Capítulo 8: Quem somos nós

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Todos fitaram o professor com um olhar inquisitivo e ele esticou as costas por um segundo, ajeitando-se no banco antes de prosseguir.

- A segunda parte da conversa é sobre vocês. Ou melhor, sobre todos nós. Lembram-se que quando nos conhecemos eu disse que não deveríamos ter informações pessoais um sobre outro, nem relacionamentos. Fator que nem todos escutaram, por sinal. – Deu uma leve olhada para Tóquio que deu de ombros e então continuou: - Mas agora é diferente. Quando saírmos daqui vocês terão uma nova identidade. É a última oportunidade de vocês serem quem são. Então, vamos nos apresentar adequadamente.

- Como se estivéssemos na escola? – Debochou Tóquio com um sorriso malandro e logo em seguida olhou para Rio que tinha uma das mãos da perna dela.

- É... Bem, então eu começo. Vocês já devem saber que meu nome é Sérgio Maquina e Andrés era meu irmão por parte de mãe. Por isso eu confiava nele. Nós nos conhecemos já adultos porque ele foi criado pelo pai dele, assim como eu. Nossa mãe morreu quando eu nasci. Acho que é suficiente por agora. – Agora se apresente você, Senhorita Tóquio.

- Eu acho que todos já sabem que eu me chamo Silene Oliveira, meu pai largou minha mãe quando eu tinha cinco anos e minha mãe está morta. Ah e eu sou filha única.

- Isso explica muita coisa. – Falou Helsinque em tom baixo, mas ela ouviu e deu um olhar recriminador para ele.

- Rio? – Disse o professor.

- Aníbal Cortes, tenho uma irmã mais nova e todos viram na televisão meus pais dizerem que eu estou morto para eles.

- Eu duvido que eles tenham falado sério. – Mônica tentou consola-lo.

- Eu espero que sim. – concordou ele enquanto Tóquio puxava a cabeça dele para deitar em seu ombro.

- Continue, Srta. Mônica. – O professor apoiou o cotovelo no joelho, mirando-a.

- Me chamo Mônica Gaztambide, tenho dois irmãos mais velhos que moram nos Estados Unidos e faz alguns meses que não falo com meus pais.

- Estou me sentindo no Alcoólicos anônimos. – Denver deu sua característica risada. – Eu me chamo Ricardo Ramos, filho único, minha mãe sumiu e meu pai... Bem, vocês sabem. – Todos lhe deram um olhar penalizado e ele fungou, tentando evitar o choro, pois a morte de seu pai ainda era muito recente.

- Para ser o Alcoólicos Anônimos a cada apresentação deveríamos responder a cada apresentação. – discordou Nairóbi. – Me chamo Ágata Jímenez. Tenho uma família bem grande no México. Pai, mãe, duas irmãs, três irmãos e uma penca de sobrinhos. – Cruzou os braços, se ajeitando no sofá.

- México? – Perguntou Mônica com curiosidade.

- Como você veio parar aqui? – Quis saber, Denver.

- Seguindo o imbecil do pai do meu filho. – explicou com amargura evidente, embora tentasse disfarçar evitando o contato visual com eles.

- Você tem um filho? – perguntou Rio com curiosidade. Tóquio era a única que não estava surpresa, assim como o Professor.

- Tenho, mas isso é uma longa história e melhor contada com álcool. – ela interrompeu sem mais delongas. – Nos fale sobre você Helsinque.

- Me chamo Yashing Dasayev. Meus pais já morreram há anos e o resto da família vive em Helsinque que também é o lugar onde nasci. Muito prazer em conhecer todos vocês. – disse casualmente. Foi um prazer roubar 985 milhões com vocês. – completou fazendo uma continência deixando o clima mais suave e fazendo todos esquecerem sobre o filho de Ágata, para o alivio dela.

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