Capítulo 31: Uma pequena vitória

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Não tem ship mas espero que gostem pq é capítulo importante <3


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Quando finalmente Nairóbi deixou o consultório improvisado todos estavam na sala olhando para ela com curiosidade, mas foi o Professor que tomou a iniciativa de perguntar.

- Consulta comprida, não? – questionou, postando a mão no queixo com ar pensativo.

- Eu tenho me sentindo muito doente, Sérgio. A falta de sol está comprometendo a minha saúde. – disse com voz fingidamente rouca e uma tosse forçada.

- Por isso você se maquiou toda? Porque não se sente bem? – provocou Tóquio com um sorriso.

- Mas é claro! – concordou ela. – Para esconder a acne que está aparecendo na minha pele de tanto ficar presa aqui embaixo. Banhos de lua não são o suficiente Professor. – Ela colocou a mão na cintura tentando mudar o foco da conversa. Porém quando o Professor ia responder o médico o chamou.

- Terminamos essa conversa depois. – disse ele entrando no escritório. Javier foi logo falando enquanto ele se sentava.

- Vou ser direto Sérgio. Entendo que vocês estão escondidos mas se pretendem ficar nessa situação por muito tempo mais, vão precisar fazer algumas mudanças.

- Porque? Alguem está doente? – perguntou preocupado.

- Só terei certeza após o resultado dos exames, mas todos vocês estão pálidos e vocês tem uma grávida aqui dentro. Ela precisa se exercitar.

- É, eles já tinham pedido algo para exercitar antes, mas com os gastos para trazer os aparelhos para esse consultório improvisado acabamos esquecendo. – comentou com um suspiro.

- Entendo que o espaço de vocês é limitado, mas não precisa ser muita coisa, uma bicicleta ergométrica e uma esteira já dariam conta do recado. Vocês poderiam estabelecer horários de uso dos equipamentos por exemplo.

- O problema é trazer uma esteira aqui embaixo. A porta é estreita e temos degraus. – argumentou.

- Nesse caso, optem por uma bicicleta, existem modelos relativamente pequenos e leves, alguns pesos também ajudariam.

- Está bem, eu vou ver o que consigo fazer sobre isso. Mas quanto ao resto, estão todos bem? O bebê de Mônica está bem?

- Sim, sim todos estão consideravelmente bem, mas precisam de sol e exercícios o mais rápido possível. – frisou o médico.

- Já entendi, Bueno. Vou chamar Santiago para leva-lo de volta. Já ocupamos muito seu tempo. – desculpou-se o Professor.

- Não se preocupe com isso. – garantiu ele amigavelmente e os dois apertaram as mãos despedindo-se.

Santiago como de costume vendou o médico para leva-lo de volta e quando voltou o Professor pediu para ter uma conversa particular com ele durante o horário do passeio até a sacada. Enquanto Nairóbi e Helsinque aproveitavam o tempo livre para observador o movimento externo da cidade e fumar uns cigarros o Professor sentou-se na sala com o anfitrião.

- Acho que nunca vou agradecer o suficiente pelo que está fazendo por nós, Santiago. – comentou com ar pensativo olhando para Helsinque e Nairóbi lá fora. – Não acho que cem mil seja uma quantia justa pelo risco que você está correndo por nos manter aqui.

- Pare com isso Sérgio. Sabe que não estou fazendo isso pelo dinheiro e mais que isso seria difícil ir acrescentando nas minhas notas fiscais. – Encheu o corpo de uísque novamente.

- Você é um homem muito honesto. Não sei como acabamos amigos. – riu o Professor, bebendo um gole de sua própria bebida.

- Você me deixava colar da sua prova na escola. Nem sempre fui tão honesto assim. – o outro riu.

- Verdade, mas em compensação você sempre foi melhor nos esportes.

- Cada um com seus talentos meu amigo. Mas me diga, o que de tão importante você queria falar?

- Quero saber se alguém chegou até você procurando por mim. Como andam as coisas no mundo real?

- Não. A polícia aparentemente não faz nem ideia que vocês vieram para esses lados porque as câmeras das ruas tiveram suas imagens deletadas. Já disse a você que vocês poderiam vir aqui em casa durante o dia sem problema. Eu só abro o bar a partir das 6 da tarde. Coloquem umas perucas e tomem um sol, você está começando a parecer um fantasma.

- O seu amigo médico também está começando a me pressionar quanto a isso. E também disse que precisamos nos exercitar.

- Nada que eu já não tivesse falado antes também. Eu tenho uma esteira ergométrica velha que minha mulher comprou e nunca usou. Podemos levar lá embaixo se você quiser.

- Claro, nos arranje essas perucas por favor. Mas seus vizinhos não vão achar estranho tantas pessoas diferentes no seu apartamento? Especialmente num horário em que sua esposa está no trabalho.

- Que vizinhos? Do prédio aqui da frente? Nem sei o nome de ninguém. – ele deu de ombros. – Eles nem devem saber meu nome, ou da minha esposa. – Você pensa demais, meu caro.

- Foi assim que consegui escapar do maior assalto desse país. – gabou-se o Professor.

- Mas vocês estão seguros aqui. Ao menos por enquanto pode baixar a guarda. Vamos chamar seu amigo grandão para levar aquela bicicleta? – sugeriu mudando de assunto.

- Boa ideia.

- Alias, minha esposa adoraria preparar um jantar para conhecer todos vocês adequadamente. Afinal faz um mês que vocês estão aqui. – disse enquanto levantavam-se do sofá. Na segunda-feira, que não abrimos o bar para fazer limpeza.

- Não sei meu caro. Acho perigoso. – balançou a cabeça.

- Vamos, tenho certeza que vocês precisam de um pouco de contato social se pretende mesmo ficar seis meses escondido naquele bunker.

- Vou falar com os outros a respeito. – concordou por fim, abrindo a porta da sacada para chamar Helsinque.

 – concordou por fim, abrindo a porta da sacada para chamar Helsinque

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