Capítulo 67: A despedida

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22 de agosto de 2018

Só naquele dia houve uma exceção. O Professor se permitiu correr um último risco para se despedir de Raquel apropriadamente. Ela disse para a mãe que faria uma pequena viagem a trabalho e pegou um quarto em um hotel barato perto de onde o Professor estava. Santiago o deixou lá devidamente disfarçado pontualmente as dez da noite. Usando um sotaque estranho, pediu a recepcionista que avisasse a hospede do quarto 102 que ele estava ali.

Quando viu Raquel sair do elevador a tomou nos braços em um abraço apertado porém tentando parecer o mais respeitável possível. Subiram as escadas correndo afinal o hotel era tão pequeno que nem elevador tinha. Muito menos câmeras, o que era um dos principais motivos de ela ter escolhido uma espelunca. Assim que entraram no quarto e passaram a tranca, ele a derrubou na cama e acariciando os lençóis disse:

- Ao menos a roupa de cama parece limpa.

- Ao menos. – Ela balançou a cabeça rindo e o beijou novamente. Ela não queria pensar que aquela seria a última vez que estariam tão perto. No dia seguinte ele pegaria um avião e ela nem sabia o destino, por segurança de todos, inclusive a dela. Ele também não queria lembrar disso então aproveitaria cada minuto daquelas poucas horas que lhe restavam juntos.

Abriu a camisa dela com tanta rapidez que acabou fazendo com que alguns botões se soltassem, mas ela não ligou. Ficou alegremente surpresa com aquele Sérgio furioso tão diferente do homem carinhoso e calmo que costumava ser normalmente.

A barba dele arrepiava sua pele enquanto ele beijava vagarosamente toda a extensão de seu peito até o umbigo. Seu peso arrastando-se sobre o corpo dela era agradável e se tornou ainda mais quando ele se ajoelhou no chão, puxando suas calças para baixo, levando a calcinha junto com ela. Ele realmente não queria perder tempo. Enquanto ele encaixava a cabeça entre as pernas dela, Raquel arrancou a peruca que ocultava seus verdadeiros cabelos e então os agarrou, soltando gemidos nada discretos. Acariciou-a com sua língua até que ela atingisse o orgasmo apertando-o com suas coxas fortes, quase esmagando-o. Quando ela relaxou, ele voltou a se deitar sobre ela, mas rapidamente Raquel o derrubou, ficando por cima dele e despindo-o com a mesma rapidez que ele fez com ela. Enquanto ela mordia seu mamilo, ele abriu seu sutiã, a única peça de roupa que ainda restava no corpo dela. Menos delicada que ele, ela abriu o cinto e logo fez uma pilha com as roupas dele no chão, fazendo-o rir.

- Sabe, temos tempo. – comentou quando ela se deitou sobre ele novamente, deixando sua mão massagear o pênis dele que endurecia rapidamente.

- Não o suficiente. – explicou sorrindo.

- Nem todo o tempo do mundo seria suficiente. – garantiu, tocando-lhe a face com delicadeza.

E aquele sorriso singelo a deixou ainda mais afoita e apaixonada então tratou de encaixar-se rapidamente ao corpo dele. E quando começaram a se mover perceberam que a cama era barulhenta, porém isso não diminuiu a excitação. Muito pelo contrário, estavam pouco ligando que os outros hospedes do hotel se incomodariam com aquilo. Logo os barulhos da cama se misturaram aos produzidos por seus próprios corpos suados se debatendo um contra o outro e com os sons de suas vozes em gemidos e gritos. Então ele a puxou pelo quadril girando-a sobre a cama, ficando por cima novamente e Raquel prendeu suas pernas em torno do quadril dele, aprofundando a penetração até que logo ele ejaculou pela primeira vez naquela noite.

Quando ela levantou para ir ao banheiro enquanto ele cochilava, ele não demorou a surgir atrás dela, quando lavava o rosto, agarrando seu quadril. Ela ainda tinha o rosto corado e já podia sentir novamente a ereção dele crescendo entre suas coxas.

- Você está incansável mesmo hoje hein? – Sorriu, olhando-o através do espelho.

- Tenho que cansar muito você para que se lembre de mim. – respondeu beijando seu ombro.

- Acha que seria possível eu te esquecer? – perguntou provocativa.

- Eu não sei. Prefiro ter minhas garantias. – sussurrou no ouvido dela enquanto sentia a mão dele infiltrando-se em suas pernas fazendo-a estremecer e instivamente deitar a cabeça no ombro dele. – Você ainda está tão quente... E molhada...

- Culpa sua. – devolveu. – Conserte isso. – Ela apoiou os cotovelos na bancada do banheiro, inclinando-se para frente e o fitou de forma lasciva.

- Inspetora! – exclamou falsamente surpreso e logo penetrou-a novamente, deslizando para dentro de seu corpo com facilidade. A cada estocada mais forte, mais alto era seu gemido e poder encarar a expressão dele através do espelho era ainda mais excitante. Normalmente ela achava difícil chegar ao orgasmo estando em pé, mas naquele dia foi fácil e inesperado. O Professor amou cada segundo daquilo, especialmente quando ela chegou ao clímax praticamente deitando o rosto na pia. Ele curvou-se para beijar a nuca dela e acariciar seu clitóris enquanto ele mesmo chegava ao orgasmo mais uma vez. Eus cabelos empapados de suor se misturavam à medida que deixavam os corações desacelerarem a respiração regularizar.

- Acho que precisamos de um banho. – disse ele afastando-se dela finalmente, preparando-se para pegar um pedaço de papel higiênico para limpar o sêmen que escorria pelo seu corpo.

- Precisamos, mas deixa que eu dou um jeito nisso. – ela tirou a mão dele da papeleira e o empurrou contra a parede de azulejos lambendo-o do pescoço ao umbigo. Como se não fosse o suficiente para enlouquece-lo ela o abocanhou com vontade chupando-o com força ao ponto de ele titubear as pernas. Ao ver que os cabelos a atrapalhavam, pois ela tentava empurra-los, ele os segurou num rabo de cavalo que puxava a medida que ela se empolgava no que fazia.

Logo em seguida seguiram juntos para o chuveiro, que apesar da simplicidade do quarto era bom e a ducha quente acalmou seus hormônios então simplesmente lavaram um ao outro deixando as malicias para depois. Eles não queriam parar, porque se parassem começariam a pensar e aí lembrariam que em breve se separariam. Porém isso acabou acontecendo, então sob a agua quente Raquel o abraçou dizendo:

- Eu não quero que isso termine.

- Eu também não. – confessou alisando os cabelos dela. – Eu também não.

 – Eu também não

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