jauregui's

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Estacionei o Audi a frente da casa da garota em meu lado e dei um sorriso sem dentes desligando o motor, respirei fundo tendo o olhar para as feições que tanto me cativavam.

— Minha noite foi incrível. – ela disse segurando uma de minhas mãos tendo o olhar sobre elas, permanecemos breves segundos em silêncio apenas sentindo o toque suave das mãos como se prolongassemos o "adeus". — Boa noite S/n. – disse antes de abrir a porta para sair mas segurei seu pulso.

— Espera. – selei nossos lábios num beijo delicado. — Boa noite. – eu disse assim que finalizamos o beijo, ela reprimiu um sorriso negando com a cabeça e eu dei uma leve risada fitando meu colo.

Então ela saiu do automóvel, a observei caminhar até sua porta e entrar no grande imóvel, dei partida e em toda viagem meu pensamento pousava na linda garota de olhos castanhos. Em cada palavra, cada gesto e cada atitude eu me encontrava mais apaixonada por Camila, umedeci meus lábios lembrando de cada um de nossos beijos e de cada uma das sensações que me causavam, suspirei batucando os dedos no volante enquanto esperava o sinal abrir. Então as gotículas de água começaram a cair sobre o painel anunciando a chuva, liguei o parabrisa e o sinal se abriu me dando passagem para prosseguir.

O silêncio predominava e os únicos barulhos que se ouviam eram o da chuva e o de minha consciência me relembrando a todo instante o quão eu estava atraída por ela.

Eu apenas não conseguia explicar isso de forma racional, ela era apenas ela e isso era o bastante para me deixar completamente fascinada.

[...]

Eu já me encontrava em casa, no meu quarto e com roupas confortáveis, decidi escrever em meu bloco de notas sobre meus sentimentos.

Horas se passaram e eu ainda permanecia deslizando a caneta sobre a pequena folha de papel, escrevendo e transferindo cada sensação para aquele bloco de notas. Então fitei a janela observando o sol nascer, os primeiros raios de luz colorindo o céu me fizeram admirar aquele breve momento antes de me deitar em minha cama decidindo descansar um pouco.

[...]

Despertei e peguei meu celular olhando as horas no visor 11:00 AM, bufei revirando os olhos. Eu não suporto acordar tarde, sinto que perco parte do meu dia.

— Dorminhoca. – meu pai bateu na porta e eu murmurei para que ele entrasse no cômodo. — Camila te deixou tão esgotada assim? – brincou sugestivo e eu joguei uma das almofadas em minha cama no mais velho que desviou rindo. — Ei, vamos a um jantar hoje a noite então não se esqueça.

— Jantar? – perguntei ainda sonolenta.

— Quero que conheça pessoas especiais. – ele disse animado e eu concordei. — Eu preciso ir, tem números de restaurantes na mesa e qualquer coisa me ligue. – me deu um beijo na testa antes de sair pela porta.

Bocejei e balancei a cabeça numa tentativa de despertar por completo, me levantei indo em direção ao banheiro fazendo minhas higienes matinais, logo eu estava despida em baixo do chuveiro.

Eu não demorei muito e coloquei uma roupa casual, short jeans numa cor escura e uma camisa cinza do "The 1975", nos pés vans old skool e um óculos escuro para disfarçar o rosto cansado. Deixei meu cabelo com um ar bagunçado e peguei as chaves do meu carro indo até um restaurante qualquer no centro da cidade, estacionei e caminhei em direção ao estabelecimento.

Me assentei numa mesa e uma das garçonetes veio até mim, ela tinha boa aparência e um par de olhos azuis.

— Bom dia senhorita, quer dizer boa tarde. – fechou os olhos num certo nervosismo. — Em que posso ajudar?

— Hum, boa tarde. – eu dei um leve sorriso. — Eu vou querer a sugestão do chef.

— Claro. – anotou em um iPad, me fitou dando um sorriso antes de sair.

Decidi checar meu celular enquanto esperava e havia uma mensagem de Camila.

10/10:

bom dia pra quem acordou pensando na consagrada

S/n S/s:

bom dia pra mim então

10/10:

uau

S/n S/s:

por essa você não esperava hein

Dei uma risada baixa pensando no quão retardada éramos por fazer esse tipo de trocadilho, então escutei um pigarreio e virei minha atenção para a garçonete que trazia meu pedido. Ela colocou o prato com a refeição a minha frente e no guardanapo dos talheres havia uma escrita em caneta com os dizeres:

"me ligue
xxx-xxx-xxx

(kaya)

xoxo"

Arqueei minhas sobrancelhas suspirando, levei meu olhar até a garota dando um sorriso sem graça.

[...]

Já em casa eu me encontrava em um profundo tédio até lembrar do jantar que eu teria que comparecer, eu estava com a mínima vontade de me arrumar mas desliguei o PS4 antes de caminhar até o banheiro. Me despi entrando no chuveiro e liguei a água deixando que a água percorresse meu corpo relaxando meus músculos, logo que acabei meu banho fiz minhas higienes.

Decidi que seria melhor procurar alguma roupa apresentável, afinal é um jantar importante e da maneira que conheço meu pai aposto que não fez esforços em gastar uma fortuna numa reserva. Suspirei frustrada até encontrar um vestido formal azul claro com detalhes em prata, fiz uma maquiagem mais trabalhada e calcei saltos na mesma cor.

Decidi deixar meus cabelos soltos, estavam anelados caindo como cascatas pelas minhas costas, meu pai também se arrumava porém estava com problemas na gravata.

— Quer ajuda? – perguntei ao mais velho que deu um sorriso ao me ver.

— Uau. – assobiou num tom brincalhão e rimos, acabei por me aproximar e fazer o laço em sua gravata borboleta. — Você está linda filhote.

— Você também está muito elegante pai. – eu disse e ele segurou o terno numa posição convencida, acabamos por rir e ir em direção ao Volvo.

Entramos no automóvel e até estranhei a sensação de estar no assento do passageiro, já que me acostumei a sempre dirigir. Enfim, não durou muito para que chegássemos no restaurante de alta classe, o mais velho deu nossos nomes na recepção e um garçom nos acompanhou até a mesa onde haviam uma mulher e uma garota muito bem elegantes.

— Filha, essa é Lauren Jauregui. – apertei a mão da olhos verdes com o cenho franzido, o rosto da morena era familiar e ela pareceu sentir isso também. — Lauren, está é S/n, minha filha.

— É um prazer, Lauren. – eu disse ainda com certa estranheza, ela acenou com a cabeça.

— Igualmente. – a olhos verdes disse.

— E bom, está é Clara Jauregui como eu havia lhe apresentado. – apertei a mão da mais velha com um sorriso sem dentes. — Minha companheira.

n/a: por essa vocês não esperavam hein.












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