💛Setembro Amarelo💛- Não Está tudo bem!

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Escrito por: Bruna TheLittleGirls_
Para: Andreza Dressa_Amore1

O despertador ao lado de minha cama tocou, indicando que já era a hora de levantar. Apertei o botão que desligava o alarme e suspirei, levantando e indo em direção ao calendário fixado atrás da porta, peguei marcador que estava ali e risquei a data de hoje, um dia a menos para que eu pudesse finalmente sair desse inferno e ir para a faculdade. Fui até o banheiro no corredor e tomei banho, ao sair, coloquei uma calça jeans, uma blusa qualquer e um moletom de algum herói de quadrinhos, prendi o cabelo em um rabo de cavalo, coloquei meus óculos, e calcei os meus all star pretos, já desbotando.
Eu não tinha vaidade nenhuma, mal sabia passar batom, não tinha amigos, gostava de quadrinhos e de livros. E, para piorar a minha vida, tinha Nina Hartley, a rainha da escola, que adorava me colocar lá no chão, no sentido literal e figurado da palavra, já que, segundo ela, era meu lugar.
Adentrei os portões da escola e fui direto para meu armário, peguei os livros da primeira aula do dia, química.
-Bom dia, Liv. - Nina estava ao lado do meu armário, e falou assim que fechei o mesmo.
-Nina, por favor, me deixa em paz, só por hoje. - falei, quase suplicando, mas, claro, Nina nunca atenderia a esse pedido.
-Eu decido quando te deixar em paz, e isso nunca acontecerá. - ela falou, ameaçadora - Mudando de assunto, belo vídeo. - arqueei a sobrancelha.
-O quê?
-Esse aqui. - ela sorriu maldosa, mostrando um vídeo meu dançando Worth It, do Fifth Harmony, em frente ao espelho, dava para ver que a pessoa filmara pela janela do meu quarto, então lembrei que Amber, uma das amiguinhas de Nina era minha vizinha, ela provavelmente viu, filmou e mandou para toda a escola.
- Olha, a dançarina! - Alex capitão do time de futebol e um dos garotos mais idiotas da escola falou, apontando para mim, fazendo todos que estavam no corredor olhar para mim, rindo. Corri para a sala, tentando ignorá-los e logo o professor chegou.

Esse dia foi o pior de todos os outros que já tive naquela escola. Para qualquer lugar que eu fosse, todos olhavam para mim, apontavam e riam. Quando o sinal anunciando o fim das aulas, juntei minhas coisas rapidamente e corri o mais rápido que pude daquele lugar, chorando tanto que mal via para onde estava indo, devido às vista embaçada. Percebi que passava pela Tower Bridge,uma ideia me ocorreu, uma ideia que me tiraria de todo sofrimento que estava passando desde que entrei para essa escola. Por algum motivo, não tinha muitas pessoas na ponte aquele horário. Estava certa disso, ninguém iria sentir minha falta mesmo, nem meus pais, que agiam como se eu não existisse, ou como se fosse apenas um animal, a quem eles davam comida, roupas e teto. Joguei a mochila no chão ao meu lado, subi na "grade" que tinha ali e desci do outro lado, ficando na pontinha, sendo sustentada apenas pelas mãos que seguravam a grade de proteção. Respirei fundo e me preparei para pular.
-Não faz isso! - ouvi uma voz atrás de mim, olhei para o lado e era um garoto,acho que já o vi durante as aulas - Por favor, não faz isso, esse não é o único jeito.
-O que vê sabe? Nina faz coisas idiotas comigo desde a 6° série, eu tentei falar com meus pais mas eles não me dão atenção, e eu até hoje eu venho guardando isso em meu coração, mas tem uma hora que a gente não aguenta mais.
-Eu sei o que você passa, tá bom? Alex também pega no meu pé há um bom tempo, mas eu aprendi a ignorar, não ligar para o que eles falam e até fazer piadas comigo mesmo, e aí, eles pararam, eu percebi que é isso que eles querem, que a gente se fique mal, e não podemos dar esse gostinho a eles.

-Por favor, sai daí e eu te ajudo a passar por cima disso.
-Tudo bem. - sorri fraco e ele me ajudou a voltar para a parte segura da ponte.
-Vamos começar de novo: me chamo Bill, e você?
- Olivia, mas pode me chamar de Liv.

E então saímos da ponte, conversando e Bill me deixou em casa, os dias se passaram e percebi que o que Bill me falou era verdade, aos poucos Nina e sua turma foi parando me me perturbar e logo estávamos nos formando. Passei para a universidade de Cambridge, junto com Bill, nos apaixonamos e agora dividimos um apartamento próximo da universidade, então, eu percebi: o amor salva, assim como destrói, mas nos mantém vivos e com isso conseguimos lutar por quem amamos, o amor foi a luz que me guiou na escuridão, e me ajudou a superar a depressão.
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O Grupo DLB e a Adm Katlin
KatlinCarolineAS
Agradecem a participação de Bruna na atividade recreativa.
Todos os credito da história à escritora.

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