Central Park

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Cheguei em casa, tomei um banho correndo, passei todos os cremes e hidratantes em seguida, sequei meu cabelo e prendi-o, e finalmente a campainha tocou.

— PODE ENTRAR MAI! – eu gritei enquanto colocava a calcinha.

— Ui, vai desfilar pra Victoria Secrets, por acaso? – ela ergueu uma sobrancelha muito bem feita, posso afirmar, e deitou-se na cama.

— Cala a boca! – eu sorri divertida – E não deita em cima das minhas roupas, Perroni!

— Oh baby, desculpa, não tinha visto! – ela levantou e se pôs a olhar as diversas roupas que tinham ali – Adoro aquele vestido.

— Qual?

— Aquele Vince. Com os seus sapatos Saint Laurent ia ficar uma combinação perfeita... Mas Dud, para onde vocês vão essa noite?

— Bem que eu queria saber, Map! – eu peguei o vestido cinza e o joguei novamente em cima da cama – Acho melhor não usar esse... O frio não acaba e vai que ele me leva em algum lugar aberto? Minhas pernas iam congelar!

— Uau, não era você que antes falava: posso fazer qualquer coisa, menos perder a pose?

— Não entendi...

— Antes você nem ligava se estava fazendo frio ou calor... Usava a roupa e pronto.

— Ai Maite, eu não estou te entendendo! – eu senti minha testa se franzindo, e mordi o lábio inferior, a encarando.

— Dud, você mudou tanto desde que conheceu o Christopher... – ela sorriu delicadamente – Para melhor, calma. Mas é que tipo, você está tão mais... Viva. Você está sendo você, entende? Ah, deixa para lá! – ela riu e me abraçou – Fico tão feliz por te ver assim!

— Mai, você está mesmo grávida... – ela me encarou e eu sorri – Está tão emotiva nesses últimos dias...

— DULCE! – nós duas sorrimos e ela sentou-se na ponta da cama – Já que você não sabe para onde ele vai te levar, usa a calça Juicy e aquela blusa linda Akris que você comprou semana passada...

— Te amo, Maite!

— O Sr. Uckermann mandou avisar à senhora que ele já está aqui – o porteiro me avisou no interfone.

— Já estou descendo.

Peguei minha bolsa, tranquei o apartamento e quando estava no elevador me olhei no espelho, orgulhosa de mim mesma pelo jeito que eu estava. Um leve sorriso escapou dos meus lábios quando eu pensei que dentro de poucos segundos estaria sentindo o cheiro do perfume delicioso do Christopher. Quando o elevador parou, desci e senti o olhar de todos ali virando em minha direção. Sorri orgulhosa, afinal de contas, não perdi duas horas e meia me arrumando para nada...

E lá estava ele.

Tive que fechar minha boca para o coração não sair por ela, e senti por alguns momentos que cairia do salto, mas continuei andando firme até ele, que estava de costas para mim. Passei minhas mãos lentamente pelas suas costas, como um carinho delicado, e o senti arqueando as costas.

Dulce... – ele falou com aquela voz rouca, me fazendo sorrir. Ele se virou para mim ficando finalmente de frente e olhando nos meus olhos – Por Deus... – ele sussurrou e senti o olhar dele me avaliando. Com uma certa rapidez suas mãos tomaram conta de minha cintura e senti meu corpo contra o dele – Eu sei que você só faz tudo isso para me deixar louco, Dulce María, mas se você continuar fazendo isso, um dia você vai acabar me matando... – o nariz dele roçou lentamente no meu pescoço e eu fechei os olhos sem conseguir fazer nada a não ser jogar a cabeça para o lado – Essa noite vai ser especial, Dulce. Essa e todas as outras, sendo ou não nosso aniversário de namoro. Você está maravilhosa nesta roupa, mas não vejo a hora de tirá-la por inteiro e te tomar nos meus braços, fazendo você sentir tudo o que eu sinto quando te vejo assim, tão bela em minha frente...

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora