Preparativos

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— Oi! – eu abri um sorriso quando Christopher e meu pai entraram em casa.

Oi amor... – ele me deu um selinho e eu fiz uma cara de nojo quando vi meu pai entrando todo suado. Christopher suado é um tesão. Meu pai suado já é outra coisa...

— E ai, quem ganhou? – eu dei um gole no suco de laranja e meu pai deu dois tapinhas nas costas do Chris, mostrando o campeão.

— Me lembre de convidá-lo para ir jogar no campeonato de golfe que acontece todo ano aqui.

— Pai... - eu falei com uma voz arrastada, pedindo para ele ficar quieto.

— Fernando, você está imundo! Vai tomar um banho porque nós vamos ir almoçar na cidade hoje. – minha mãe entrou na sala comunicando.

— Na cidade? - eu perguntei enquanto passava as mãos lentamente pelas costas do Christopher, dando uma leve mordida no ombro dele, o que o fez sorrir.

— Sua irmã Cláudia que deu a idéia. Eu não me importaria de fazer o almoço, mas ela insistiu, falando que queria que o Christopher conhecesse a cidade, então...

— Ai, não! – eu sussurrei para mim mesma e cerrei os olhos.

Tenho que me lembrar de matar a Cláudia mais tarde.

Amor, vou ir tomar um banho então. Não vou almoçar assim...

— Assim como? Gostoso? – eu sorri e ele corou pelo fato de minha mãe estar ali.

Estou lá no quarto, qualquer coisa é só chamar...

— Ok! – eu sorri e dei um selinho nele – Bom banho.

E enquanto ele subia as escadas eu o acompanhava com o meu olhar. Só depois eu percebi que minha mãe me encarava, sorrindo docemente.

— Você não sabe quanto tempo eu esperei para ver esse brilho no seu olhar, filha.

— Como assim, mãe?

— Não deixe tudo isso que você tem com o Christopher acabar, Dulce, ele é um bom rapaz e ele foi o único até hoje que conseguiu fazer seus olhos brilharem dessa forma... – ela se aproximou de mim e deu um beijo na minha testa.

Enquanto todos se arrumavam, eu, como já tinha tomado banho, só subi para o quarto para trocar de roupa e prender meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Quando eu estava saindo do quarto, percebi que a porta do banheiro estava se abrindo. Olhei para trás e lá estava a minha tentação, o meu pecado... (Por Deus, não acredito que pensei isso! Que coisas mais bregas!), mas enfim, lá estava Christopher vestido somente com uma calça jeans, com a blusa jogada no ombro e os cabelos muito incrivelmente molhados ainda.

Oh, Deus, me ajude a não cair em tentação...

Você está maravilhosa... - ele abriu um leve sorriso de lado e colocou a blusa, começando a abotoá-la. Eu me aproximei dele com um sorriso e tomei o lugar dele, abotoando a camisa para ele.

— E você está maravilhoso... – abotoei um botão – Cheiroso... – abotoei outro – E é uma pena que já estão nos esperando lá embaixo, porque não queria estar abotoando, e sim, desabotoando... – eu falei aquilo com a voz mais sensual que consegui, já que não estava conseguindo me controlar muito bem, e dei uma leve mordida no queixo dele.

Não faça isso, Dulce... - ele pediu com os olhos fechados, me fazendo abrir um sorriso, vitoriosa.

— Te encontro lá embaixo... – eu lhe dei um selinho e sai do quarto, olhando somente uma vez para trás, para ver a cara que ele havia ficado.

Depois de meia hora, mais ou menos, já estávamos descendo do carro e andando pelas ruas da cidade. Christopher andava abraçado a mim e sempre que podia fazia um carinho ou algo que me fizesse sorrir ainda mais. Quando chegamos ao restaurante que minha mãe havia escolhido, o garçom nos levou até a mesa do lado de fora, no deck, que era perto do mar. Nos sentamos e começamos a decidir o que iríamos comer.

Fizemos os pedidos e enquanto os pratos principais não chegavam, as crianças se divertiam com a batata-frita e com o ketchup, e nós, os adultos, conversávamos. Quer dizer, todo mundo conversava enquanto eu olhava para o mar, tentando adivinhar o que minhas irmãs tinham planejado.

Tipo, eu acho que quando for o momento eu não vou conseguir falar. Eu sou franca, não vou ter coragem. Mas eu quero falar pra ele e vou falar! Só que não sei a hora, já que acho que eu preferia ouvir um eu te amo no meio do campo de golfe, do que no almoço, enquanto ketchup voa de um lado para o outro... Não é mesmo?

Então ok, tudo ao seu devido tempo...

— Dul... Hey, Dul! – eu a encarei e ela me jogou um pedaço de guardanapo. Eu arqueei uma sobrancelha e quase perguntei o que era aquilo tudo, mas ai eu me toquei que o Chris estava do meu lado, por isso ela não falava normalmente. Eu abri o guardanapo embaixo da mesa e antes de ler, olhei pelo canto dos olhos para ver se o Chris não estava bisbilhotando... Não estava.

Já está tudo pronto. Mamãe também está dentro da jogada. Você sabe como é, né irmãzinha? Tudo em família. Não se preocupe, vai ser que nem cena de filme!

Eu arqueei novamente a sobrancelha e suspirei um pouco revoltada. Por que, Deus, ela não poderia pelo menos dar uma única pista? Falar aonde vai ser, quando vai ser, e tudo mais? Afinal de contas, sou eu que vou abrir meu coração, não elas...

PS: Eu tenho que parar urgentemente de pensar coisas totalmente piegas como abrir meu coração e etc...

A comida chegou e eu e o Christopher praticamente devoramos nosso prato. Depois nós dividimos a sobremesa também, e quando todos já haviam terminado, fomos dar uma volta pela cidade...

Se é que pode se chamar aquilo de cidade.

Minúscula.

~~~

Bom dia, meus amores!!
Só tenha mais um cap editado pronto, SOS! Preciso editar mais hoje à noite  pra postar pra vocês amanhã... Mas vocês querem o último de hoje agora ou mais tarde? Daqui a pouco venho ver as respostas!!

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora