Capítulo 79 - Esperança

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Olha quem voltou rapidinho com mais um capítulo.

Não vou falar nada não, vou deixar vocês lerem logo, porque está muito bom. Inclusive não era isso que eu tinha planejado para o capítulo, mas comecei a escrever o começo e acabou virando um capítulo inteiro.

Já que eu fui um amorzinho com esse capitulo novo, acho que mereço muitos comentários e muitos votos, hein?!

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Na manhã seguinte, a rainha Mary estava em seu escritório, Francis entrou no local, depois de bater na porta e ser autorizado a entrar.

- Nosso mensageiro entregou isso - disse ele, entregando um envelope à ela

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- Nosso mensageiro entregou isso - disse ele, entregando um envelope à ela.

O envelope estava lacrado com o selo inglês e Mary já podia imaginar o que seria seu conteúdo.

- Elizabeth irá nos mandar o tesouro espanhol - disse ela, alegre.

- Posso preparar tudo para escoltá-lo até o castelo.

- Não acho que seja necessário.

- É melhor não corrermos riscos - argumentou ele - eu mesmo posso fazer isso.

- Tem certeza?

Mary não queria que Francis deixasse o castelo, mas não havia pessoa que ela confiasse mais para o serviço já que seu irmão James não estava no castelo.

- Tudo bem - concordou, meio contrariada.

Ele concordou com a cabeça e depois passou a olhar Mary, admirando-a, mas também pensando em tudo que ouvira pelos corredores do castelo até chegar ali.

- Nós não devíamos ter dançado juntos ontem - acabou por falar - não se fala em outra coisa nos corredores desse castelo.

Mary deu de ombros, levantando-se. Ela andou na direção de Francis, parando na frente dele, com uma expressão séria, mas, ao mesmo tempo, doce.

- Eu cansei de ligar para o que as pessoas dizem - disse ela, tocando o rosto dele com as mãos - eu disse que faria o possível para ficarmos juntos e é isso que farei.

Francis colocou sua mão sobre a de Mary, fechando os olhos para apreciar seu toque.

- Eu não quero que você se prejudique por mim - suspirou ele, abrindo os olhos.

- Eu não vou - Mary sorriu - tenho o apoio de uma parte dos nobres.

- Isso pode não ser o suficiente - lamentou ele - não quero que algo de ruim aconteça com você por minha causa - disse ele, sério - por algo que pode nunca dar certo - completou, triste.

Porém se arrependeu de ter falado assim que viu a expressão de Mary se entristecer. Ela retirou sua mão do rosto dele e se afastou, abraçando o próprio tronco numa tentativa infantil se sentir protegida.

- Mary - chamou ele, esperando que ela olhasse para ele.

Ela não o fez. Francis suspirou, andando na direção dela, sentindo-se um idiota por ter a deixado naquele estado. Mary segurava as lágrimas, mas a ideia de que os dois não poderiam ficar juntos a machucava, principalmente agora saindo dos lábios de Francis como se fosse algo impossível. E de certa forma era, mas ela estava disposta a lutar para conseguir o que queria e achava que Francis também estaria com ela nessa luta.

- Ficar com você para sempre é o maior desejo da minha vida - disse ele, parando na frente dela.

- Mas parece que você nem se dá ao trabalho de acreditar que isso pode acontecer um dia.

- O que eu mais queria era poder acreditar nisso - ele colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha dela - mas nós precisamos ser realistas...

- Eu não quero ter essa conversa de novo - Mary o interrompeu, tirando a mão dele de seu rosto e se afastando novamente - nós já a tivemos antes de você partir e eu aceitei a sua decisão, mas você resolveu voltar - algumas lágrimas escorreram em seu rosto - você resolveu me dar esperança e agora vem querendo arrancá-la novamente. Então, por favor, se for fazer isso, prefiro que faça de uma vez, prefiro que vá não volte nunca mais.

Francis parou onde estava, olhando Mary de uma maneira indecifrável. Essa expressão provocou um milhão de dúvidas na cabeça da rainha.

- Você quer que eu vá embora? - indagou ele, cuidadoso.

- Não, Francis! - ela praticamente gritou, chorando - eu não quero que você vá embora. Eu quero que você fique e lute junto comigo pelo nosso direito de ser feliz, porque eu amo você. Então, se você for desistir e ir embora, faça de uma vez. Não fique aqui me iludindo com sua indecisão, porque eu...

As pernas de Francis foram ágeis para que ele se movesse até Mary, calando-a  com um beijo desesperado. Mary se agarrou a ele como se sua vida dependesse disso.

- Eu amo você, nunca duvide disso - disse Francis, desesperado - segurando o rosto dela com as mãos - e o que eu mais quero é poder ficar com você para todo o sempre.

- Então lute comigo para que isso possa acontecer - pediu Mary, com um misto de desespero e felicidade - sem se importar com o quão louco isso possa parecer.

Francis riu, depositando diversos beijos no rosto de Mary, murmurando palavras incompreensíveis.

- Mas só de pensar que, apesar dessa luta, nós podemos não acabar juntos - ele não terminou a frase - só de pensar que você pode acabar tendo que se casar com outro... eu não suporto nem ao menos pensar nessa idéia.

- Então não pense - disse Mary - não pense em nada disso, porque isso não vai acontecer. Eu sou sua, Francis, somente sua.

Os lábios se encontraram novamente, desesperados para transmitir o sentimento que havia entre eles. Moveram-se pela sala até que Mary acabasse encurralada entre o corpo de Francis e sua mesa. Os lábios dele desceram para o pescoço dela, fazendo-a arfar.

Batidas na porta fizeram com que os dois se afastassem, praticamente pulando para longe do outro. Mary rapidamente ajeitou seu vestido e seu cabelo, tentando se recompor. Francis se posicionou à frente da mesa enquanto Mary se sentava e autorizava a entrada da pessoa.

A porta se abriu, permitindo a entrada da rainha-mãe que os olhou com uma expressão desconfiada e reprovadora, principalmente ao notar o rubor na face da filha.

- Atrapalho alguma coisa? - indagou ela.

- De forma alguma, majestade - disse Francis - eu já estava de saída.

Depois de uma reverência, ele saiu, deixando as duas a sós. O olhar reprovador de Catherine se intensificou na direção da filha.

- Precisamos conversar - falou ela.

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Eita que o clima esquentou. Sorte que a Catherine chegou (ou azar, depende do ponto de vista).

E o que será que nossa rainha Cath vai falar com a Mary, pela cara dela boa coisa não é, né?

Eu prometo que volto logo com essa conversa, mas se preparem porque vai ser cheia de ânimos exaltados.

Beijinhos pessoal.


My Reign [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora