sure

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— Companheira? – perguntei e ele sorriu pousando a mão sobre a cintura da mais velha, pigarreei e Lauren respirou fundo como se sentisse algum incômodo. — Eu realmente fico feliz por vocês. – eu disse me assentando assim como o casal e a olhos verdes.

Naquela mesa eu analisava cada centímetro da pele alva da garota em minha frente, o garçom nos serviu com champanhe e anotou os pedidos, então como um gatilho me lembrei da feição da mesma. Havíamos nos esbarrado em uma das minhas corridas matinais, umedeci os lábios dando um sorriso de canto e lançando um olhar divertido para a olhos verdes.

Isso vai ser no mínimo interessante.

Ela parece ter se recordado desse pequeno incidente também pois seus olhos se cerraram, meu pai conversava animadamente com Clara enquanto permanecíamos mantendo contato visual numa espécie de "batalha".

— Devo admitir S/n, você é extremamente educada. – ela disse dando um sorriso e eu também o fiz.

— Obrigada Sra. Jauregui. – eu disse tomando um pequeno gole de minha taça. — Acredito que seja fruto da minha criação. – pousei o olhar sobre meu pai.

— Eu não tenho dúvidas. – a mais velha disse fazendo um carinho sobre as bochechas do homem que deu um sorriso casto.

[...]

Após conversas, algumas risadas, pratos e sobremesas deliciosas, o casal estava dançando assim como outros casais ali presentes, "Witchcraft" do Frank Sinatra sobre o piso branco de mármore. O homem no palco cantava a letra primorosamente e a melodia era reproduzida tão bem pelos instrumentistas tendo um certo destaque para o pianista.

Eu fitava os mesmos e era notável o quão meu pai estava feliz por aquele momento.

— Você parece muito mais dócil agora Lauren. – eu disse tomando um gole da minha bebida dando um sorriso de canto.

— É melhor ir tirando esse sorrisinho ridículo do rosto S/n antes que eu mesma o tire. – ela esbravejou revirando os olhos, mordi o lábio inferior e me aproximei da garota ficando centímetros da mesma, sorri de canto de lábio tendo uma expressão de aborrecimento como resposta. Eu realmente estava me divertindo com todas essas implicâncias. — Céus, como você é infantil... – murmurou.

— Ah obrigada Lauren. – eu disse com certo cinismo, balancei a taça em minhas mãos tomando o restante do líquido que ali retinha.

Eu senti o olhar da morena queimar minha garganta acompanhando todo o caminho do champanhe, até minha clavícula. Reprimi um sorriso e umedeci os lábios.

— Escute. – chamei a atenção da mesma. — Por mais cômico seja a cena de você irritada, vamos tentar uma relação civilizada? Por eles? – voltei meu olhar para a pista de dança assim como a garota.

— Podemos tentar. – ela disse. — Mas que fique bem claro, nós não somos amigas S/s. – levantei minhas mãos em sinal de rendição.

— Vocês se entenderam tão bem. – meu pai disse admirado ao se aproximar de nossa mesa, colocamos nossos melhores sorrisos encenando uma conversa aleatória.

Conversamos sobre os mais diversos assuntos até o mais velho decidir pagar a conta que por muita insistência Clara deixou que o mesmo pagasse, nos despedimos antes de sairmos do restaurante e entramos no Volvo. Meu pai deu partida e em todo trajeto ele me fazia perguntas sobre minha opinião em questão de sua nova namorada, eu respondia o que era previsível pois era realmente verdade. Logo quando chegamos em casa, desejei boa noite ao mais velho indo até meu quarto, tratei de me despir e retirar a maquiagem de meu rosto, fiz minhas higienes e coloquei uma roupa confortável, em poucos minutos eu estava dormindo como um urso em hibernação.

[...]

Despertei com o som do alarme de meu celular, deslizei a tela para desativa-lo. Estralei o pescoço e caminhei até o banheiro me arrumando para mais um dia fatídico de aula.

Em pouco mais de meia hora eu me encontrava na cozinha, peguei uma fruta qualquer antes de caminhar até meu carro, entrei no automóvel e dei partida indo até a escola. Na rádio tocava uma música na qual eu batucava os dedos no volante acompanhando a melodia, não demorou muito até eu chegar ao meu destino, as ruas incrivelmente pareciam calmas.

Estacionei meu carro e os olhares voltaram para a minha pessoa, suspirei e travei o mesmo caminhando para dentro da instituição, avistei meus amigos e caminhei pelo corredor indo até eles.

— Oi chernobyl. – Harry disse me dando um abraço e nós rimos.

— A própria hiroshima falando. – Hailee retrucou.

— Olha Hailee, você está trocando nossa amizade de anos pra defender essa caçamba de lixo? – o garoto colocou a mão na cintura fazendo uma falsa expressão de choro.

— Deixa de ser idiota. – eu disse rindo dando um leve empurrão no maior.

— Oi babe. – senti os braços me rodearem e a essência tão conhecida por mim pairar no ar, a latina me deu um beijo no pescoço e eu segurei sua cintura num abraço onde suas mãos foram até minha nuca. — Oi pessoal. – sorriu para Hailee e Harry que acenaram, um garoto loiro também os cumprimentou. — Ah S/n, esse é o Niall, ele é o presidente do grêmio estudantil e meu melhor amigo nas horas vagas. – eu sorri para o mesmo.

— Sinto muito não termos nos conhecido antes, eu estive ocupado com o comitê do baile mas fico feliz por finalmente conhecer a namoradinha da Mila. – ele coçou a nuca, arqueei minhas sobrancelhas e voltei meu olhar para a garota que fechava os olhos num gesto de vergonha.

— Niall... – sussurrou. — Não... – o repreendeu e nós rimos.

Pude perceber que Hailee ficou um tanto quanto nervosa ao lado do mesmo, ela ajeitava os óculos e mordia os lábios inquieta.

— Esta é a última semana de aula, finalmente caralho. – Harry disse levantando seus braços num gesto de louvor.

— Nós vamos fazer um luau na sexta, como umas "boas vindas" pras férias de verão. – o loiro disse. — Vocês deveriam ir. – seu olhar pousou em Hailee e o mesmo deu um sorriso casto.

— Por mim tudo bem. – dei ombros e a latina sorriu.

— Como a S/n vai então eu também vou, por que eu tô sem dinheiro pro uber e ela vai me dar carona. – Harry disse e eu franzi o cenho. — Não é mesmo ícone?

— Pensei que eu fosse a chernobyl.

— Shhh... – ele fez sinal de silêncio e nós rimos.

— Então eu também vou. – Hailee murmurou.

— Certo, espero vocês lá. – o loiro disse. — Sem exceções ou desculpas.

Então o sinal soou, apertei Camila em meus braços e ela deu uma risada abafada com o rosto aterrado em meu pescoço, acabei por rir também antes de nós afastarmos indo para nossas respectivas salas de aula.

n/a: eai gostaram? aviso: bandeira vermelha a partir do próximo capítulo pra vocês.

good girl | cc + youOnde histórias criam vida. Descubra agora