Fettuccine

2.5K 387 103
                                    

Christopher Goldschmied

Quando nós chegamos no colégio todos os alunos estavam saindo pelo portão, a aula tinha acabado e todos estavam aglomerados para esperar os pais para serem buscados.

A maioria deles tinham o mesmo papel que eu tenho em minha mão, o que significa que essa merda foi distribuída para todos.

Isso me deixou ainda mais enervado.

Tirei o paletó do meu terno e saí do carro...

Dei a volta no veículo com passos tão furiosos que eu poderia furar o chão. Imediatamente todo mundo aqui percebeu a minha presença e olhou para mim.

Eu abri a porta para a Angelique sair do meu carro também e ela fez isso, mas está muito tímida.

Segurei a mão dela para encorajá-la e a trouxe para perto de mim, para que ela caminhasse ao meu lado.

Ninguém iria ter a ousadia de dizer algo agora que estou com ela. Eu quebraria qualquer um que fizesse isso.

Eu ainda tinha o papel na minha mão, eu o segurava com muita raiva, quase o rasgando em meus dedos, apertando.

Avistei a Becky não muito longe de nós e comecei a dar passos firmes até ela.

A loira olhou para mim e sorriu, mas logo o seu sorriso desapareceu ao perceber a minha fúria.

Mas a cara dela caiu de vez ao ver Angelique.

— Você não pode resolver os seus problemas sozinha e chamou o irmão mais velho, Angie? — Becky perguntou com um sorrisinho debochado — Mas é muito bobinha mesmo...

Eu não disse nada, por enquanto...

Eu me aproximei mais e coloquei o maldito cartaz que ela fez e distribuiu para toda a escola diante do meu rosto e dei uma longa cheirada.

— Hummm... — Eu murmurei e depois voltei a olhar para ela com desprezo — Que cheirinho de inveja — Meu tom de voz saiu suave como se eu tivesse acabado de cheirar uma flor.

Becky ficou tensa imediatamente e todos ao redor dela também ficaram.

Todos em total silêncio para nos ouvir.

— É realmente uma pena você ser tão feia e precisar ter inveja de alguém, Becky — Eu disse sem piedade — Não por fora.... Por dentro. Você é podre por dentro.

Ela ficou inquieta, ofendida.

Moveu-se em seu lugar sentindo-se desconfortável e olhou em volta para todas aquelas pessoas que nos assistiam.

Depois arqueou uma sobrancelha para mim tentando transmitir superioridade, mas ela se esqueceu com quem está falando.

— O que você ganha fazendo isso, hun? — Eu estendi o papel — Mais admiração depois de tentar queimar o filme da Angelique? Isso porque não é capaz de ser mais interessante do que ela sem jogar sujo, não é? Quer apagar o brilho dela porque você não tem nenhum.

— Não é isso — Ela jogou o cabelo para trás e desviou o olhar do meu, não aguentando suportar a intensidade e desprezo que exalo ao olhar para ela.

— Você se acha muito especial... mas é muito comum — Eu torci o nariz — Quase ordinária... Mas você sabe disso, não sabe? Isso é o porquê você precisa humilhar as suas amigas para se sentir melhor... Essas garotas... — Eu olhei em volta dela, um exército de menininhas — São todas melhor que você!

Eu acho que Becky pode chorar a qualquer momento.

Eu virei o cartaz para mim e li em voz alta...

Cicatrizes de Ouro (Grátis até final de dezembro 2022)Onde histórias criam vida. Descubra agora