36. Quando achas um diamante que não é de ninguém, ele é teu!

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Aquela mulher iria enlouquecê-la. Aquela era uma das únicas certezas que surgia na mente de Cosima enquanto tocava vagarosamente com os lábios cada parte do corpo de Delphine.

E que corpo. Niehaus viu-se na necessidade de lembrar.

Beijava-a em uma linha imaginária que criara, nas pequenas pintas que se desenhavam no colo alvo, seguindo para o inicio das costelas, à direita, como se fossem um mapa. Um mapa que ela com certeza iria seguir, e não se importaria em perder-se. Suas mãos mantinham-se nela acompanhando a trajetória. Por vezes, desviando dela, mas ainda assim percorrendo cada pedaço com vontade. Firmando-se onde via Delphine sem querer interromper a respiração.

A cada beijo distribuído podia sentir a elevação entrecortada dos pulmões, em uma respiração que falhava, e que a loura inutilmente tentava controlar. Era excitante senti-la tão vulnerável. Tão exposta.

O toque que a envolvia até então, hesitou ao aproximar-se dos seios, desde o momento que os vira, não conseguira deixar aproximar-se. Não iria ignorá-los. Queria senti-los. Cada um deles. Sentia sua boca salivar pelo simples pensamento de tocá-los daquela maneira. E talvez por querer esclarecer o quanto via eles se oferecendo a ela, ansiando por serem tocados daquela forma. Por sua boca. Ou apenas para constatar que eles se encaixavam tão perfeitamente em seus lábios, como em suas mãos. Pensou em não mais hesitar.

E naqueles cinco segundos, onde seu atrevimento falou mais alto, Cosima roçou com a ponta do nariz, cada um deles, para em seguida envolver o que estava mais próximo, à esquerda, abocanhando-o em um contato úmido, e firme. Envolveu-o em volta dos lábios, e com a ponta da língua lambeu o mamilo rijo. E o mesmo movimento foi feito por Cosima no outro. E depois ela voltou ao primeiro. Intercalando entre um e outro. Intercalando a carícia, ora beijando-os, ora chupando-os. Em uma ânsia fora do comum por mordiscar o mamilo já inchado, e familiarizado com seu corpo.

Os picos da excitação de Cosima eram sentidos pela maciez deles junto a sua boca e embora não se encaixassem perfeitamente em seus lábios, como havia desejado, Niehaus sabia que eles haviam sido feitos para serem provados por seu paladar. Para serem sentidos por ela. Para serem dela, assim como aquela mulher. Por pouco não perdeu-se na volúpia gerada, e sentida, e um dos motivos de não fazê-lo foi a entrega de Delphine.

Não precisaa ter pressa! Lembrou-se Cosima. Não mais. É preciso ser paciente.

O corpo de Cormier vibrava e estremecia, chegando a doer. E pelas experiências vividas até então. Soube que aquela dor latejante era totalmente diferente das que sentira antes. Queria ter a explicação lógica, mas limitou-se ao concluir que era uma sensação prazerosa. Como a muito não sentia.

Seus pensamentos haviam se esvaído com uma rapidez fora do comum. Não conseguia estabelecer uma linha de raciocínio. Nem queria. Tudo o que Cormier queria, era sentir. Queria sentir a intensidade do toque. Assim como queria ter consciência para expressar com palavras, o que aquela mulher a fazia sentir. Paixão. Desejo. Luxúria. Talvez a resposta fosse alguma daquelas definições, mas talvez também não fosse. Nunca em sua sã consciência quisera alguém daquele jeito. Mas nunca conhecera alguém como Cosima. Não alguém que a fizesse sentir-se tão desejada.

Delphine não lembrava se alguma vez tivera aquele anseio por alguém, em conjunto com aquela necessidade física, sexual, como precisava de Cosima, em cada parte de seu corpo. Queria entender como funcionava, aquela troca entre duas mulheres, mas não sabia qual seria o próximo passo de Cosima, e aquela simples constatação já reacendia o calor descomunal em seu baixo-ventre. Um calor sempre seguido da umidade conhecida. Agradeceu por estar sem roupa íntima, por que se estivesse com uma, provavelmente ela estaria encharcada, denunciando sua excitação.

Defy ThemOnde histórias criam vida. Descubra agora