Bom, passaram-se alguns dias e aparentemente Miami não está na minha lista de "cidades-nas-quais-eu-odiei-morar", exceto por hoje.
Seria meu primeiro dia de aula então acordei com o som estridente de meu alarme, resmunguei levantando ainda sonolenta. Fiz minhas higienes, tomei uma ducha fria e vesti uma calça jeans justa, camisa preta um pouco mais larga e tênis branco. Peguei óculos escuros para disfarçar meu rosto sonolento e mirei minha imagem no espelho, casual demais?
E quem se importa?
Dei ombros e desci as escadas encontrando um pacote na mesa de jantar acompanhado de um bilhete.
"Houveram emergências na empresa, não vou poder te acompanhar na escola mas comprei seu café da manhã.
Boa sorte no seu primeiro dia de aula.
Com amor, papai."
Suspirei com um ar de desapontamento mas acabei por abrir o pacote e tomar o café e comer os donuts que ali continham, afinal não era a primeira vez que isso acontecia e eu lidava incrivelmente bem com isso.
Eu já tinha carteira de motorista e o Volvo preto estava a disposição na garagem, provavelmente meu pai fora de uber para o trabalho. Ele odiava procurar vagas em meio ao trânsito infernal (traumas de New York)
Entrei no automóvel e dei partida em direção a escola, eu tinha as coordenadas em meu celular então não demorou muito para eu chegar atraindo todas as atenções, maldito carro. Desci do automóvel e o travei, meu corpo queimava em olhares de curiosidade e até mesmo desejo, peguei minha mochila e caminhei até a secretária ignorando todos eles.
Entrei na sala e tirei meus óculos escuros, haviam duas senhoras que me atenderam de prontidão, elas me deram meu horário onde eu agradeci com meu melhor sorriso. Ia saindo quando vejo uma garota de óculos me encarar, ela parecia curiosa então eu ri negando com a cabeça devido a situação.
— Você é a novata, não é? – ela disse se aproximando e dando um sorriso tímido. — Sou a Hailee. – suas bochechas tomaram um tom avermelhado.
— S/n. – apertei sua mão num cumprimento.
— Posso? – perguntou se referindo ao meu horário e eu assenti com a cabeça. — Olha, parece que temos o primeiro horário juntas, vamos?
Então eu a vi, caminhando pelo corredor como se estivesse posando para alguma revista, ela era digna de tal. Eu jamais tinha visto beleza assim, a pele levemente bronzeada, as longas cascatas castanhas caindo pelas costas. Céus! Ela vestia o uniforme vermelho vinho das líderes de torcida, havia um grupo de pessoas a seguindo como ovelhas. Observei a garota por mais um instante antes de me dar conta que havia deixado Hailee falando sozinha.
— Perdão, o que disse?
— Que vamos chegar atrasadas se continuar babando pela Camila. – ela revirou os olhos enquanto caminhavamos em direção a sala de aula.
— Quem? E eu não estava babando por ela. – franzi o cenho com curiosidade.
— Camila. – suspirou ao entrarmos na sala e sentarmos em nossos lugares. — Bom, ela é a Barbie desse lugar. Ela tem a vida completamente perfeita; o corpo perfeito; pais perfeitos; as roupas perfeitas e etc. – não pude deixar de rir de sua comparação.
— Bom dia alunos, todos em silêncio por favor. – um homem de cabelos grisalhos, aparentemente o professor disse ao entrar na sala de aula.
[...]
Era aula de história, Sr. Miller havia colocado um documentário sobre a Segunda Guerra Mundial, eu o assistia com atenção mas percebia alguns murmúrios onde meu nome estava presente. Continuei a ignorar, já vivi esse episódio tantas e tantas vezes que acabei por acostumar-me.
Então finalmente o sinal do intervalo soou, agradeci mentalmente e saí acompanhada de Hailee até o refeitório. Mesmo sem fome peguei um daqueles típicos almoços colegiais, sentamos numa mesa vazia recebendo alguns olhares curiosos.
— Você realmente é a sensação do momento. – ela disse rindo e eu neguei mordendo a maçã.
— U-a-u. – escutei uma voz masculina dizer e logo mãos segurando meu rosto analisando cada traço. — Eles não estavam exagerando quando disseram que você era uma obra dos deuses.
— O que? – eu disse sem entender absolutamente nada ainda estática quando ele me soltou.
— É uma escola pequena, os boatos correm. – ele disse dando um sorriso onde suas covinhas se revelaram. — A propósito, sou o Harry. E bem vinda ao inferno.
— S/n. – apertei sua mão.
— É, eu sei. Aliás, amei tuas fotos no Caribe, aquelas do instagram.
— Como já sabem o meu ins-
Fui interrompida por um pigarreio e mãos delicadas que se espalmavam na mesa, meu olhar subiu até o rosto tão reconhecível dela.
Camila.
— Eu queria te desejar as boas vindas. - disse com a voz suave. – Prazer, Camila Cabello.
— S/n S/s. – nossos olhares não se desviavam, como um ímã aqueles castanhos me pareciam tão convidativos, ela pareceu perceber estar tão "imersa" e se apressou em dizer algo.
— Ah, oi pessoal. – disse ao ver Hailee e Harry. — Eu tenho que ir, então mais uma vez seja bem vinda. – disse dando um sorriso de canto logo saindo.
— Ela falou com a gente? – o garoto perguntou com o cenho franzido.
Observei Camila ir caminhando e atraindo os olhares, me vi área a tudo tendo minha atenção exclusivamente a líder de torcida.
[...]
Após o intervalo eu tinha aula de biologia, horário no qual não batiam com os de Harry ou Hailee, então caminhei sozinha pelo corredor até encontrar minha sala.
Por sorte não havia professor então me sentei num lugar qualquer, enfim Srta. Meléndez se posicionou e alguns minutos de aula se passaram até toda atenção ser voltada para as batidas na porta, uma Camila envergonhada se revelou e pediu licença logo se assentando no único lugar vazio daquela sala.
Ao meu lado.
n/a: talvez eu atualize ainda hoje.
apenas talvez.
até breve.
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good girl | cc + you
Fanfictionna qual camila mantém a imagem de "boa garota" a todos, todavia não consegue ter essa postura ao lado de s/n.