de sua face.

- Francis eu preciso que você faça algo - disse ela, mudando de assunto

Ele acenou com a cabeça, indicando que ela deveria continuar a falar

- Estou com o pedido de anulação pronto e preciso que ele chegue ao Comitê Internacional o quanto antes.

- Farei isso.

- Não - disse Mary - desconfiarão se você sair do castelo agora, principalmente agora que é o chefe da guarda real. Preciso que encontre alguém confiável e que não levantará suspeitas se ficar fora por alguns dias.

- Encontrarei alguém o mais rápido possível.

- Assim que encontrar a pessoa, lhe entregarei a carta.

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Por hoje é só galera e só pra despertar aquela esperança e curiosidade básica, eu já estou com algumas ideias para uma nova fic quando My Reign acabar.

Aguardem que trarei mais novidades.

Por enquanto vamos nos concentrar nessa fic aqui. Peguem a pipoca porque teremos treta no próximo capítulo.



My Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora