Capítulo 71: Uma nova vida

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Nairóbi sentia-se realizada por estar no comando do avião e mais realizada ainda porque era possível manter a rota com piloto automático para que ela e Javier pudessem matar as saudades. Mas antes disso explicou para seus passageiros as informações necessárias.

- Caros passageiros, iremos pousar em Helsinque na Filândia em exatamente 2 horas, 09 horas da noite pelo horário de Madrid, 10 horas da noite pelo horário local. Adiantem os relógios.

Era doloroso se despedir e por isso mesmo ela avisou com antecedência, pois queria beber uma última cerveja com Helsinque antes de deixa-lo e aproveitar a parada para reabastecer o jato. Uma lágrima discreta caiu de seus olhos enquanto ela colocava o jato em modo de piloto automático e soltava o cinto de segurança, porém Javier não deixou de perceber.

- Qual o problema? – perguntou, tocando o rosto dela.

- É o começo do fim... essas pessoas tem sido minha família por meses... – respondeu em tom choroso.

- Não. É o começo de uma vida nova. Nenhum deles vai morrer e vocês tem dinheiro de sobra para se visitar. – Tentou anima-la soltando o próprio cinto e tocando a mão dela.

- Você tem razão. – Tentou sorrir, esfregando os olhos, borrando sua maquiagem o que o fez rir. - O que foi? – questionou.

- Nada. – mentiu ele ainda rindo. – Ela se levantou e deixou o cockpit indo em direção ao banheiro, passando pelos outros que jogavam baralho e bebiam animadamente.

- Hei, quem está pilotando? – quis saber Tóquio alarmada.

- Fica fria, está no piloto automático. – Ela respondeu correndo para o banheiro sem encarar ninguém. Javier seguiu atrás dela e os outros voltaram a jogar.

- Puta que pariu! Que banheiro enorme! – Nairóbi exclamou ao entrar no ambiente. Javier a seguiu e trancou a porta.

- Realmente. Eu nunca tinha entrado no banheiro de um jato antes, pensei que era como os banheiros de voos comerciais. – passou o dedo pelo balcão, completamente impressionado.

- Nossa, eu estou toda borrada. Por isso você estava rindo, não é? – Ela começou a lavar o rosto mas estava apenas piorando a situação.

- Eu nem percebi. – ele disse com um tom carinhoso, sacudindo os ombros.

- Você é um amor. – Ela tocou o rosto dele. – Mas um péssimo mentiroso. – completou logo depois, dando-lhe um beijo nos lábios. – Ainda não acredito que você está aqui. – Suspirou abraçando-o.

- Nem eu. – admitiu. – Nunca fiz algo tão impulsivo antes. – Acariciou-lhe os cabelos.

- Está arrependido? – ela questionou visivelmente insegura, afinal ela ainda não acreditava que aquele homem queria realmente se comprometer com ela.

- Claro que não. Nunca. – Encarou-a segurando firmemente seu rosto e a beijou demoradamente. Era a primeira vez naquele dia que tinham oportunidade de se beijar então aproveitaram. Logo os lábios dele escorreram pelo pescoço, alcançando a clavícula e traçando uma linha até os seios ao mesmo tempo que as mãos abriam os botões da camisa dela.

Nairóbi tinha as mãos por baixo da camiseta, levantando-a até livrar-se dela, jogando-a no chão. A camisa dela fez companhia em poucos minutos porém Javier continuou passeando pelo corpo dela, deixando que sua língua saboreasse a pele morena até o umbigo. Ficando de joelhos, ele abaixou a calça jeans e a calcinha em um único movimento e abriu as pernas dela o suficiente para encaixar sua cabeça entre elas. Nairóbi gemeu demoradamente quando ele lambeu sua intimidade que já estava úmida desde que ele havia começando a beija-la com tanta fúria. Os suspiros e gemidos dela o incentivavam assim como as mãos que tentavam puxar-lhe os cabelos que eram curtos demais para isso.

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