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Estávamos no maior carinho e, como sempre, algo atrapalha. A chuva começou a cair sem piedade.

E agora? – Christopher perguntou enquanto colocava a coleira no Sloan, que se chacoalhava tentando se secar.

— Vamos para o meu apartamento correndo... – eu sugeri e logo nós estávamos correndo pelo Central Park novamente, fugindo da chuva.

E como sempre, eu quase levei um tombo daqueles... Se não fosse pelo Chris, outra vez, eu teria caído de cara no chão e vocês já sabem o resto.

Pensei que você só caia do salto-alto, donzela... – ele sorriu e me soltou devagar.

— Cala a boca! – eu ri e voltamos a correr, desviando das outras pessoas que corriam desesperadas, procurando um lugar coberto.

Há, que bobas. Quem mandou elas não morarem em um prédio perto do Central Park?

Corremos o quanto conseguimos, porque já estávamos exaustos... Ok, ele estava ótimo e correndo muito rápido porque não parecia nem um pouco cansado, enquanto eu arrastava uma perna atrás da outra, sendo puxada por ele. E sem contar que quando chegamos ao meu prédio, tivemos que subir de escada todos os vinte cinco andares porque é proibido subir no elevador molhado...

Conclusão: AI MINHAS PERNAS!

Depois de tanto esporte, acho que vou ficar com as pernas de molho pelo resto do mês... Pelo menos não vou precisar me preocupar com ter que ir à academia malhar a pernas, não é mesmo?

Dul, por favor, me diz que a chave está com você... – eu despertei dos meus pensamentos, peguei a chave da porta e abri.

Nós dois entramos correndo e fomos tirando a roupa molhada e jogando em qualquer canto da casa, enquanto os cachorros se secavam no meu tapete... Droga. Fui correndo abrir o chuveiro na água quente e peguei mais uma toalha e coloquei em cima da pia.

— Amor, vem!

E quando eu estava entrando no box, percebi que havia dois seres encharcados nos meus pés... Ou seja, o Sloan e a Luna estavam ali.

E eu que pensava que cachorro não gostava de água.

Amor, você viu os cachor... Ah. – Christopher olhou para a cena e riu divertido. Eu, encolhida em um canto do box, enquanto os dois cachorros rolavam dentro do box.

— Fica quieto e entra logo aqui! – eu retruquei. Se eu tenho que tomar banho com os cachorros, pelo menos que eu tome banho com os cachorros e com o Christopher.

Acho que não tem espaço para mim... – ele comentou divertido e apoiou-se na parede, ainda olhando diretamente para mim.

— Christopher, puta que pariu, eu não vou deixar você ficar nu a metros de mim. Entra nessa porra logo! – eu arqueei a sobrancelha e ele arregalou os olhos, assustado com a minha educação.

É, né, fazer o que? Quando estamos perto de um homem com esses dotes, nós perdemos até o controle do que estamos falando.

Dulce, mas...

— Eu vou ter que ir ai te buscar? – eu cruzei os braços e entrei debaixo do chuveiro fechando os olhos. Quando estava abrindo os olhos novamente, senti o corpo dele pressionando o meu contra o box. A boca dele roçando contra a minha pele e as mãos dele movimentando-se pela minha cintura. Cada toque chegava a arder e quando o nariz dele deslizou pelo meu pescoço, eu cerrei os olhos e mordi o lábio inferior, já sabendo o que vinha a seguir.

Ver seu corpo nu, diante de mim, e não poder fazer nada é pecado, Dulce... – senti uma mordida de leve no meu ombro e tentei recuperar os sentidos.

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora