Epílogo - Parte Final

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AVISO: ESTE CAPÍTULO PODE CONTER CENAS FORTES PARA PESSOAS MAIS SENSÍVEIS. Se você estiver em um momento de instabilidade emocional, não leia, pois há chance de gatilhos. Independentemente de qualquer coisa, lembre-se: você é amado. E se porventura esqueceu disso e está pensando em machucar a si mesmo, procure ajuda. Por fim, se quiser alguém para conversar sobre o que sentiu ao ler o livro ou algum tipo de identificação com os problemas dos personagens e as questões vividas por eles, pode contar comigo para um diálogo com o máximo de empatia.


N.A.: Este livro possivelmente não terá EXTRAS, capítulo em que em SUBMERSOS postei curiosidades sobre o livro e seus personagens. Acho de extrema importância a postagem imediata do primeiro capítulo do terceiro e último livro da trilogia, então, assim que terminarem de ler este, podem ir correndo no meu perfil, pois EMERGIDOS está disponível. Se futuramente eu resolver fazer um EXTRAS - CURIOSIDADES, vocês serão avisados. Obrigada a todos que estão acompanhando até aqui, vocês são simplesmente incríveis ❤


ALISSA

E em uma explosão de luz que cegou todos os anjos, como se o céu tivesse explodido o paraíso em estrelas, você sentiu a gravidade da graça suave caindo em um espaço vazio, ninguém lá para te pegar nos braços.

(Iridescent Linkin Park)


Estamos passando pela ponte que liga as duas zonas da cidade, minha mãe está praticamente soltando fogos de artifício, mas ninguém fala nada. É apenas a forma como respiramos, como olhamos nervosos uns para os outros, a expectativa que beira no ar.

Eu estou nervosa, mas não sei se é pelo motivo certo.

Na verdade, quando tudo parece estar finalmente certo, tudo o que sinto é que há algo muito errado.

– Mãe.. – eu sussurro.

Ela não parece me escutar.

Saímos da ponte, agora estamos numa enorme avenida lotada de carros. Meu pai solta o ar dos seus pulmões com força, está frustrado. Ele tem pressa e eu não o culpo.

– Mãe. – tento de novo, agora mais alto.

Ela olha para trás. Estou no banco traseiro com meus dois irmãos mais novos. Eles também olham para mim, apreensivos. Devem ter notado algo em minha voz.

– Não me sinto bem – eu digo, mas as palavras estão fracas e acho que ela não compreende imediatamente.

– O que aconteceu?

– Eu quero voltar pra casa.

– O quê? – dessa vez é meu pai quem pergunta.

Ele olha para trás também, mas muito rápido, pois precisa prestar atenção no trânsito. Minha mãe se inclina para trás em seu banco para me encarar melhor.

– O que você está sentindo?

Eu tento enxergar seus olhos no escuro dentro do carro, mas é difícil. As janelas estão fechadas, pois o ar condicionado está ligado. Ainda assim, sinto como se estivesse me faltando ar para respirar.

– Eu não estou me sentindo bem. Eu acho que.. acho que... Podemos parar o carro?

– Você vai vomitar? – meu pai pergunta outra vez.

AfogadosOnde histórias criam vida. Descubra agora