Natalie
Me levanto para vestir a camisa meio amassada que descansa na poltrona ao lado da cama. Ao menos as mangas esticadas pelos braços do mobiliário me remetem a um relaxamento que eu não tenho em mim no momento. As luzes da rua que ultrapassam as cortinas nas janelas do apartamento acabam iluminando o quarto em nuances amarelas e ocre, junto do sol que parece querer nascer e são como um convite pra ir à varanda, admirar, nem que seja por alguns minutos, mais um dia começando.
A pequena mesa e banquetas altas próximas ao parapeito da varanda são o toque romântico do meu ambiente, proporcionado por Maryanne, minha companheira de vida e de casa. Assim que saio me sinto arrepiar com a brisa fresca da madrugada, sendo obrigada a esfregar meus próprios braços. Ao lado dos copos ainda com restinhos de gin sobre a mesa, está o box de cigarros do homem espalhado na minha cama, e reservo cinco minutos pra um deles, aceso lentamente entre meus lábios. A luminosidade da chama do isqueiro lembra meus olhos ardidos que a ressaca do dia será péssima e xingo mentalmente.
O moreno grandalhão se agita na cama, dando sinais de despertar. O vulto de seu corpo se mexe pelo quarto, vestindo meu lençol de algodão ao redor da cintura e vindo ao meu encontro, até parar na porta francesa da varanda, de onde a brisa também o arrepia. Sei poucas coisas sobre ele, algumas bem superficiais: ele definitivamente gosta de se exercitar, também gosta de gin tônica, cigarros com fumo tostado, big time jazz e de uma mulher por cima. Talvez esta última característica esteja intimamente ligada ao efeito do gin.
O sorriso que ele me lança é muito bonito, e eu correspondo embora nossas cabeças juntas devam pesar uma tonelada de ressaca alcoólica e moral. Reconsiderando, apenas alcóolica. Já passei da fase da ressaca moral por sexo sem compromisso. Minha completa falta de decoro nesta parte me compele a ampliar o sorriso e esticar as pernas em sua direção, o recebendo entre as coxas e prendendo as panturrilhas cruzadas em seu traseiro.
Tento lembrar seu nome conforme ele tira o cigarro da minha boca e traga longamente, de um jeito bem sexy, antes de apagar no cinzeiro. Adam? Não. Efron? Não. Não consigo pensar em mais nenhum. O tempo é tão curto quanto a minha memória neste caso e desisto assim que ele abaixa a camisa que uso até meus ombros para beijar meu pescoço.
– A noite foi excepcional, querida. – ah, querido, minha culpa por não lembrar seu nome acabou de ser completamente aliviada, obrigada.
– Ainda não acabou. – minhas mãos entram debaixo do lençol e ele suga o ar de um jeito comprido, com um gemido gutural.
Meus lábios se alternam em seu peito e pescoço enquanto ele cresce entre meus dedos. Não há cura melhor pra um porre do que sexo tórrido e meio indecente. Minha boca caminha por sua barriga conforme me abaixo ao descer do banco. Sua cabeça se inclina para trás quando me ajoelho e o encaixo na minha boca avidamente.
– Natalie, você é a melhor. – ele elogia e demonstra saber meu nome. Ainda bem que minha mãe me ensinou a não falar de boca cheia, me limito a olhar pro alto e dar uma piscada quando nossos olhos se encontram.
Ele passa as mãos no meu cabelo, segura minha cabeça com uma firmeza nada resistente. Garoto esperto, nenhuma mulher gosta que o parceiro dite o ritmo do sexo oral. Seu gesto diz mais que ele não quer que eu pare do que impõe um determinado modo de sugá-lo. Me levanto à sua frente e ele acaricia meus seios com leves apertos ao beijar minha boca. Seus dedos me percorrem e entram em mim com uma facilidade escorregadia. Estou excitada o suficiente pra deixar de sentir a dor de cabeça que me acordou há alguns minutos.
Entramos no quarto e ele arranca a camisa do meu corpo tão rápido quanto eu arranco o lençol dele, e quando seu corpo pesa sobre o meu na cama ele me vira sobre si. Ok, ele definitivamente gosta de ficar por baixo, não é culpa do gin. Estico o corpo sobre o dele e alcanço um preservativo na mesa de cabeceira. Em pouco tempo estou rebolando sobre ele, gemendo enquanto o sinto entrar e sair de mim, tão duro que mal acredito que tenhamos tido poucas horas desde a última transa.

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Cosmopolitan
Cerita PendekNatalie é uma mulher forte e decidida, cosmopolita e dona de suas próprias regras. Quando ela percebe que não consegue controlar absolutamente tudo, vai ter que descobrir até onde suas leis podem ser dobradas em nome do que realmente importa na vida...