Capítulo 73: Kabul

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EU VOLTEEEIIII

ESPERO QUE GOSTEM <3



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Sete da manhã era o horário local. Eles nem sabiam mais em que horário deveriam estar se estivessem ainda na Espanha. O jet-lag não era pouco com toda essa alteração de fuso horário, embora tenham sido poucas horas comidas por vez.

Nairóbi estava um pouco mais tranquila com relação a pousar e precisar mostrar sua documentação novamente, porém calma só ficaria mesmo quando tivesse a oportunidade de ver seu filho e saber que ele estava bem.

Assim que retomaram a viagem, ela aproveitou para colocar o avião em modo de piloto automático para poder tomar um café. Seus companheiros de viagem ainda dormiam então ela nem falou sobre a parada extra.

- Porque você não dorme um pouco? Se algo parecer fora do normal eu acordo você insistiu Javier.

- E como você vai saber se houver algo errado? – brincou com um sorriso satisfeito por ele ser tão gentil enquanto engolia um longo gole de seu café preto.

- Provavelmente vai apitar algum alarme como nos filmes, não? – sugeriu, colocando a mão no queixo fazendo-a soltar uma gargalhada.

- Não é bem assim que as coisas funcionam – esclareceu.

- Porque não me ensina a ler os painéis para que você possa descansar algumas horas com tranquilidade? – Ele se aproximou massageando os ombros dela.

- Não posso ensinar você a pilotar em poucos minutos – disse com um tom gentil, pousando a mão sobre a dele.

- Eu sei, mas me mostre apenas o básico, o que eu devo prestar atenção para saber se está tudo certo – insistiu.

Nairóbi finalizou seu café e largou a xicara sobre a bancada, logo em seguida colocando as mãos em torno do pescoço dele.

- O que eu fiz para merecer um homem como você?

- Me seduziu durante as consultas. – Ele abriu um sorriso malicioso e ela não resistiu a vontade de beija-lo. Nairóbi acabou cedendo e explicou para ele o que significava cada símbolo no painel, sobre rota, temperatura, velocidade e frisou que ele a acordasse se algo mudasse repentinamente. Ela não podia mais negar que estava cansada e de nada adiantava continuar insistindo se bocejava a cada cinco minutos.

Então finalmente abandonou os protestos e aproveitando que o sofá estava livre, pegou um cobertor e deitou-se nele. Adormeceu rapidamente contrariando suas expectativas.

Passava do meio dia quando o Professor levantou e encontrou Nairóbi ainda dormindo profundamente. Uma leve preocupação correu por si então sem fazer alarde e caminhando devagar foi até a cabine de comando.

- Está tudo bem? – perguntou num sussurro ao ver Javier sentado olhando para o painel à sua frente como se disse dependesse sua vida. E de certa forma era isso mesmo.

- Acredito que sim. Quer me fazer companhia? Confesso que estou nervoso por estar aqui sozinho, mas ela precisava descansar – confessou com um sorriso amarelo.

- Concordo. – O professor devolveu o sorriso de forma gentil. – Você gosta dela de verdade, não? – perguntou o Professor em tom de afirmativa.

- Eu não estaria aqui do contrário – garantiu Javier.

- Eu fico feliz. Ela é uma boa pessoa. – Suspirou olhando para trás, vendo seus pupilos dormirem confortavelmente em suas poltronas. – Todos eles são.

- Você vai sentir falta deles pelo jeito – afirmou Javier, tocando o ombro do outro amigavelmente.

- Com certeza – concordou.

- Dinheiro não faltará para as passagens aéreas – ironizou Javier fazendo os dois rirem.

Juntos começaram a preparar o almoço e o cheiro de comida acabou acordando os outros que logicamente se assustaram ao encontrar Nairóbi adormecida no sofá.

- Está tudo bem, existe uma coisa chamada piloto automático – garantiu o Professor.

- É bom que esteja, porque se eu morrer aqui dentro eu volto para assombrar vocês – resmungou Tóquio ainda desconfiada.

- Cala a boca, Silene, ninguém vai morrer aqui dentro não – xingou Denver.

- Olha como fala com a minha namorada, cara! –defendeu rapidamente Rio.

Com a gritaria Nairóbi logo acordou se espreguiçando como se acordasse de um sono profundo.

- Que cheiro gostoso. Já é hora do almoço? – questionou erguendo uma sobrancelha e então olhou seu relógio gritando: - Javier! Porque me deixou dormir tanto! São duas da tarde!

- Você precisava descansar – respondeu calmamente.

- Tenho que começar a preparar o avião para descer! Ou você acha que isso aqui é igual uma montanha-russa?

- Nem parece que dormiu tanto, acordou ranzinza – Tóquio confidenciou baixinho para Rio enquanto Nairóbi seguia para a cabine rapidamente.

- Você não quer comer alguma coisa, primeiro? – preocupou-se o Professor.

- Não estou com fome – disse secamente e fechou a porta da cabine com força.

- Eu só queria ajudar. – Javier deu de ombros e abriu a porta da cabine, entrando logo em seguida.

- Boa sorte com a fera. – Denver riu e ao ver que Mônica entrou no banheiro, puxou rapidamente o Professor para um canto e lhe entregou um bilhete.

- Tive que escrever porque Mônica não pode saber – explicou.

Assim que teve oportunidade entrou no banheiro com o papel de Denver e leu:

"Sérgio, os pais de Mônica querem entrar em contato com ela e eu a incentivei a dar a eles uma chance, porém estou com medo. Teria como sua namorada investiga-los? Gostaria de acreditar que eles realmente querem fazer parte de nossa vida assim como os pais de Rio, mas melhor ter certeza, afinal envolve a segurança de todos nós. Assim que tiver oportunidade, fale com Raquel, por favor.

OBS: Acho que é obvio que Monica não pode saber que fiz esse pedido. Obrigado."

Assim que terminou de ler, ele amassou o bilhete e enrolou em papel higiênico antes de jogar na lixeira, para ter certeza que não seria encontrado. Famílias querendo contato também não fazia parte dos planos, porém ele entendia a necessidade que eles tinham de aceitar esse contato. Quem não gostaria de poder ter a família perto? Ele com certeza gostaria de ter tido mais tempo com seu irmão, então optou por acatar o pedido de Denver.

 Quem não gostaria de poder ter a família perto? Ele com certeza gostaria de ter tido mais tempo com seu irmão, então optou por acatar o pedido de Denver

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