Capítulo 64: Flagra

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Era difícil saber que horas eram quando se estava em uma bunker subterrâneo desprovido de celular para colocar despertar, porém mesmo assim talvez por terem mantido por meses o relacionamentos escondidos, Tóquio e Rio sempre conseguiam acordar antes dos outros, mesmo depois das festas.

Ela abriu os olhos pois sentia seu corpo dormente e então se deu conta que haviam pegado no sono no sofá.

- Puta merda. – murmurou levantando-se e então lembrou que estava nua e arrancou o cobertor de Rio.

- Hei... – Ele acordou reclamando. – Estou um pouco exposto aqui.

- Shhh... – recriminou e então eles ajuntaram suas roupas e correram para o quarto antes que alguém acordasse e os pegasse nus ali. Pouco antes de abrirem a porta do quarto, Denver e Mônica estavam saindo do seu.

- Merda! – Denver virou o rosto e fechou os olhos assim que viu Tóquio e Rio parcialmente expostos.

- Você não viu nada! – exclamou Rio empurrando Tóquio para dentro e entrando logo em seguida.

- Ainda bem que falta pouco para sairmos daqui. Esse lugar está começando a ficar muito lotado. – comentou Denver e seguiram para a cozinha.

- Então, sobre o que você queria falar? Perguntou a Mônica enquanto coava o café, porém o cheiro acabou acordando Helsinque e Nairóbi que logo saíram de suas barracas querendo uma xicara.

- Deixa para depois. – comentou ela dando de ombros mas ele ficou curioso pelo resto da manhã.

- Parabéns pelo café, Denver, está uma delícia. – elogiou Nairóbi.

- Ao invés de uma boate, você poderia abrir uma cafeteria. – debochou Helsinque erguendo o olho para o sofá.

- Já levantaram. – explicou Mônica.

- Estranho. Foram silenciosos dessa vez. – ironizou Nairóbi.

- Porque eles estavam sem roupa. Encontramos eles no corredor. – disse Mônica com um sorriso discreto.

- Você disse que não tinha visto nada. – Denver comentou desconfiado.

- Qual dos dois estava sem roupa? – Helsinque perguntou interessado.

- Os dois. Mas Tóquio estava com o cobertor e Rio cobriu-se com as mãos quando nos viu. – explicou Denver tentando não rir.

- Essa era uma cena que eu queria ter visto. – disse Helsinque.

- Porque? Queria ter visto o tamanho do Riozinho? – alfinetou Nairóbi com um sorriso maldoso. – Pergunte a eles.

- Eu não vi nada.- Denver disse prontamente e Mônica concordou, mas assim que ele saiu para ir ao banheiro, ela disse baixinho:

- Vi só de relance, mas não tem nada de "inho". –garantiu.

- Safadinha. – sussurrou Nairóbi.

- Está explicado porque eles não saem do quarto. – Helsinque concordou.

- Quem não sai do quarto? – quis saber o Professor, saindo de sua barraca usando aquele pijama listrado que eles já conheciam bem.

- Estamos na dúvida entre você e Raquel ou Silene e Aníbal. – provocou Nairóbi deixando-o desconfortável.

- Não liga não, Professor, ela acordou com a corda a toda hoje. – explicou Helsinque enquanto Tóquio e Rio chegavam com caras visivelmente desconfortáveis ao ver Monica.

- Bom dia. – afirmaram aos bocejos e Helsinque fitou Rio com uma cara maliciosa dizendo:

- Bom dia pra você.

- Você contou a eles, não contou? – Tóquio fuzilou Mônica com o olhar, que escondeu o riso bebendo a xicara de café.

- Não sabia que era segredo. – disse logo em seguida.

- Que nada amiga, fique feliz que foi Denver que viu o equipamento do seu noivo, e não esse aí. – disse apontando para Helsinque. – Senão você teria concorrência. – debochou.

- Nossa como estou preocupada. – ironizou ela. – Onde estão as aspirinas? – perguntou enquanto abria todas as portas do armário da cozinha.

- Alguém acordou de mal humor.- afirmou Helsinque e Mônica se levantou lavando sua xicara e em seguida sentando no sofá.

- Em cima da geladeira. – O Professor respondeu Tóquio, alcançando a ela os comprimidos.

- Obrigada. – disse a contragosto pois ainda estava chateada com o fato de que ele não deixaria ela e Rio saírem por um tempo.

- Bem agora que estão todos aqui posso dar a notícia. – continuou Nairóbi assim que Denver voltou do banheiro.

- Que notícia? – quis saber o professor curioso.

- Comprei um avião. Só precisamos de um piloto.

- Comprou? Quando? – quis saber o Professor alarmado.

- Fica frio, Aníbal me ajudou. Íamos precisar de um avião para sair daqui, não íamos? Eu queria ter um avião, não é melhor unir o útil ao agradável? – explicou.

- Como vocês me deixaram fora disso? – quis saber Tóquio olhando o namorado.

- Você não sabe guardar segredo. – explicou Nairóbi.

- Vocês não deviam ter feito isso sem falar comigo antes. Ainda é cedo e...

- Cedo? Mais um mês e estamos fora daqui. Eu e Mônica também já estamos arranjando nossa vida lá fora. – confessou Denver.

O Professor suspirou irritado mas no fundo sabia que uma hora suas crianças iam precisar abrir as asas, ele só não queria ser deixado de fora quando isso acontecesse.

- Eu sei, só queria que tivessem falado comigo antes. – explicou. – Que modelo de avião? – perguntou com interesse.

FANFIC - Bella Ciao (La casa de papel Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora