Capítulo 13: P.S Eu te amo

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Ignorando seus próprios conselhos, o Professor pediu para Rio criar um e-mail para ele que fosse impossível de rastrear para mandar uma mensagem para Raquel. Ele sabia que era arriscado, mas mesmo assim seus sentimentos falaram mais alto que sua sanidade e não resistiu.

Ele não sabia se Raquel não o denunciaria, mas quis arriscar mesmo assim. Ele não imaginava o quanto ela estava morrendo de saudades e como seu coração disparou quando abriu sua caixa de e-mail encontrou aquele endereço desconhecido dizendo como assunto apenas um oi.

- Suas mãos suaram frio quando clicou na mensagem e começou a ler, imaginando que ela ele que falava com ela ali presente:

Raquel, sei que estou me arriscando mandando essa mensagem para você, mas preciso dizer que tudo que eu disse antes ainda é verdade.

Eu estou bem e espero que você não tente rastrear esse e-mail nem mostre no seu trabalho, porque vai ser uma perda de tempo. E também porque eu ficaria decepcionado. Gosto de pensar, para manter minha sanidade, que você sente minha falta, tanto quanto eu a sua.

Falei sério quando disse que amo você. Espero que num dia não muito distante possamos nos encontrar naquele lugar que sonhamos juntos.

Se quiser pode me responder. Aguardarei ansioso todos os dias. Um beijo.

Se fosse possível ela queria tê-lo beijado através da tela do computador, mas ao invés disso ela optou por responder:

Me ama mas não confia em mim. Não entreguei você. Aonde você está? Os outros estão com você? Não me ligue, meus telefones estão grampeados. Também sinto sua falta.

Foi tudo que ela disse tentando não soar fria demais, porém estava chateada por ele não estar ali, mas ao mesmo tempo feliz por ter lhe dado sinal de vida. Era uma mistura de sentimentos que não sabia explicar e uma lágrima caiu de seus olhos enquanto fechava o laptop preparando-se para ir dormir.

O professor leu o e-mail dela pouco antes de subir para seu primeiro passeio noturno desde que haviam fugido e o sorriso que estampava seu rosto foi percebido por Nairóbi que quis saber:

- Toda essa alegria é só porque estávamos pegando um pouco de ar fresco, Sérgio?

- Na verdade não. – ele confessou timidamente ajeitando os óculos e Nairóbi puxou uma cadeira sentando-se ao lado dele. Helsinque sentou no chão mesmo prestando atenção nele. – Eu disse que vocês deveriam ser honestos então eu também vou ser.

- Somos todos ouvidos. – Ela afirmou com empolgação.

- Durante o tempo em que vocês ficaram lá dentro da Casa da Moeda, eu me aproximei da Inspetora Murilo para arrecadar informações e estar sempre um passo à frente deles.

- Sabemos disso, você disse que faria isso. – argumentou Nairóbi.

- Bem, nem tudo saiu como o planejado. – ele fez uma pausa. – Eu me apaixonei por ela. – Confessou finalmente.

- Professor! – exclamou Helsinque num tom malicioso.

- Por isso a polícia encontrou o hangar tão rápido! – Nairóbi bateu na testa pensando em todos os fatores que faziam sentido agora.

- Não foi ela. Raquel não nos denunciou. – garantiu o Professor.

- Como pode ter tanta certeza? – Quis saber Helsinque.

- Porque eu confessei tudo a ela e ela disse que nos ajudaria.

- Tanto planejamento e você acaba se apaixonando pela investigadora do caso. – Nairóbi balança a cabeça com um sorriso irônico.

- Eu sei... – Ele deu de ombros. – Mas entenda, é por isso que eu tenho recusado suas investidas Nairóbi, eu não sou gay. – se explicou gaguejando.

- Professor Sérgio, eu só estava brincando. Era só para fazer você ficar encabulado mesmo. – ela deu uma gargalhada confessando.

- Nossa me sinto muito melhor agora; - ironizou.

- Mas e ela, ela sente o mesmo? – perguntou Nairóbi.

- Eu acho que sim. Quer dizer, vamos ver.... – comentou inseguro.

- Que quer dizer? Entrou em contato com ela? – Helsinque parecia alarmado.

-Mandei um e-mail. Mas Rio me garantiu que não há como rastrear. –explicou rapidamente.

- Espero mesmo que não hein Professor. Porque eu não pretendo ser pega depois de passar todo esse tempo aqui embaixo. – ameaçou Nairóbi.

- Fique tranquila Ágata. Sei o que estou fazendo. – ele garantiu.

- Espero que sim. – concordou. – Mas então pretende encontra-la quando sairmos daqui?

- Eu espero que sim. – deu um sorriso entusiasmado.

- Professor apaixonado. É Helsinque, parece que só sobramos eu e você mesmo.

 É Helsinque, parece que só sobramos eu e você mesmo

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