Na estrada

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E depois disso a semana passou rápido, ou melhor, voando. Foram umas festas aqui, umas inaugurações ali, uns beijinhos com o Christopher aqui, uns amassos com ele ali, nada de diferente. Sexta-feira chegou num passe de mágica e nós tínhamos combinado que ele iria me buscar antes do almoço, para nós irmos viajar. A Paula tinha me liberado já que não ia ter nada demais esse final de semana e como o Christopher manda lá, ele não precisou pedir nada.

Bom dia! - ele saiu do carro e colocou minhas malas no porta-malas.

— Bom dia! - eu sorri e entrei no carro, logo ele entrou também.

Finalmente estamos só nós dois... - ele colocou as mãos em meu queixo e levou meus lábios ao encontro dos dele.

— Por pouco tempo... A Família Saviñón é grande e tenho certeza que eles não vão nos deixar sozinhos por um minuto... Principalmente o meu pai! - um sorriso se formou em meus lábios assim que eu vi a cara que ele fez – Estou brincando, Chris!

Isso não é coisa com que se brinque, Dulce! Já estava quase desistindo de ir com medo de não voltar! - eu ri e coloquei minha mão na perna dele.

— Não se preocupe, qualquer coisa eu te salvo! - ele riu e colocou um óculos escuro super sexy que me deixou com vontade de tirá-lo do volante, levá-lo para o meu apartamento e... e... Enfim.

Bom, essa viagem promete. Tenho que contar para o Chris sobre o meu passado com o irmão dele, porque caso ele chegue na minha casa e fale: Me chamo Christopher Uckermann, minha mãe vai enchê-lo de perguntas e ele não vai entender nada, por isso, que Deus me proteja e me dê coragem para contar... Amém.

A casa dos meus pais é um pouco longe, em Rhode Island, Newport, para ser mais exata. Uma cidadezinha excluída da sociedade, mas é perto da baía de Narragansett, ou seja, o clima de lá é maravilhoso e... Porque diabos eu estou comentando do clima?

Bem que eu dei a ideia de nós irmos de avião para o Christopher, porque seria muito mais fácil, mas ele usou o argumento de passar mais tempo comigo, por isso eu acabei aceitando e estou aqui, no carro, ao lado dele e... Se bem que viajar em uma BMW não é nada ruim.

Fomos conversando uma boa parte da viagem, umas duas horas, nem sei, quando ele avisou que iria parar em um posto de estrada... Por acaso ele está louco? Ele fala isso porque não é mulher e não tem peitos.

Antes mesmo que eu pudesse protestar, ele parou em um posto cheio de motoqueiros e caminhoneiros estranhos. Nem tive tempo de fazê-lo mudar de idéia, porque quando me dei conta ele estava descendo.

Sai do carro também, correndo, e me agarrei a ele. Logo senti o olhar de um homem nojento descendo para a minha bunda e agradeci profundamente por não estar de saia. Eu me agarrei ainda mais ao Christopher e bufei frustrada.

— Pelo amor de Deus e por tudo que é mais sagrado, não me solta! - eu me encolhi e ele me encarou, sem entender.

Dul, o que está haven...

— E ai gata? Porque você não se livra desse playboy e vem aqui comigo? Tenho certeza que vou te dar muito mais prazer do que esse daí um dia chegou a te dar! - Christopher me puxou pela cintura, me colando ainda mais a ele e falou algumas coisas nada educadas para aquele sujeito, que ficou quieto – Vem Dulce! - ele me guiou, ainda grudado em mim, até a loja de conveniência do posto – Deve ser difícil ser tão bonita assim, não é? - ele me lançou um sorriso e eu corei.

— Só pega qualquer coisa para nós comermos e vamos sair daqui, por favor! - outro homem olhou para a minha bunda e o Chris lançou um olhar ameaçador para ele.

Quer voltar para o carro? - ele afagou meu cabelo e eu ri.

— Sozinha? - eu ri novamente – Nem pensar! - apoiei minha cabeça no ombro dele e sussurrei – Só não me deixa sozinha...

Nunca.

Depois que nós saímos daquele posto nojento, colocamos o pé na estrada novamente... Não acredito que eu disse 'pé na estrada'. Ai meu Deus, estou voltando para o interior mesmo... Agora só falta uma palhinha na boca e um chapéu de palha também, ai eu viro uma caipira completa. Que beleza!

Mas se outro daqueles lá olhasse para você com um pouco sequer de segundas intenções, iria apanhar de um tanto que... - ele apertava o volante com força e eu sorria discretamente.

— Amor, só me prometa que não irá parar em outro posto! - ele reduziu a velocidade do carro e olhou para mim, sorrindo.

Adoro quando você me chama de 'Amor'... - eu corei e retribui o sorriso.

Quando faltava somente uma hora para nós chegarmos, eu acabei me lembrando que tinha que comentar com o Christopher sobre o irmão dele, e eu tenho que fazer isso rápido. Ai meu Deus, que merda! E agora?

Dulce, pare com isso! Vamos lá, você não tem nada o que perder... Ok, tenho sim. E se o Christopher resolver voltar pra casa? E se ele falar que tudo que nós temos está acabado?

AI MEU DEUS! Eu mato meu tio por ter me obrigado a convidar o Chris. Mato.

E agora? O que eu faço? Eu sei, eu sei, eu tenho que contar tudo para ele mas... Mas... Ai meu Deus, eu não acredito que eu estou com medo! Isso nunca foi problema para mim! Quer dizer, eu nem deveria estar ligando para o fato de que depois que eu contar para ele, talvez ele nunca mais olhe na minha cara, MAS EU ESTOU!

Ok, é agora ou nunca... Você é uma mulher de fibra, Dulce María. Você tem caráter e é decidida, e não foi sua culpa ter acabado com o Marco, não é verdade? Então o Christopher não tem nenhuma razão para me odiar, não é verdade? Ai, merda!

Mas parecia que ele não me escutava – ele conversava comigo sobre alguma coisa que eu não prestava atenção – e chegou uma hora que...

— Chris... - ele parou de falar e me fitou sorrindo – Nós precisamos conversar...

~~~

Ontem na correria do dia eu simplesmente esqueci de vir aqui postar mais... kkkk
E aí, o que será que a DM quer conversar com o Christopher? Logo mais no próx cap 🙊

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora