Cicatrizes de Ouro (Grátis até final de dezembro 2022)

Angel

Christopher Goldschmied

Estou voltando para casa depois de um longo e chato dia na faculdade; usando o meu óculos de sol vintage favorito, música clássica tocando baixo no rádio e cabelos ao vento enquanto eu dirijo meu Jaguar E-Type no modo conversível.

Ah... a vida é boa!

Terminei de fumar o meu cigarro e o joguei fora pela janela pensando no que eu devo dar ao meu pai de presente pelo seu bendito quarto casamento...

Peguei o jornal sobre o banco do passageiro e li sobre o meu pai e seu novo amor.

Eu quero dar a ele algo especial porque, para ser honesto, é uma meta. Quero dizer... quatro esposas lindas!

Bom, ele merece um prêmio por tentar acreditar no amor tantas vezes.

Coitado... Ele deveria saber que mulheres não amam, elas amam dinheiro e se sentir confortáveis e seguras dentro da nossa mansão.

Isso é o motivo de eu nunca ter tido nenhuma namorada...

Eu apenas não preciso disso, eu posso estar com qualquer garota, na hora que eu quiser.

Namorar é uma perca de tempo total e é super estressante.

Por que eu iria querer isso para mim?

Mas eu confesso que estou curioso desta vez...

Minha nova madrasta tem uma filha e elas estão vindo da França para a Inglaterra morar conosco. Provavelmente eu vou conhecê-las na próxima semana, apenas alguns dias antes do casamento.

Isso nunca aconteceu antes.

Eu sempre fui filho único. Minha mãe morreu quando eu nasci e as outras mulheres eram muito novas para terem filhos ou apenas não tinham nenhum ainda.

Eu espero que essa garota não me irrite ou eu juro...

Quando eu virei a direita para entrar em minha casa uma puta estúpida surgiu do nada e bateu contra o meu carro com essa bicicleta ridícula.

Eu quase chorei.

MEU CARRO NOVO!

— Mas que inferno — Puto, eu saí do carro e encontrei a garota morena no chão, morta.

Merda.

Eu me abaixei para olhar mais de perto e percebi que ela continua respirando.

— Você está bem? — Perguntei e a sacudi um pouco quando ela não respondeu.

Parece que ela está desmaiada.

— Ei, garota, por favor! Abra os olhos! — Eu pedi um pouco preocupado.

Era só o que me faltava!

Eu segurei o seu rosto em minha mão e a encarei esperando que ela acordasse ou desse algum sinal.

Apesar das circunstâncias, eu acho que ela é muito bonita, o seu cabelo escuro contrasta com a sua pele suave e pálida, mas quando ela abriu os olhos, eu não consegui mais respirar. Ela tem grandes olhos azuis com um olhar mortal, que consome a alma, assustador mas extremamente atraente. Eu não consigo evitar em me perder no infinito dos seus olhos e em sua beleza.

— Tudo bem? — Eu não percebi quando gentilmente comecei a acariciar o seu lindo rosto.

— Acho que não consigo me mover — A voz dela soa baixa e rouca, lembrando-me noites obscuras cheias de fumaça em Paris.