Capítulo 53: Mais uma pequena vitória

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31 de maio – quinta-feira

Os passaportes novos finalmente chegaram, o que significava que em breve poderiam começar a preparar a saída dali. Uma parte do dinheiro já havia sido enviada para o exterior por meio de um avião fretado. Na outra semana enviariam outra parte através do porto e assim sucessivamente de diversas formas diferentes para bancos diferentes para que não chamassem a atenção.

Santiago largou a caixa no chão com os novos documentos e é claro que todos estavam curiosos para conhecer suas novas identidades, porém o Professor avisou:

- Lembrem-se que eu e Aníbal tentamos ao máximo manter essas identidades o mais próximo possível da verdade para facilitar a vida de vocês. Porém também precisamos adaptar alguns detalhes para não termos problemas.

Cada um tinha seu próprio envelope e Tóquio chegou empurrando todo mundo, procurando pelo seu dentro da caixa. Sem nenhuma delicadeza ela rasgou o envelope para ver que nome tinham colocado nela, já que Rio se recusava a dar informações a ela apesar de seu relacionamento. Após abrir seu passaporte ela se aproximou dele, que estava sentando no sofá dizendo:

- Serena Oliviera? – cruzou os braços, levantando uma sobrancelha. – Eu pareço Serena para você? E você

- Era isso ou Gertrude. – deu um sorriso. Poxa praticamente consegui manter seu nome verdadeiro.- defendeu-se.

- Está bem... – suspirou. - E como eu devo chamar você? –perguntou curiosa.

- Sr. Álvaro Cordero. – colocou as mãos atrás do pescoço.

- Humm Alvaro... – Tóquio sentou-se no colo dele. – Gostei.

- Alba Flores? – Nairóbi reclamou. - Não tinha nada melhor não?

- Alba Flores nasceu no mesmo dia que você e tinha uma conta bancária dando sopa e abandonada há anos. Não reclame. – explicou Aníbal.

- Deu nome de gente desaparecida para nós? – perguntou Mônica preocupada.

- Desaparecida, morta...- oscilou. – Identidades falsas não podem ser totalmente falsas se queremos usa-las por anos.

- Ao menos as fotos ficaram boas. – debochou Tóquio.

- Qual seu nome, Sérgio? Seus documentos não estavam ali. – Perguntou Helsinque com curiosidade.

- Salvador Marino. – respondeu, ajeitando o óculos.

- Salvador. Digno. É o que você foi para todos nós, não é Professor? – Nairóbi deu tapinhas nos ombros dele.

- E o seu, Helsinque? Melhor que o atual eu espero? – disse sarcasticamente Tóquio.

- Yago Stankovitch. Acho que esse vocês conseguem decorar, não? – afirmou.

- Nah, ainda acho melhor Helsinque. – Denver riu.

- E o seu Sr. Ricardo Ramos? – quis saber Helsinque.

- Agora Sr. Ruben Rios. – fez uma continência.

- É oficial. O meu é o pior. – suspirou Tóquio. – E eu pensando que namorar o hacker me traria alguma vantagem.

- Pior que Alba Flores? – Nairóbi tentou consolar.

- Parem de reclamar. – criticou o professor. – Dentro do envelope tem todos os seus novos documentos, incluindo certidão de nascimento e as contas bancárias para aonde vamos mandar o dinheiro, depois que vocês de estabelecerem podem fazer transferência para o banco de onde estiverem. Se assim preferirem é claro.

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