Você!

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E o que eu mais quero no meu casamento, Christopher, é o mais fundamental, necessário e importante... Você.

— ACHO QUE A DULCE DESMAIOU! ALGUÉM TRAZ ÁGUA! – Anahí gritou, o que não é nenhuma novidade.
— É típico da Dulce desmaiar em uma hora dessas... – escutei minha irmã falando enquanto senti um vento forte batendo em meu rosto. Quando abri os olhos vi Maite e Lucy soprando o meu rosto.
— ELA ESTÁ VIVA! VIVA! – acho que Maite tentou imitar o Dr. Frankenstein, mas saiu uma imitação bizarra que me fez rir.
— AI GRAÇAS A DEUS! CADÊ A LETÍCIA? JÁ VAI COMEÇAR A MARCHA NUPCIAL!
— Marcha... Nupcial? – consegui pronunciar.

E eu desmaiei de novo.

— Claudia, acorda a nossa irmã que está na hora!
— Como você acha que eu vou conseguir acordá-la? Não posso jogar água no rosto dela porque senão macha a maquiagem!
— Nem ouse relar na maquiagem dela! Demoraram anos para ficar pronta! – escutei os passos de Anahí se aproximando enquanto ela falava.
— Ai, caray, será que eu que tenho que fazer tudo aqui? – escutei Maite falando, mas continuei me fingindo de morta ali no chão – Acorda dulce! Mas que porra! Se você não acordar, atravessar aquela porta e se casar com o Christopher agora mesmo, fique sabendo que tem um monte de mulheres que se candidatariam para tal feito! – abri os olhos apavorada e me levantei.
— Não fale palavrões na frente da Lucy, Maite! – censurei-a – AI MEU DEUS, EU VOU ME CASAR!
— VOCÊ VAI SE CASAR! – Anahí me acompanhou nos gritos.
— CADÊ O NOSSO PAI? – Claudia gritou.
— E A LETÍCIA? – Blanca gritou.
— CHEGUEI! – Leticia falou entrando na porta – O seu Fernando tá esperando a Dulce ali fora! Daqui dois minutos começa a marcha!
— MEU CABELO TÁ BOM? – Anahí perguntou.
— DULCE, NÃO DESMAIA DE NOVO! – Maite suplicou.
— DÁ PARA VOCÊS PARAREM DE GRITAR? – Claudia pediu gritando.
— TODO MUNDO PARA FORA! – Blanca ordenou.
— Eu quero fazer xixi! – pediu Lucy.

Aquela era a hora. Todas as madrinhas e os padrinhos estavam reunidos perto da grande porta de madeira na Igreja St. Patrick e todos sorriam, menos eu, que tentava respirar, mas estava difícil. Christian e Plínio foram me dar um beijo e eu consegui abrir um pequeno sorriso, mas nada demais. Guido e Alfonso conversavam com Anahí e Maite e os quatro me encararam, sorrindo, e acenaram com a cabeça, desejando boa sorte. Lucy estava no colo de Christian, que conversava com as minhas irmãs, e meu pai estava ao meu lado, apertando a minha mão e sorrindo para mim.

— Vai dar tudo certo, mariquita... – ele tentou me acalmar.
— E se... Eu tropeçar? E se... O Christopher não estiver no altar? E se... Uma bomba cair na Igreja agora? AI PAPAI... – quis começar a chorar e escutei uma risada dele, seguida de um beijo na palma da minha mão.
— Quando que eu menti para você?
— Nunca... – murmurei.
— Então se eu disse que tudo vai dar certo, é porque vai dar... – sorri para ele e recebi um abraço – Eu amo você, pequenina, e você sabe que desejo toda a felicidade do mundo para os dois. Fico muito orgulhoso de ver o quanto você cresceu, evoluiu e o quão bela se tornou, tanto por dentro, quanto por fora. Lembre-se que isso é tudo o que você sempre quis. Um casamento com o homem que ama... Por isso não se preocupe, sorria e lembre-se de amá-lo todos os dias de sua vida, porque agora você está começando a sua própria família... O seu próprio sonho.

O abracei forte e sussurrei que o amava, enquanto ele me abraçava também e sorria em meu ouvido. Escutamos uma certa movimentação ao meu redor e uma música calma começou a tocar dentro da igreja, anunciando que era a hora dos padrinhos entrarem... Os padrinhos entraram e então o meu coração disparou. Lucy ia na frente, jogando as flores e sorrindo para todos ali presentes.

Era a minha hora.
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A marcha nupcial invadiu o ambiente e todos os olhares se viraram para mim, que, sem respirar, tentava deslizar pelo caminho de pétalas brancas sem escorregar em algum pedaço de pano ou começar a chorar desesperadamente... Porém, ergui minha mirada para procurar Christopher e quando o encontrei tudo parecia ter se desenrolado sozinho.
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Eu comecei a andar com mais pressa, esquecendo que estava em meu casamento e esquecendo também, do ritmo ensaiado. Eu queria abraçá-lo e senti-lo perto de mim, como estava acostumada, mesmo sabendo que só poderia depois dos votos, benção e etc... E tudo aquilo estava me parecendo uma eternidade!
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O olhar dele era tão penetrante em minha alma que senti minhas bochechas corando levemente e um sorriso indispensável brotando nos meus lábios. Quando meu pai parou para entregar-me para ele, eu quase que me joguei nos braços de Christopher, mas me controlei. Meu pai segurou firme a minha mão e colocou sobre a de Christopher, com um sorriso nos lábios e um olhar morno e carinhoso sendo lançado para nós... E quando ele virou de costas, para se sentar ao lado de minha mãe que secava o rosto com um lenço, tive certeza de que tudo aquilo não era um sonho... Era tudo de verdade.
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Christopher, sem perder um minuto o olhar do meu, e, dando aquele sorriso lateral que me fazia perder o fôlego, segurou minha mão com delicadeza e me levou ao altar.
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Quando nos aproximamos, o padre sorriu para nós e abriu a Biblía em seguida, começando a cerimônia.

O padre começou a falar e eu queria voltar a minha atenção total à ele. Mas os olhos de Christopher me hipnotizavam e tudo o que eu conseguia pensar era no quão sortuda eu era por ter encontrando o homem da minha vida e o quão feliz eu estava por ter a possibilidade de viver tantos momentos ao seu lado. Mais uma vez Christopher apertou de leve a minha mão, como sempre, me passando toda a paz e calma que precisava ter para um momento como aquele...

— Christopher Alexander Luis Casillas Von Uckermann e Dulce María Espinoza Saviñón, viestes aqui para celebrar o vosso matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?
— Sim – respondemos em coro.
— Vós que seguis o caminho do matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?
— Sim – repetimos, novamente juntos.
— Uma vez que é vosso propósito contrair o santo matrimônio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

Christopher pegou a minha mão direita e eu sorri para ele, enquanto ele me devolvia o sorriso mais belo que um dia eu poderia ter visto. Antes de qualquer coisa, e fugindo do roteiro, ele deu um beijo suave em minha mão e começou.

Eu, Christopher Alexander Luis Casillas Von Uckermann, recebo por minha esposa a ti ,Dulce María Espinoza Saviñón, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

Eu me obriguei a engolir as lágrimas que queriam descer, respirando fundo e sorrindo boba para ele... Porém quando a aliança deslizou pelo meu dedo, não consegui e senti uma única lágrima deslizando pelo meu rosto... Ele, talvez por costume, levou a mão ao meu rosto e limpou a lágrima ternamente, o que me fez dar um beijo de leve na mão dele, como ele há pouco tinha feito na minha. Respirei profundamente para conseguir repetir as palavras.

— Eu, Dulce María Espinoza Saviñón, recebo por meu esposo a ti, Christopher Alexander Luis Casillas Von Uckermann, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

Escutei o choro vindo de minha mãe, minhas irmãs e minhas amigas e tive que respirar fundo outra vez para não acompanhá-las. Ergui a mão e, tremendo, coloquei a aliança no dedo dele. Christopher sorriu e eu sorri com ele, enquanto o padre se aproximava de nós e nos dava a benção.

— Confirme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja e os encha com a sua benção. Não separe o homem o que Deus uniu. Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo... – assim que ele terminou de dar a benção, sorriu para nós dois e disse – Pode beijar a noiva.

E, sem pressa, ele me aproximou dele e roçou nossos narizes com calma, me fazendo sorrir. Escutei-o sussurrando um: "Eu te amo" e como resposta juntei nossos lábios, selando diante de Deus, e de quem quisesse ver, o amor eterno que sentia por ele...

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Gente, esse é o último de hoje! Não consegui editar mais que isso. Tem ainda mais desse casamento pra vocês. Ainda mais Lucy. Ainda mais Vondy. Mas não garanto quando volto com esse mais. Tentarei dar uma passadinha por aqui durante a semana, mas se a correria estiver louca, volto no find. Bjs e boa leitura!!!

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