Livro composto de histórias, contos e One short do grupo DLB (Devoramos Deliciosos Livros No Breakfast).
Atividade recreativa com sorteio de amigo secreto , temas diversos e personagens surpresas.
Venha se divertir e se emocionar com os talentos...
Passeando pelas ruas de Paris, um jovem apaixonado caminhava em direção ao seu destino. Ele pretendia deixar uma recordação em especial naquela cidade tão marcante. Paris era muito diferente do que se vê em filmes e novelas. Um povo reservado, educado, porém distante. Ruas extensas, um inverno rigoroso e uma cultura encantadora.
Enquanto andava sem pressa, observava as pessoas. O habto engraçado de andar com uma baguete comprida de baixo do braço, uma boina na cabeça e um livro na mão. Os franceses apreciavam a cultura, a gastronomia, literatura e pintura. Via-se artistas talentosos que vendiam sua arte a troco de moedas, não tinham valor, mas ainda assim seus desenhos eram impressionantes.
Apesar do famoso Museu do Luvre, A igreja Notrêe Dame, a torre Eiffel e o Arco do triunfo, havia mais beleza nas pequenas histórias. Nos vendedores ambulantes de poesia, nos artistas de pintura, nos mímicos e claro, nos violo cenistas que davam show em troca de meros aplausos. Paris era muito mais do que uma cidade famosa, era a Paris dos apaixonados e daqueles que lutam pelo valor da arte.
Ian era um rapaz de bem com a vida. Ele gostava de viver em harmonia com todos ao seu redor, desde família, vizinhos e amigos. Estava em Paris de férias. Tinha vindo visitar os avós paternos de seu falecido pai. Ele morava no Brasil e tinha um antigo amor, daqueles que faziam o coração pulsar mais rápido, as pernas tremerem e a vida valer a pena. Contudo, ela era sua melhor amiga. O receio de Fiona não sentir o mesmo o deixava com medo de se declarar. Mas ali estava ele, prestes a cometer a maior loucura de sua vida.
Quando chegou a uma das centenas de pontes de Paris, ele andou por ela ficando em um local onde desse um angulo da torre Eiffel. Respirou fundo, fitando os poucos andantes que passavam por ele, evitando-lhe. Mesmo ele sendo um rapaz bem vestido, cheiroso e de família. Os franceses eram assim mesmo.
Tirou a mochila que levava nas costas e soltou o estojo instrumental que segurava na mão. Montou a pequena base para o computador, ligou o notebook e sincronizou a internet. Estava tão nervoso. Por um segundo quase esqueceu. Tirou de seu bolso um pequeno objeto. Guardou a chave de volta no bolso da calça após abrir o cadeado. Sentou no banquinho montável que trouxe na mochila e esperou que ela atendesse a ligação.
- Oi Fiona. - Disse ele sorrindo nervoso, mas feliz por ela ter atendido a liação.
-Oi Ian, tudo bem? Como está a viagem? - Perguntou a garota do outro lado da câmera, ligada pela internet.
- Está indo bem, mas seria melhor se você estivesse comigo. - Falou ele fazendo a garota corar.
- Eu adoraria... Ian, eu ia amar falar com você, mas agora está toda minha família aqui, fazendo churrasco de aniversário para meu irmão. Desculpe, tenho que ir. - Disse ela dando tchau, mas ele chamou por ela pedindo:
- Por favor, espera. Só dois minutos. Por favor Fiona. - Pediu ele, tapando toda câmera do notebook para que ela não visse nada, por enquanto.
- Ok, mas não posso demorar.
- Ok. Olha, tem uma coisa que sempre quis dize para você, mas nunca tive coragem . - Começou ele, tirando o pequeno pedaço de fita isolante preta da câmera, revelando a linda paisagem que ele se encontrava, no fim da tarde.
- Ai meu Deus! - Disse a garota, contendo o nervosismo do outro lado.
-Apenas ouça, Ou não sei se vou conseguir. - Falou ele rindo nervosamente.
Ian mostrou o cadeado de metal com o nome dele e dela marcados antes de se afastar da câmera. Colocou o objeto na ponte, trancando o cadeado. Sorriu, tocando o cadeado e tentando manter esse momento em sua memória. Sorriu para Fiona que chorava na câmera do Notebook e antes que o medo o impedisse de prosseguir, sentou no banquinho, pegou o violão e fechou os olhos. Respirou fundo e começou a tocar nas cordas do instrumento, soltando a voz:
Assim que terminou de cantar e tocar, ouviu aplausos ao seu redor e distante. Abriu os olhos e ao seu redor, algumas pessoas que estavam na ponte aplaudiam ele e o parabenizavam-o. Contudo, seus olhos só buscavam a bela garota do computador. Ela chorava emocionada, e os seus familiares assobiavam e diziam coisas como: ''Finalmente! e Vai que é tua ! '' .
Ele agradeceu a todos e as pessoas seguiram seu caminho, o deixando com o seu amor. Fiona ria, Ian também. Então ele a pediu em namoro e essa aceitou. Paris parecia um sonho realizado e naquele momento ele fez uma promessa em pensamento '' Se ficarmos juntos, eu a trarei aqui ano que vem e a pedirei em casamento. ''
Um ano havia se passado desde aquele dia em que Ian havia se declarado para sua melhor amiga e namorada. Fiona estava ao seu lado, de mãos dadas, caminhando pela mesma ponte, no mesmo dia e hora. Um ano depois que tudo aconteceu e mudou a vida de ambos.
O rapaz era imensamente feliz, mas sentia que precisava mais. Tirou o violão da capa enquanto Fiona pegava o banquinho de madeira. Ele sentou-se e tocou a mesma música para ela. A emoção era gigantesca! No final, ele soltou o violão, ajoelhou-se e a pediu em casamento, tirando um estojinho com um anel de compromisso.
Ela aceitou e eles se beijaram. Uma promessa havia sido cumprida e a conhecida história sobre os cadeados de Paris tinha cumprido seu dever. Ele pegou a chave e abriu o cadeado. Aquele mesmo cadeado que ele deixou. Entregou a chave a Fiona, dizendo:
- Você tem para sempre, a chave do meu coração.
- amo você, Meu coração sempre foi seu Ian. - Sorriu ela, beijando-o novamente.
De mãos dadas, eles voltaram de onde tinham vindo, conversando e prometendo novamente que na lua de mel eles viriam a Paris, Voltariam ali e deixariam o mesmo cadeado.
Um ano depois, eles estavam casados e passando a lua de mel, quando decidiram cumprir aquela promessa. Levando com eles o mesmo cadeado, o colocaram na ponte, trancando esse. Mas dessa vez, ele fez um risco a caneta no objeto. Afinal, uma promessa já havia sido cumprida. Felizes e igualmente apaixonados, voltaram para o seu local de destino, agradecendo a cidade por ser tão importante para eles. A Paris, eles deixam um beijo no vento e um breve Arrevoir.
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