🎅🌲Natal - O Vazio do Dever🌲🎅

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De: João R. JoaoRenatoMendes
Para: Raquel LadyAfroditeLubov

O vento gelado soprava através das compridas árvores que ocupavam uma vasta área. Cristais de gelo se acumulavam no solo, alertando o início da temporada de neve na região. O ambiente propiciava dificuldade de locomoção para veículos, o que se via no jipe que rodava por entre a vegetação.

Na direção do carro camuflado estava uma mulher ruiva. Os olhos aguçados estudavam atentamente o horizonte próximo. Paredes de madeira escura, um quadrado na quina central do telhado, semelhante a uma chaminé e janelas fechadas, de vidro fosco. Desacelerou e parou, respirando fundo em seguida.

Olhou para o lado, no banco do passageiro, onde estava um homem de cabelos volumosos escuros, vestindo um casaco cinza e calças grossas marrons. Lhe sorriu e disse:

- Vamos. Não parece haver nenhum guarda.

- Você fala como se não fôssemos avançar se tivessem guardas.

- Só quero te tranquilizar. Não queremos coisas espalhafatosas.

- Natasha, eu sei controlar a minha raiva.

Natasha desceu do jipe e estralou o pescoço, enquanto o acompanhante descia, a perguntou:

- Você não sente frio só com essa roupa colada?

Ela alisou a barriga coberta por um colan preto e disse:

- Uniforme isolante térmico. Sem frio ou calor. Você devia usar também.

- Eu? Nem pensar. Só você fica bonita numa coisa dessas.

Natasha sorriu de canto e caminhou pela grama rala que se estendia por entre a floresta. Após minutos andando cuidadosamente, sussurrou:

- Bruce, acho que encontraremos alguém adiante. Fique atrás de mim, vamos para aquela árvore.

Bruce a seguiu e ambos se encostaram no tronco de uma árvore, cuja casca estava gelada e escorregadia. Natasha olhou pelo lado esquerdo e viu um homem empunhando um fuzil com as costas voltadas para a árvore onde se escondera. Ergueu o dedo indicador e o mostrou para bruce, em seguida, se esgueirou ao redor da árvore.

Em uma rápida vistoria, não encontrou nenhum outro guarda para a cabana que se aproximava, então saltou sobre as costas do homem alto, careca e moreno que precisava abater. Cruzou as pernas em sua cintura e uniu os braços em torno do pescoço dele, inclinando-se para trás e o derrubando em seguida. Acertou seu pulso para que largasse a arma e tornou a lhe apertar o pescoço, desmaiando-o.

Se ergueu e estendeu a mão direita em um sinal de joinha para Bruce, que arregalou os olhos e gritou:

- Atrás de você!

Bruce avançou, a desviou e se projetou de modo a impedir que os homens armados que saíam pela porta listrada da cabana a atingissem. O som incessante das balas dos fuzis de assalto parava no corpo do homem, que tremeu convulsivamente enquanto era alvejado.

Seus algozes trajavam uniforme padrão preto com um simbolo dourado opaco em forma de polvo. Bruce rangeu os dentes, as veias de seu pescoço e sua testa saltaram, as mãos cresceram, engrossaram e foram acompanhadas pelo resto do corpo. A pressão interna rasgou os sapatos, a metade abaixo do joelho de sua calça e o casaco cinza. Agora a cor de sua pele não era mais branca, e sim verde escuro.

Os atiradores gritaram, mas fora inútil. Hulk os impediu de fugir, arremessou-os contra as árvores e os nocauteou. Gritou, grunhiu e saltou ao redor da cabana, mas ninguém mais apareceu. Olhou para Natasha, que mordia o lábio inferior, e assentiu.

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