Seven

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O último capítulo de hoje! Aproveitem, votem e comentem que amanhã eu volto!

~~~

A fila da Seven estava mais cheia de gente do que a Bloomingdale's em liquidação. Mas filas nunca eram problemas para mim.

— Oi Will.

— Boa noite Will.

— Willzinho, amor, como você está?

O segurança super gato da Seven que a Ana sempre paquerava sorriu para nós três e levantou o cordão vermelho, nos deixando passar.

— Podem entrar garotas.

Eu já estava bebendo o meu quarto copo (ou seria quinto?) de Sex on the beach quando senti alguém esbarrando comigo ao sentar. Foi apenas um roçar de braços, por isso não fiz questão de ergues os olhos, nem nada do tipo, até escutar aquela voz.

— Hey, Piña Colada, por favor.

Eu não conseguiria acreditar se não virasse o rosto para conferir.

Oh, Deus, você só pode estar brincando comigo!

— Eu não disse que nós iríamos nos esbarrar de novo?

Ele, o homem do cachorro-quente, olhou para o mim e assim que me viu pareceu extremamente surpreso, assim como eu. Depois do choque, abriu um sorriso – perfeito seria pouco para descrever – e deu um gole na bebida que o barman acabara de lhe entregar.

— O Destino está brincando com nós dois, não é mesmo Dulce?

— Ou é ele, ou você é realmente um serial killer e está me seguindo, é...

— Chris. Pode me chamar de Chris.

Pronto, agora nem meu tio, nem Ben, nem Anahí e muito menos Maite poderiam relar um dedo em mim para me matar. Ótimo. E agora que eu sabia que teria uma vida longa e próspera, não deixaria de aproveitá-la ao máximo.

Ainda mais naquela noite.

— Três vezes em um dia só, impressionante! – eu sorri e dei um gole na minha bebida, fingindo-me de desinteressada.

— Eu não tenho o que reclamar. Adoraria esbarrar com você todos os dias...

— Por acaso você está me cantando? – mordi o lábio inferior e arqueei uma sobrancelha.

— Para ser sincero, estou cantando você desde o cachorro-quente de hoje cedo.

— E quais são as suas intenções comigo? – levantei e fiquei de frente para ele, que abriu um sorriso lateral e se aproximou de mim.

— A minha primeira intenção é dançar com você... – colocando uma mão em minha cintura, começou a me guiar para a pista de dança, confiante de si mesmo.

— E quais são as suas outras intenções comigo? – levei minhas mãos aos ombros largos dele enquanto ele aproximava seu rosto do meu pescoço.

— Eu lhe conto mais tarde.

A pista de dança estava lotada, com corpos esbarrando um no outro, pés pisando não só no chão e braços para cima, para baixo, para todos os lados... E eu não me importava à mínima. Comprimia o meu corpo sem pudor contra o dele, sentindo as mãos dele descendo e subindo pelas minhas costas, tão macias e acomodadas que contive um gemido quando uma subiu em direção ao meu pescoço, dedilhando a minha nuca antes de se enfiar entre os meus cabelos. Ele sabia como dançar, ele sabia como fazer tudo em mim vibrar... E eu precisava daquilo! Naquela noite eu precisava daquilo... Vibrar!

Com calma, controlando os meus lábios trêmulos, beijei-lhe na curvatura do pescoço, vendo-o arfar e sorrindo pela consequência de tão pouco. Minhas mãos, não menos inteligentes que as dele, tocaram-no nas costas também e entraram por debaixo de sua camisa, pousando no começo de suas costas e causando-lhe algo que refletiu nos meus olhos.

— Eu não quero mais dançar. – murmurei na beirada de seu ouvido, ainda acompanhando o ritmo da música e do corpo dele.

— E o que você quer? – disse-me com a voz atrofiada na garganta.

— Saber as suas outras intenções... Agora!

Ele deu um sorriso lateral contra a luz roxa que começou a piscar no teto da boate. Pegou uma das minhas mãos entre as suas e guiou-me até a área VIP onde ele estava sentado e, por coincidência, eu também. Agradeci mentalmente por as mesas terem divisões e serem bem acima da pista, porque assim teríamos toda a privacidade que quiséssemos...

— Veio sozinho? – perguntei, parando para pegar um copo de uma bebida qualquer e dando um longo gole antes de chegar à mesa dele.

— Vim com um amigo. – tomou o copo da minha mão e bebeu um gole também. – Veio sozinha?

— Vim com duas amigas. – sorri, colocando um braço em cada ombro dele e erguendo o rosto um pouco. – Ele vai sentir a sua falta?

— Nem um pouco. – ele sorriu como resposta. – E elas vão sentir a sua falta?

— Eu não quero nem saber. – e, rindo um pouco, as mãos dele comprimiram as minhas bochechas, levando os meus lábios de encontro aos dele.

Eu não consegui pensar.

Durante longos minutos, eu nem sequer consegui pensar. Não daquela forma. Não com ele me apertando, me tocando, me beijando. Eu nem ao menos conseguir respirar!

E eu não queria respirar! Não queria mesmo. Poderia morrer asfixiada ali, e eu não me importaria porque a boca dele era tão doce que além de asfixiada, eu poderia morrer me afogando ali. E as mãos dele nas minhas costas, as mãos dele me puxando para sentar em seu colo, as mãos dele em minhas coxas, as mãos dele em meus cabelos outra vez, bagunçando-os e puxando-os de leve...

Vibrando! Eu estava vibrando! E queria mais. Queria o que ele quisesse me dar naquela noite. Eu queria tudo... Porque ele estava me levando ao céu e ao inferno com aquela boca, com aquele sorriso, com aquela voz rouca...

— Você tem mais alguma intenção comigo? – questionei, sentindo a boca dele acariciando o meu pescoço.

Seus dentes rasparam em minha pele e eu não conseguiria, nem se quisesse, controlar um gemido baixo que escapou de minha boca.

Por favor, diga que tem!

— Vamos sair daqui.

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora