Adeus, Espanha!

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Quando acordei na manhã seguinte, Christopher continuava em um sono pesado. Abri um sorriso imediato ao perceber que tudo aquilo havia realmente acontecido e não era um sonho. Christopher estava ali, dormindo ao meu lado, como deveria ser... Como eu queria que fosse. Espreguicei rapidamente e postei um beijo delicado sob seu rosto, sem intenção de acordá-lo. Queria admirá-lo por mais alguns minutos até realmente acreditar que ele havia cruzado o oceano somente para resolver as coisas comigo... Que ele era maravilhoso eu já sabia, mas não entendia como ainda conseguia duvidar da capacidade dele de me surpreender. Não entendia como poderia amar tanto uma pessoa a ponto de significar o mundo todo para mim. Tudo ao lado dele era... Mágico.

— Meu amor... – me coloquei sobre seu corpo ainda debaixo das cobertas e beijei sua boca calmamente, esperando-o dar algum sinal de vida – Vamos dorminhoco, está na hora de acordar! – vi o sorriso dele se formando, mas ele não fez questão de abrir os olhos – Olá... – sussurrei quando os braços dele se fecharam em minha cintura, num abraço terno.

Bom dia, vida... – pousou os lábios em meu nariz e deu um beijinho ali, descendo em seguida para a minha boca e dando uma leve mordida. Logo me perdi no olhar dele, me sentindo totalmente presa ao encanto que existia ali – Você é tão linda... – sorri e rocei nossos narizes devagar, recebendo mais um beijo.

— Eu tinha me esquecido de como dormir era bom só para acordar ao seu lado... – ele riu e me abraçou ainda mais forte.

E se eu pudesse, não dormiria só para ficar te observando... – senti um beijo em minha testa e não conseguia parar de sorrir – Você vai trabalhar hoje?

— Tenho que ir, infelizmente... Hoje à noite vou ter que sair, mas você vai comigo. Quero mostrar a todos o meu namorado maravilhoso!

E vai ser ótimo mostrar para aqueles caras que você é minha e só minha! – ele deu um beijo em minha nuca e eu ri, sentindo cócegas.

— Para! Eu tenho cócegas ai, amor, você sabe!

Sim, eu sei! – mas ele não parou e continuou dando beijos ali, o que me levava a gargalhar.

— Christopher Uckermann, para com isso! – eu já rolava pela cama, tentando me desvencilhar dos beijos dele.

Não paro... – suas mãos tomaram conta de minha barriga e seus dedos deslizaram por ali, tentando me causa mais cócegas, mas eu só sorri em frente ao seu rosto.

— Não tenho cócegas ai, Uckermann! – o joguei do outro lado da cama e levantei correndo, antes que ele viesse para cima de mim outra vez.

Andei pelo quarto me esquecendo do fato de que continuava nua. Senti o olhar dele passeando pelo meu corpo e balancei a cabeça, incrédula com tamanha perversão. Entrei no banheiro e liguei a torneira da banheira e, enquanto enchia, escovei os dentes e me encarei no espelho.

Realmente, uma boa noite de sexo faz milagres à pele! Estou me sentindo cinco anos mais nova!

Abri a porta do banheiro outra vez e vi que Christopher permanecia deitado na cama, com o meu travesseiro sobre o rosto e coberto até o pescoço. Eu ri. Caminhei até a banheira e fechei a torneira, colocando alguns sais para deixar a água mais gostosa. Prendi o cabelo num coque alto e resolvi provocar um pouquinho...

— Ah, que pena, ele está dormindo... – falei "para mim mesma" – Só porque ia chamá-lo para tomar banho comigo... – e nisso só vi o meu travesseiro caindo no chão e Christopher se pondo de pé com um sorriso malicioso. Neguei com a cabeça, indignada com toda aquela safadeza e entrei na banheira antes que ele chegasse até mim, porque se chegasse, duvido que voltaria ao banheiro com uma cama tão perto – Ai, amor! – reclamei quando ele molhou meu cabelo de propósito – Eu não ia lavá-lo agora! Vou ter que sair no frio com cabelo molhado e não quero pegar um resfriado!

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora