FANFIC - Bella Ciao (La casa de papel Fanfiction)

Capítulo 37: Alguém tem que ceder.

17 de maio de 2018

"Sérgio

Estou mandando este e-mail para avisar que já recebi o computador que você mandou. Os pais de Aníbal já estão cientes de que devem vir aqui para usar esse computador e só se comunicar através dele. Seu amigo Santiago disse que vocês estão recebendo consultas médicas com um médico de confiança dele.

Não acredito que você confie em um completo estranho para conhecer seu paradeiro e não em mim. Não aguento mais esse relacionamento à distância. Se você realmente me ama como diz, exijo que nos encontremos pessoalmente.

Não preciso saber aonde você está, só preciso ver você e saber que isso não é uma ilusão que vai me trazer apenas mais dor.

Se você continuar insistindo em não nos vermos pessoalmente, acho melhor que não tenhamos mais contato algum. Acredito ser menos doloroso que falar com você sem poder toca-lo ou ouvir o som de sua voz pessoalmente. "

Sem pensar duas vezes, ela encaminhou o e-mail e desejou que ele atendesse seu pedido porque mesmo que suas palavras soassem duras, no fundo ela temia muito precisar fazer o que prometeu. Ela não queria perder o contato, porém não queria também se contentar com as migalhas de presença que vinha recebendo.

O Professor leu o e-mail completamente chateado, mas não inteiramente surpreso. Ele entendia que fosse difícil para ela aceitar aquela situação. Era difícil para ele também, mas Raquel diferente de Javier era visada nesse caso e isso lhe causava medo pois não podia colocar em risco o grupo todo em prol de sua vida amorosa.

Um e-mail não era o suficiente para responde-la então usou os conhecimentos aprendidos com Rio para ver se conseguia invadir o computador dela, afinal este era o horário que ela costumava checar seus e-mails. Por sorte conseguiu pega-la online e seu coração disparou assim que a viu.

- Imagino que já tenha lido meu e-mail. Eu não vou mudar de ideia, Sérgio. – ela disse logo de cara.

- Eu sei. – afirmou tranquilamente. – Mas quero que você entenda que não é que eu não confie em você. Eu apenas temo que a polícia ainda esteja de olho em você e não posso colocar todo em risco por causa da minha vida amorosa. – explicou.

- Angel me garantiu que eles já desistiram de me espionar. E como eu disse, eu não preciso saber aonde você está. Eu não ligo se tiver que ir vendada. Eu só preciso saber que isso é real. – despejou tentando não demonstrar fraqueza em seu tom de voz.

- Eu sei, mas chegamos tão longe e por pouco quase não fomos descobertos. E não é que eu não confie em você. Já expliquei isso. Mas quanto menos você souber, menos você terá que mentir. Acha que eu também não gostaria que pudéssemos nos ver pessoalmente logo?

- Parece que não. – afirmou firmemente.

- Meu Deus, é claro que quero. É tudo que eu penso nesses dias inúteis que passo aqui. Mas eu nem sequer tenho um quarto para receber você. Estou dormindo em uma barraca. – explicou

- É mesmo? – Ela não conseguiu segurar uma gargalhada.

- É...Mas está bem, você venceu. – suspirou resignado, arrumando o óculos.

- O que quer dizer? – perguntou curiosa, enrugando a testa.

- Vou dar um jeito de nos encontrarmos pessoalmente. – concordou por fim.

- Você jura? – perguntou ainda descrente.

- Juro. Mas você tem que ficar até amanhecer. Nada de sair no meio da noite. – exigiu sorrindo.