Capítulo 15: Invasão de privacidade

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Após o jantar o Professor sugeriu que jogassem uma partida de pôquer pois se considerava muito bom, no entanto não se provou melhor que Nairóbi que justamente por ser uma excelente falsificadora, ela sabia blefar como ninguém.

- Pra mim chega. Nem comecei a gastar meus milhões ainda e já estou sendo sugada pela jogatina. – resmungou Tóquio levantando-se da mesa enquanto entregava suas últimas fichas para Nairóbi.

- Seja uma boa perdedora, Silene. – Nairóbi comentou juntando sua pilha de fichas com um sorriso vencedor.

- Estou fora também. – Rio concordou, abandonando a mesa e indo em direção ao sofá. Tóquio sentou-se ao lado dele e olhou para o relógio de parede que ficava sobre a porta do corredor.

- Meu deus, são apenas onze da noite e já estamos bêbados e entediados. Como próxima encomenda seria interessante uma bicicleta ergométrica ou alguma outra coisa para gastar nossas energias, do contrário vamos sair daqui pesando 100 kg, - reclamou.

- Você quer se exercitar, meu amor? Porque não falou antes, posso fazer você suar rapidinho. – Rio colocou o braço em torno s ombro dela.

- Ugh, nos poupem da imagem mental, sim? – Nairóbi fez uma careta ao mesmo tempo em que Tóquio dava um beijo rápido na boca de Rio.

- Além do mais, eu já peso mais de 100kg. – Helsinque deu de ombros sem se preocupar com o peso enquanto tomava seu uísque sossegadamente sentando na poltrona.

- Não, eu acho que Silene tem razão. Não podemos passar meses aqui apenas bebendo, jogando e assistindo filmes ruins. Vou ver o que posso fazer quando Santiago vier aqui amanhã de manhã. – O professor concordou.

- Um morto muito louco não é ruim! – exclamou Denver num tom ofendido fazendo Mônica rir discretamente segurando as cartas na frente dos lábios.

Rio ligou a televisão no noticiário, pois não queria ter a sensação de que estavam excluídos do mundo como se estivessem em um Big Brother, por mais que estivessem literalmente embaixo da terra.

Eles continuavam sendo o principal assunto em grande parte dos canais o que causou um sentimento de orgulho em todos, resultando em um brinde. Várias garrafas foram esvaziadas naquela noite enquanto Mônica, Denver, Nairóbi e o Professor ficara jogando até que o Professor vencesse. Para não estragar a brincadeira, pararam de apostar dinheiro e trocaram por M&Ms e biscoitos.

- Agora que eu sai do jogo vocês resolvem parar de apostar nossos milhões? – Tóquio ergueu uma sobrancelha intrigada levantando do colo de Rio por um minuto.

- Você não estava roncando aí no sofá? – comentou Denver rindo.

- Eu não ronco! – negou com veemência.

- Ronca sim. – responderam em uníssono.

Enquanto isso Raquel tomava uma taça de vinho sentada em sua cama aproveitando sua primeira noite em casa depois de ter largado o emprego. Pela primeira vez em muito tempo conseguiu colocar sua filha para dormir e contar uma história antes disso. A menina até havia esquecido a ideia de ir morar com o pai e só por isso ela já achava que tinha valido a pena jogar tudo para o alto.

- Mas e agora minha filha, o que você vai fazer? – perguntou com visível preocupação sua mãe.

- Não se preocupe mãe, eu tenho minhas economias e um acerto grande a receber por todos os anos que me dediquei à polícia.

- Mas você não vai se arrepender dessa decisão impulsiva meu bem? – sentou-se ao lado da filha na cama, recostando-se na cabeceira.

- Não. Minha família e minha felicidade é mais importante que um trabalho. Não vou permitir que Paula vá morar com o pai. – garantiu com voz firme.

FANFIC - Bella Ciao (La casa de papel Fanfiction)Onde histórias criam vida. Descubra agora