Capítulo 2: O interrogatório de Raquel

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Os policiais chegaram tarde demais. Não havia ninguém para prender, nenhuma prova para ser verificada. Uma varredura completa foi feita, porém não restava nem um fio de cabelo, nem sequer os macacões laranja como evidência de que eles estiveram ali. Tudo que restava eram os computadores mostrando as imagens das câmeras dentro da Casa da Moeda.

Tudo isso gerou ainda mais desconfiança sobre Raquel por parte do Coronel Pietro que não desistia de interroga-la.

- Eu já disse tudo que tinha para dizer. Quero que cumpra o que me prometeu antes de eu passar o endereço do Hangar. – Insistiu ela com um tom firme.

- E você acha que está em posição de exigir alguma coisa, Inspetora? Depois de ter sido comparsa de um criminoso? – Cuspiu ele num tom lascivo que a enojou.

- Não fui cúmplice de ninguém, se vocês não encontraram nada é porque eles já esperavam por vocês porque tinham acesso às nossas conversas, não porque eu os alertei.

Raquel garantiu, tentando manter seu tom firme, porém suas mãos tremiam, e ela prendeu uma na outra para disfarçar. Todos a fitavam de forma desconfiada como se não conhecessem o tipo de profissional que ela era. Como se de repente o fato de uma única vez em sua vida ter tomado uma atitude que ia contra as decisões da Polícia de repente apagassem anos de um currículo impecável. O que eles não sabiam é que ela já havia se envolvido sim com um bandido. Um bandido da pior espécie. Mas esse bandido não era Sérgio Maquina, esse bandido era um lobo em pele de cordeiro e infelizmente o pai de sua filha. E também o homem que pretendia tirar dela a guarda da menina. Lembrar desse fato fez com que ela perdesse a paciência.

- Como eu poderia ter alertado alguém, se nem eu mesma sabia que vocês sabiam do Hangar? Eu mesma soube esta tarde enquanto procurava provas por mim mesma enquanto vocês perdiam tempo me acusando e tentando me tirar daqui. – Vociferou ela.

- Ela diz a verdade. – Concordou Angel. – Raquel foi tão vítima quando os reféns que eles seguraram durante todos esses dias. E ela tentou fazer o seu trabalho apesar da insistência do Coronel em tira-la do caso. Não é, Raquel? – Ele a fitou de uma forma que pedia silenciosamente para que ela simplesmente concordasse com o que ele dizia.

- O meu trabalho é mais importante que um relacionamento de uma semana, como você mesmo fez questão de frisar, Coronel. Agora, vamos, eu fiz minha parte, a segurança da minha filha que está em jogo. – Implorou ela.

- Está bem. No que depender de mim, você continuará tendo a guarda de sua filha. – O coronel respondeu de maneira seca, mas não sem antes completar: - Com a condição de que seu telefone continue grampeado, caso o infrator tente se comunicar.

- Se quiser grampeie meu celular também. Eu não tenho nada a esconder. – Ela afirmou, levantando-se da cadeira. – Agora devolva minha arma e meu distintivo.

A contragosto, o Coronel Pietro devolveu, afinal ele não tinha nada contra ela. Ela havia colaborado com a investigação e ainda estava sendo investigada de boa vontade.

O que eles não sabiam é que o Professor sabia que os telefones de Raquel continuavam, grampeados, pois ele havia deixado os computadores no hangar, porém sua principal ferramenta continuava com ele: o programador, ou seja, Rio.

E justamente porsaber disso por mais que ele quisesse, teria que passar meses sem entrar emcontato com ela. Esperava que ao menos ela tivesse guardado os cartões postaise entendesse as dicas que ele deixou sobre seu paradeiro final.

 Esperava que ao menos ela tivesse guardado os cartões postaise entendesse as dicas que ele deixou sobre seu paradeiro final

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