Força do Bem

2.1K 194 92
                                    

Christopher Goldschmied

 
Eu e Angelique estávamos abraçados depois de fazer amor, um de frente para o outro, deitados no sofá que foi palco de uma das melhores noites da minha vida. É estranho ter saudades de algo ou de alguém que está bem ao seu lado, mas era o que eu estava sentido. Eu estava com saudades de Angelique. E eu havia acabado de matar um pouco desse sentimento, mas ainda preciso de mais até me saciar completamente.

Eu peguei a mão dela e a trouxe até a minha boca, deixei um beijo na mesma e a acariciei; depois as nossas mãos brincaram uma com a outra e então nós juntamos as mesmas, palma com palma e dedos com dedos.

A mão dela é muito menor do que a minha, o que eu achei fofo. Ultimamente estou achando tudo muito fofo e lindo, e isso me assusta, mas acho que isso é normal quando nos sentimos apaixonados. Tudo fica mais brilhante e cheio de cor, é o que dizem por aí... Esse pensamento me fazia querer rir. Se alguém me contasse que eu estaria parecendo tão bobo por causa de uma garota há quase um ano atrás eu não teria acreditado... Mas a Angelique não é qualquer garota, ela é a garota, minha garota.

Já fazia quase dez minutos que estávamos nos entreolhando. Eu gosto de olhar para ela, e de observar cada detalhe do seu rosto, e das suas expressões...

A forma como ela olha e sorri para mim eram as minhas favoritas. Grandes e mortais olhos azuis e lábios cheios e avermelhados... Perfeita.

As bochechas dela estão rosadas, dando um pouco de cor à sua pele pálida, e o seu pescoço também está assim, resultado da minha barba já um pouco crescida roçando naquela região enquanto fazíamos sexo.

Também há marcas de mordidas e de chupões pela sua clavícula e pelo colo, o que fizeram-me sentir um pouco culpado. Eu não posso me ajudar, eu não tenho controle quando estou com ela. Mas mesmo culpado, eu gosto de vê-la assim.

Eram os meus instintos falando mais alto. Às vezes eu apenas quero marcá-la como minha.

E eu a marquei como minha desde a primeira vez que eu a vi.

— Quer voltar para Mônaco? — Eu perguntei meio que de repente — Podemos passear pela cidade e jantarmos em um bom restaurante.

— Nenhum chef no mundo vai superar as suas receitas, senhor Goldschmied — Ela disse e eu ri um pouco.

— Podemos ficar e eu cozinho para você, mas eu pensei que talvez você poderia querer fazer algo diferente.

— Quero ficar com você, não importa onde.

— Eu sei o que você está sentindo... — Falei pensativo — Mas ninguém vai poder nos atingir em Mônaco, amor. Estamos no sul da França, muito longe de todos... E eu vou proteger você se for preciso — Eu sorri e acariciei os cabelos curtos e negros dela — Vamos — Eu me levantei — Vamos turistar! — Puxei Angelique pela mão e ajudei ela à se levantar do sofá.

Ela concertou o seu vestido e recolheu a sua calcinha do chão.

Entramos dentro da cabine do iate e ela foi se arrumar para sairmos enquanto eu voltava para Mônaco.

Quando ela terminou de se vestir eu fiquei sem palavras...

Ela está com um vestido vermelho de linho um pouco curto e de mangas compridas que deixa os seus ombros à mostra.

Cicatrizes de Ouro (Grátis até final de dezembro 2022)Onde histórias criam vida. Descubra agora