Não era a primeira vez que ele vinha ali e nem seria a última, sendo o segundo no comando da Alcateia Hale, era seu dever, quando uma situação de crise acontecia estar presente nas investigações, agindo como consultor. O cheiro de café se mesclava ao aroma de donuts açucarados. Mesmo naquele momento tenso, Peter Hale achava tais aromas reconfortantes.
– Oi tio. – Saudou Laura com um aceno – Onde está o Derek?
– Ele irá participar posteriormente. – Informou Peter sendo guiado pela a sobrinha para o gabinete do xerife.
– O Deaton já está aqui, sabe?
O lobisomem arqueou as sobrancelhas.
– O nosso Emissário? O que ele está fazendo aqui?
Laura deu os ombros.
– Se você não sabe, como eu irei saber? Mas acho que pode estar relacionado com a estaca encontrada...
– Estaca é? – Subitamente um novo aroma foi detectado por seu faro sensível. Era um cheiro complexo, camadas de perfumes caros tentavam ocultar o aroma de canela e pimenta. Não podia esquecer o cheiro acre de ferro que Peter logo associou a sangue...Mas também parecia impregnar outro tipo de criatura sobrenatural.
– Michel Beaumont. – Sussurrou ao ver que o referido vampiro se aproximava, adentrando na delegacia como fosse uma espécie de rei. Esnobe. Orgulhoso. E irritantemente atraente. Peter tentou suprimir aquele sentimento nostálgico de sua adolescência. Tempos obscuros aonde as responsabilidades não pareciam tão importantes. Em que um lobisomem e um vampiro poderiam se aventurar além das barreiras sociais impostas por suas raças, clãs e deveres.
– Peter. – Falou Michel com forte sotaque francês, prologando o som do "R". O Hale sabia que ele fazia isso só para irrita-lo, afinal, já fazia anos que Michel vivia no Estados Unidos, muito do seu sotaque europeu já tinha se perdido.
– Michel. – Acenou de forma cordial.
E ficaram em silêncio, não se fitavam, mas ao mesmo tempo não pareciam querer tomar iniciativa para algum tipo de interação. Laura os encarava, seus olhos castanhos pareciam brilhar, isso ocorria quando os sentidos "detetiváticos" da garota eram despertados.
– O que vocês estão esperando? – Stilinski falou abrindo a porta do seu escritório – Um pedido formal de boas-vindas? Tapete vermelho?
– Bonjour, monsieur Stilinski – Michel fez uma rápida reverência. Peter rolou os olhos com aquele formalismo exagerado.
John franziu o cenho e acenou com a cabeça para que entrassem.
– Não vamos enrolar muito. Uma coisa muita estranha ocorreu ontem anoite em Beacon Hills. – Dizia o xerife rodeando a sua escrivaninha e sentando em sua cadeira. Alan Deaton já estava lá dentro, sentando confortavelmente em cadeira.
Peter observou o seu Emissário com um olhar inquisitivo, o Druida apenas sorriu de forma misteriosa. O lobisomem não estava com humor o suficiente para charadas, por isso, sentou, amolado, na cadeira oferecida por John Stilinski.
Michel se sentou ao seu lado, cruzando as pernas elegantemente. Um rei sentando em seu trono.
– Sim, já tomamos conhecimentos do assassinato. – Manifestou Peter.
– De fato – Interpôs Michel – O clã Beaumont já iniciou a pesquisa sobre a identidade do vampiro assassinado, seu clã de origem e também a traçar os seus últimos passos.
– Bom. Bom. – Assentiu John – Mas o motivo principal de tê-los chamados aqui é referente a arma do crime.
– Uma estaca. – Comentou Peter – Uma arma nada original.
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Beacon Hills Institute
FanfictionSeres Humanos e Seres Sobrenaturais. Dois tipos de seres com características tão diferentes que pressupõe que seria impossível conviver em conjunto. Lobisomens, vampiros, druidas, bruxos e uma infinidade de seres que parece sair de contos de fadas o...