De: Vitória vihholanda
Para: Breno Blanco150Só mais uma noite do ano, que passo sem saber se esse " Deus" , há que eu rezo todos os dias tem mesmo uma família para mim. Uma ilusão infantil!? Talvez! Mas sonhar é de graça, e para seres humanos como eu, chega a ser um luxo.
Desculpe - me a falta de educação. Meu nome é Madeline, sim, só Madeline. Tenho 12 anos, e estou no orfanato Irmãs da Salvação, desde que me lembro. Aquela típica história : Me deixaram na porta desde orfanato, em uma noite chuvosa e fria do mês de dezembro, com batidas na porta, a irmã Luise acordou e ao ver que tinha uma caixinha do lado de fora, foi rapidamente me buscar, com medo de que a criança que ali estava, morresse naquele frio.
Até hoje, ela me lembra de como eu era miúda e frágil. Que minha pele muito branca combinava com a cor da lua naquela noite, e meus olhos negros pareciam a escuridão. Deve ser por isso, que sempre sinto algo ruim, algo mau, dentro de mim.
A única coisa que gosto nesse pequeno orfanato é dá irmã Luise, ela sempre é boa comigo. Já a madre superior faz da minha vida, particularmente, um inferno.
Uma semana antes do Natal, a madre nos separou tarefas - bem difíceis por sinal - e acabou mandando a minha amada freira para uma cidade distante , o que me fez a odiar ainda mais. Fiquei encarregada de comprar peixes, verduras e legumes no outro lado da cidade, e já naquela hora se fazia muito frio, e minha pobre roupa não conseguia me aquecer.
Acabei passando a manhã e a tarde inteira procurando os melhores preços. E graças aos céus, consegui. Agora o problema era voltar com todo aquele peso sem falar na fome que me castigava mais e mais. No meio do caminho, passei por uma padaria, que tinha lindos doces, sentia até o gosto em minha boca. Não sei exatamente o porque, mas me veio a mente as outras 10 crianças do orfanato, peguei minha bolsa, e o dinheiro que ali restava só podia se comprar dez biscoitos daqueles. Anui, e comprei os malditos doces, e segui meu rumo, antes que comesse todos de uma só vez.
Quando só faltava alguns quilômetros, parei para descansar e me abracei para poder me esquentar, batia os dentes de frio, sentia que tudo em mim iria congelar. Bem a minha frente, uma janela estava com uma luz forte, dava para ver uma família; um homem e uma mulher sorridentes, uma menina de cabelos ruivos e olhos castanhos claros, todos sentados a mesa, rindo e comendo o que seria um fabuloso peru. Babei, sentia inveja. Não, não dá família da tal garotinha, já aceitei minha sina. Mas sim, daquele peru. Minha barriga roncou e eu me sentei naquele chão frio. Olhei para o peixe, as verduras, legumes e a sacola de biscoitos estava faminta, mas não podia deixar aquelas crianças com fome.
Não tínha amigos lá, mas, no final das contas, era o mais perto que eu tinha de uma família. Pensando nisso me levantei e continuei o caminho mesmo com o vento frio que insistia em congelar meus ossos.Caminhei juntando todas as forças existentes no meu corpo, consegui chegar na porta, bati e foi aí que desmaiei eu acho. Eu ouvia alguém falar meu nome, mas algo me puxava para longe, uma luz azul aparecia e as vozes começavam a ficar ainda mais distantes. Não sentia mais fome, nem frio, bem a frente eu vi, não podia ser ! Era ela ! Minha mãe! Seu rosto igual ao meu, um sorriso belo, e olhos negros como a escuridão. Ela vestia um vestido branco, e ao me ver seus olhos se encheram de lágrimas. Eu corri em sua direção, e a abracei, perguntei se podíamos ficar juntas agora, para sempre. E recebi - graças ao céus - um sim.
Aquela foi minha melhor noite. Passei o Natal com minha mãe no céu - Isso mesmo que você ouviu - eu morri. Mas acredite não estou triste, as crianças ficaram tristes pela minha morte, mas tiveram uma ótima ceia, e claro comeram os doces. A irmã Luise adotou uma menina ruiva- que até que se parece comigo - a madre agora trata melhor as crianças, e algumas delas até já foram adotadas. E até hoje, Paris sabe minha história, e me chamam de anjo do Natal, por ter feito de tudo para que as crianças tivessem um Natal bom, mesmo que isso significasse minha morte.
As vezes a morte não é o fim, e sim um começo para novas história ou para a melhora de algumas delas. Essa foi a minha - dura mas feliz - história de Natal, e então qual é a sua ?
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O Grupo DLB e a Adm Katlin
KatlinCarolineAS
Agradecem a participação de AnVitória na atividade recreativa.
Todos os credito da história à escritora.
Obrigado pela sua leitura.
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Era Uma Vez
NouvellesLivro composto de histórias, contos e One short do grupo DLB (Devoramos Deliciosos Livros No Breakfast). Atividade recreativa com sorteio de amigo secreto , temas diversos e personagens surpresas. Venha se divertir e se emocionar com os talentos...