Primeiro mês

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"Como eu te amo, vou contar as formas: Eu te amo até a profundidade, largura e altura que minha alma pode alcançar. Eu te amo ao nível da necessidade mais silenciosa de cada dia, ao sol e a luz da vela. Eu te amo livremente como os homens lutam pelo direito. Eu te amo puramente como eles se afastam do elogio. Eu te amo como a paixão existente em minhas velhas mágoas e com a fé da minha infância. Eu te amo com amor que eu parecia ter perdido com meus entes perdidos. Eu te amo com a respiração, sorrisos, lágrimas de toda minha vida. E, se Deus quiser, eu te amarei até após minha morte."

Eu sorri enquanto lia o bilhete que Christopher havia deixado em cima da minha mesa. Um mês já havia se passado desde que nós havíamos voltado da casa dos meus pais, e tudo não poderia estar melhor. Tudo bem que o bilhete era meio bobinho, mas estamos há um mês nos mandando bilhetes com poemas e frases super melosas. O amor cega a gente, fazer o quê?

Estou totalmente irritada com o relógio hoje. Desde que acordei estou esperando chegar oito horas, mas ainda são cinco da tarde! Hoje completa um mês que Christopher me pediu em namoro e ele falou que quer me levar a um lugar especial, e como o Christopher é cheio de surpresas, não faço a menor ideia de onde ele vai me levar...

Muito menos do que eu vou vestir.

— Vai sair hoje com o Christopher, D? – Letícia perguntou enquanto entrava na sala, com um sorriso no rosto.

— Um mês de namoro é para comemorar...

— E quem pensou que vocês dois, que se odiavam no começo, iam terminar namorando? – eu prendi o riso e confirmei com a cabeça.

— A vida é imprevisível, L.

— Mas me conta como ele te pediu em namoro! Até hoje você não me contou!

—Bem, foi assim... Eu e Christopher havíamos acabado de voltar de viagem. Estávamos cansados, por isso ele me deixou em casa e foi para a casa dele. No dia seguinte eu teria que trabalhar, por isso cheguei em casa, tomei um banho, coloquei as roupas sujas para lavar, acabei de arrumar a mala e tudo mais. Quando estava pra deitar e dormir, a campainha tocou. Eu pensei que era Anahí ou Maite, porque tinha combinado com elas de que iria para a casa da Mai, mas acabei nem indo. Quando eu abri a porta, dei de cara com o Christopher, sem banho tomado, do mesmo jeito que tinha me deixado algumas horas antes em casa. Eu pensei que ele tinha esquecido ou perdido a chave, e quando eu abri a boca para perguntar o que tinha acontecido, ele se ajoelhou e esticou uma rosa para mim. Eu peguei a rosa e agradeci, ainda sem entender o que estava acontecendo, e quando eu olhei para a rosa novamente, vi algo brilhando. Juro que no momento eu pensei que iria desmaiar, ou qualquer coisa do tipo. Meu coração acelerou e acho que chorei, não me recordo. Ele deu um beijo em minha mão e perguntou se eu queria namorar com ele, e, bem, aqui estamos... - eu sorri e percebi que o escritório inteiro estava escutando e me encarando sorrindo.

— Mas... Que... Romântico... - Letícia falava entre soluços e eu sorri ainda mais.

— Porque eu não arranjo um homem desses para mim? – Andrew falou e todo mundo olhou para ele e riu – A vida é tão injusta!

— Pare de dar ataque, Andy! - eu ri e mordi o lábio inferior, vendo a rosa vermelha que tinha vindo junto com o bilhete, em cima da minha mesa.

— Dulce, se alguém nasceu nesse mundo com sorte, esse alguém foi você... – Let soltou.

— Meu Deus, também não é pra... – tanto, era o que eu ia dizer, mas fui interrompida pelo toque do meu celular.

Tudo pronto pra hoje à noite, amor? – a voz de Christopher soou através do celular.

— Se o tempo passasse... Estou brigando com o relógio desde que acordei! - ele riu, me fazendo sorrir – Aonde você vai me levar, Uckermann?

Só liguei para saber como você estava, Dul.

— Não desconverse, Christopher! Para onde nós vamos?

Te amo, até mais tarde.

Tu, tu, tu.

— O que ele falou, Dulce? – Letícia me olhava com olhos cheios de curiosidade.

— Que curiosa!

— Nós só estamos interessados, apenas. – Andy a defendeu rindo.

— Claro... – eu ri também – Depois eu conto para vocês, minha hora já deu! Fala pra Paula que eu tive que sair porque aconteceu alguma emergência e... Ah, vocês sabem! – eu sorri e peguei minha bolsa.

— Pelo visto hoje a noite vai ser boa... – Letícia sorriu maliciosamente.

— Sempre é, L., sempre é... - eu retribui o sorriso e sai dali apressada.

Tic-tac, tic-tac. Eu escutava o som do meu relógio. O tempo está passando e eu ainda não sei que roupa usar.

Que maravilha!

Peguei meu celular enquanto entrava em um táxi e comecei a discar o número da Annie, porque ninguém melhor do que ela para me ajudar a encontrar a roupa perfeita, mas caiu na caixa de mensagens. Resolvi ligar para Maite, porque mesmo o gosto dela para roupas não sendo tão bom quanto o da Annie, a opinião dela é sempre boa.

— Fala, Dud...

— Ocupada?

— Nunca estou pra você.

— Resposta correta! – nós rimos – Você consegue dar uma passadinha lá no meu apartamento agora para escolher uma roupa para o meu encontro de hoje com o Christopher?

— Mas é claro. Vou dar uma desculpa qualquer aqui e já estou indo!

— Por isso que eu te amo!

— Eu sei! – ela riu – Até já, gostosa.

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Capítulo curtinho e simples porque foi o que eu consegui editar! Só vim aqui rapidinho mesmo por não querer deixar vocês sem nada!!

A fic já ta com 36 capítulos e não ta nem na metade da história ainda, ela é enorme e linda!! haahahah

Aguardem que amanhã volto com mais! Tentarei editar agora...

À Primeira VistaOnde histórias criam vida. Descubra agora