37. Mergulhou então num pensamento que durou muito tempo.

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Sentia a maciez dos lábios de Cosima, a ternura no toque. E quando ela cessou o toque Delphine, viu-se na necessidade de dizer o que seu intimo gritava para que dissesse.

- Você não pode ficar me dizendo essas coisas. Vou começar a acreditar em você! – declarou, vendo a morena afastar os lábios com calma. Cosima apoiou-se no nos cotovelos para que pudesse continuar olhando-a.

- Essa é minha intenção Delphine. Que você acredite em mim!

- Parece promissor, mas... – começara a dizer, mas um gesto de Cosima com a cabeça chamara sua atenção.

- Sem "mas" dessa vez. – interrompeu contente pelo rubor que logo invadiu a face da loura. - Sabe eu poderia me acostumar facilmente com você! Aqui na minha cama – declarou Cosima.

- Nisso eu tenho que concordar com você! – o corpo de Delphine estava estendido no meio da cama, e ao notar a conversa que se iniciava de forma tímida. Inclinou o corpo para o lado voltando-se para Cosima - E ela é bem confortável, além de eu ter adorado a cor dos lençóis. – afirmou enquanto corria os dedos compridos da mão direita no tecido abaixo de seu corpo.

- É só isso? – Cosima perguntou ofendida, levantando levemente uma das sobrancelhas e forçando uma expressão contrariada. A expressão dela era de brincadeira, mas sua indagação carregava a pergunta que queria fazer, mais diretamente, de como aquela entrega estava mexendo com Delphine.

- Não Cosima, não é só isso. – garantiu com um gesto de negação com a cabeça. Um sorriso tênue se delineava nos lábios. Os cabelos ainda úmidos, revoltos, mas não preocupava-se em arrumá-los, estava aproveitando o momento - Embora eu esteja correndo grande risco de inflar esse seu ego infindável, preciso dizer que foi uma experiência surpreendente.– esclareceu Delphine da forma mais sincera que pode. Levando uma das mãos a face dela, tocou-a com carinho. - Você é maravilhosa.

- É eu sou! – confirmou Cosima, em um sorriso largo - E você Delphine, você vai me causar sérios problemas, com essa sua formosura. Agora por exemplo eu estou correndo sérios riscos de me perder nesses seus olhos, nessa sua boca, pessoa não gay - desdenhou ainda sorrindo para ela.

- Como eu saberia se eu fosse? Você só está me testando, não é?! Querendo provar que ninguém resiste à você! – insinuou Delphine.

- Sim! Mas não é só isso e você sabe! – afirmou levando o dedo indicador na ponta do nariz dela que estava próximo. Num breve toque.

- Eu sei, e você como soube que era assim, e antes de mais nada, não me refiro ao seu atrevimento, me refiro a sua sexualidade. – esclareceu Delphine encarando-a.

- É uma longa história. – desconversou Cosima. Jogando corpo para trás, e deixando que a cabeça pousasse no travesseiro. Definitivamente era uma história muito longa. Encarou o teto acima. Esperando que Delphine mudasse de assunto, mas não foi o que ela fez.

- Acho que não vou sair daqui tão cedo, então pode começar. – pediu Delphine, ignorando o gesto impaciente de Niehaus.

- Promete que não vai rir? – indagou Cosima voltando a apoiar-se nos cotovelos e olhando cuidadosamente para ela. A face de Delphine não exibia muito, e seu maior desafio era não baixar os olhos para admirar a nudez que tão bem lhe caía.

- Prometo!

- Eu tinha uma nova professora de francês. – proferiu Cosima, interrompendo o que dizia ao notar o sorriso tímido que Delphine segurava no canto da boca.

- Você prometeu que não ia rir. – advertiu Cosima franzindo o cenho descontente.

- Uma professora de francês? Pelo menos disso eu tinha que rir. – informou a loura entre risos - Por isso o seu francês é tão bom! – concluiu sem deixar soltar uma gargalhada, que a muito continha.

Defy ThemOnde histórias criam vida. Descubra agora