Sinônimo de Dor

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Angelique Beaumont

Eu e Christopher estávamos deitados no centro da sala principal, em cima do lençol que havia caído aqui apenas porquê podíamos fazer isso.

Estávamos sozinhos e iríamos aproveitar todas as regalias disso.

Rolei no lençol até ir ao encontro dele, pousei a minha mão em seu peito e a deslizei para baixo pelo seu abdômen definido.

— Vamos dormir aqui? — Eu perguntei um pouco confusa.

— Por que não? — Ele respondeu sem abrir os olhos e acariciou as minhas costas, depois ele sorriu sabendo que eu estava o encarando.

— Vamos fazer um acampamento aqui! — Eu disse animada e ele riu — É sério! Podemos pegar alguns móveis, colocar um lençol por cima e fazer uma cabana igual em "Os sonhadores" — Me levantei um pouco e subi em cima dele — Vamos trazer o seu colchão pra cá e dormir aqui a semana inteira!

— Isso parece coisa de criança — Ele abriu os olhos e me encarou com diversão.

— E daí? — Analisei a sua expressão e esperei que ele aceitasse.

— Ok — Ele cedeu e suspirou.

Depois voltou a acariciar as minhas costas

— Amanhã fazemos isso...

— Não, Christopher! Tem que ser agora!

— Está no meio da madrugada, Angel — Ele exclamou e olhou para mim desacreditado — Quer mesmo que eu faça isso agora?

Eu assenti com a cabeça.

— Você não é normal — Ele disse e se sentou, bocejou e me encarou com os olhos cheios de sono — Então eu pego o colchão e trago pra cá enquanto você faz a cabana.

— Certo — Concordei e levantei-me para começar as minhas tarefas.

Quando a cabana já estava praticamente pronta, o Christopher terminou de descer as escadas que iam para o seu quarto e de onde ele estava, no patamar da escadaria, ele jogou o colchão para o primeiro andar.

Fiquei chocada.

O colchão caiu no fim das escadas e depois ele desceu os degraus com certa preguiça.

— Tem travesseiros e roupa de cama no armário da área de serviço... — Ele disse e foi até lá enquanto eu terminava os últimos detalhes, prendendo as pontas do lençol nos móveis.

Depois ele voltou e entregou-me os travesseiros para que ele forrasse o colchão.

— Eu nunca fiz uma cabana antes — Ele disse rindo um pouco — Nem mesmo quando eu era criança! E agora, depois de velho estou fazendo isso... — Ele negou com a cabeça e pegou os travesseiros que estavam comigo para colocar lá dentro — O que eu não faço por você?

Eu sorri para ele, gostando do que ele disse para mim.

E quando tudo estava pronto eu praticamente me joguei lá para dentro, rolei no colchão e senti o cheiro dos lençóis novos e perfumados.

Christopher entrou aqui dentro também e analisou como estava a estrutura, depois ele sorriu para mim.

Ele parece ter gostado da ideia agora que já estava pronto.

— Você é inacreditável — Ele disse para mim e depois deitou-se ao meu lado e abraçou-me por trás, ficando de conchinha comigo.

— Christopher? — Eu chamei e ele respondeu com um murmúrio sonolento, seu rosto posicionado próximo à curva do meu pescoço — Eu estou apaixonada por você também.

Meu coração estava cheio, pulsante e feliz.

Pobre coração, ele não sabe que o amor é sinônimo de dor.

Mas eu sabia, e eu estava preocupada com isso.

Christopher abraçou-me mais forte e passou uma das suas pernas grandes e pesadas por cima do meu corpo, mantendo-me presa com ele, como se ele não fosse deixar eu ir à lugar algum.

— Não se preocupe. Eu vou cuidar do nosso amor — Ele sussurrou para mim e então eu pude dormir em paz.

Nota: Gente, eu tenho escrito e postado incessantemente os capítulos dessa história e confesso que eu não estava pensando muito no que estava escrevendo, apenas vinha em minha cabeça as coisas e eu escrevia, mas agora eu vou parar um pouco e pensar realmente no destino da história, e escrever mais alguns antes de postar para evitar que eu me perca.

Os capítulos que acontecem antes da mudança de Angelique para Londres são necessários para o futuro do livro, então não vou parar de fazer, lide com isso ou pare de ler.

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