Capítulo 60: Manhã prolongada

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gentee

desculpa a demora, peguei uma gripe essa semana ai não conseguia nem olhar pro pc, quem dirá escrever hehehe

mas agora voltei com td

espero que gostem <3


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Já estava amanhecendo e nada de Nairóbi voltar, preocupando os outros, especialmente Tóquio que começava a duvidar da índole de Javier.

- E se ele entregou ela? Está demorando muito! – comentou Tóquio exasperada.

- Não, Javier é de uma inteira confiança. – garantiu Santiago. – Eles devem ter perdido a hora, tenho certeza.

- Isso eu posso entender claramente. – Helsinque deu uma risadinha.

- Você está muito saidinho hein Helsinque? – Denver deu uma cotovelada nele rindo junto. Enquanto discutiam, Nairóbi finalmente chegou e Javier apenas os cumprimentou rapidamente e foi embora, afinal logo teria que trabalhar.

- Viu, eu disse que não tinha acontecido nada de grave. – comentou Mônica aliviada enquanto Nairóbi se aproximava entornando as pernas, em parte pelo álcool, e em parte pela noite de sexo que tivera.

- Até que enfim! – exclamou Tóquio irritada. – Você quase nos matou do coração.

- Ficou preocupada comigo Silene? – perguntou ela rindo.

- Pensamos que você poderia ter sido pega. – explicou Rio.

- Eu fui, mas não pela polícia. – garantiu com um tom malicioso.

- Ah me poupe. – reclamou ele enquanto Javier os levava de volta para o bunker. Ao entrar encontraram um ambiente que dificilmente relacionariam ao Professor em outros tempos: louças para lavar e roupas jogadas no chão. O pote de sorvete na mesa de centro ainda tinha um pouco de conteúdo, porém agora havia se transformado em um líquido viscoso pela falta de refrigeração. A barraca dele estava fechada com o zíper deixando claro que eles estavam lá dentro.

Helsinque ajuntou as roupas, jogando-as dentro da máquina de lavar sem analisar muito o estado em que estavam enquanto Nairóbi e Tóquio lavavam e secavam a louça. Denver e Rio foram checar os quartos e banheiro, para conferir se haviam deixado alguma surpresa por lá também.

- Será que trocamos os lençóis? – comentou Denver olhando para a própria cama.

- Porque? – Rio deu de ombros. – Trocamos ontem ainda.

- Mas e se o Professor usou nossos quartos? Eu não quero deitar numa cama com cheiro de sexo de outra pessoa. – explicou em tom enojado.

- Você nunca foi em um motel? – Rio deu uma risada.

- Eles não trocam os lençóis nos motéis? – perguntou visivelmente preocupado, arregalando os olhos.

- Cada vez que entra um novo casal? Duvido muito. – ponderou Rio. – Mas se deixa você mais tranquilo, vamos trocar. – os dois começaram a tirar as roupas de cama para amontoa-las no canto do quarto.

- Amanhã colocamos na máquina. Agora vai fazer um barulho do cão. – respondeu ele.

Quando Rio foi para o próprio quarto, nem precisou pensar se trocaria ou lençol ou não pois Tóquio havia tirado as sandálias e se deitado ainda de roupa sobre a cama, já dormindo em sono aparentemente profundo. Ele sorriu e apenas tirou a camisa, deitando-se ao lado dela, puxando o cobertor sobre o corpo dos dois.

Muitas horas mais tarde, Raquel acordou nos braços do Professor, na mesma posição em que havia se colocado horas mais cedo quando entraram na barraca. Espreguiçou-se abrindo os olhos devagar, até que se deu conta de que não tinha ideia de que horas eram já que não havia luz do sol para guia-la. Ele inspirou profundamente acordando e se dando que ela realmente estava ali deitada com ele, usando sua camisa.

- Bom dia. – ela disse com um sorriso tímido.

- Muito bom dia. – concordou ele.

- Que horas são agora? – indagou preocupada e ele olhou o relógio no pulso.

- Meu deus! São duas da tarde! – exclamou confuso. – Dormimos tudo isso?

- Aparentemente não só nós. Não escuto barulho algum fora dessa barraca. – comentou ela rindo.

- É eles devem ter aproveitado bem a noite de folga.

- Não melhor que nós. – Ela puxou-o pela nuca para um beijo rápido.

- Não mesmo. – concordou quando a soltou. Raquel abriu a barraca e espiou o lado de fora: completamente vazio e silencioso. Deduzindo que todos dormiam eles saíram e procuraram pelas roupas do dia seguinte. Alguém havia recolhido elas. Mas dessa vez ela veio preparada e trouxe outra muda de roupa.

- Quer tomar outro banho antes de ir embora? – perguntou ele colocando-se atrás dela enquanto ela seguia com as roupas para o banheiro.

- Bem que eu gostaria, mas não posso. Não é as duas e meia que combinamos com Santiago? – sussurrou ela.

- Ele vai entender... – insistiu o professor, beijando o ombro dela.

- Vá se vestir, não acho que os alunos vão gostar de ver o Professor assim. – brincou ela referindo-se ao fato de ele estar usando apenas um short de pijama. Logo em seguida ela entrou no banheiro com as roupas limpas e trancou a porta, para garantir que ele não cogitasse fazê-la se demorar mais.

Ela tinha uma vida lá fora a esperando e uma filha com quem precisava curtir o resto do fim de semana. O Professor a obedeceu, e foi até sua barraca pegar roupas limpas para vestir. Fechava o zíper da calça quando ouviu um assovio e virou-se para ver Helsinque levantando-se de sua barraca improvisada entre armários. Ele o fitou com um sorriso malandro dizendo:

- Alguém teve uma noitada, não?

- Fale baixo, acho que os outros ainda estão dormindo. – recriminou ele.

- Com certeza. Nossa amiga Nairóbi chegou de manhã, e...

- Como assim? Chegou de onde? – quis saber ele preocupado.

- Ué, saiu com o Dr. Bonitão.

- Saiu daqui? – continuou ele em tom alarmado.

- Fica frio, Sérgio, eles foram até a casa do cara só.

- Acho que vocês estão começando a abusar da sorte. – disse enquanto abotoava os botões da camisa. Nisso, Raquel saiu do banheiro já completamente vestida e arrumada, segurando a camisa amassada que havia usado para dormir.

- Bom dia. – disse Helsinque fitando-a com o mesmo sorriso maldoso que havia dado para o Professor.

- Bom dia. – acenou de volta, tentando manter-se séria.

Batidas na porta interromperam o momento. Era Santiago pronto para levar Raquel de volta e Helsinque foi ao banheiro para dar privacidade a eles. As despedidas se tornavam cada vez mais difíceis e os abraços cada vez mais apertados e aquilo só pioraria dali pra frente. Agora apenas alguns poucos quilômetros os separavam, mas em breve haveria literalmente um oceano entre eles.

Porque ele não podia simplesmente raptar Raquel com sua mãe e filha?

Porque ele não podia simplesmente raptar Raquel com sua mãe e filha?

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