do you love me?

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camila cabello point of view:

— S/n? – chamei e então a garota se virou me dando visão de seus olhos inchados e vermelhos, os lábios entreabertos e a expressão de vulnerabilidade. — O que aconteceu?

— Eu apenas preciso da sua presença, então apenas fique. – disse com a voz fraca e voltou sua visão para o céu. — Por favor.

Mordi o lábio inferior e suspirei, me assentei ao seu lado e me pus a observar o céu também, eu não a queria daquela forma e sequer sabia o motivo. Isso era tão frustante mas iria respeitar seu tempo, ela estava vulnerável e visivelmente machucada.

[...]

Já em casa, eu havia a orientado no banho e lhe emprestado mudas de roupas. Fazia algum tempo que seu olhar estava fixo num livro que trazia consigo, parei de fazer minhas anotações e suspirei.

— Amor... – a chamei mas sem resposta. — Eu quero te ajudar. – mais uma vez silêncio, então a fitei pela última vez antes de voltar a escrever.

— Ele mentiu pra mim... – lhe dei minha atenção e me aproximei lentamente.

— Quem? – perguntei.

— Meu pai. – disse e uma lágrima solitária se formou então senti meu coração quebrar, me doía vê-la assim.

— Sabe que não precisa dizer se não quiser mas-

— Ele praticamente escondeu a vida da minha mãe de mim, o diário dela, a única coisa que resta dela aqui neste plano. – disse com os dentes cerrados em fúria. — Eu já analisei todos os possíveis motivos dele mas nenhum me parece plausível o suficiente para ele ter feito isso.

Suspirei, sabia que fora criada sem a presença materna e que sentia até mesmo uma certa culpa mas não a deixava explícita e se convencia de que não. E claro, definitivamente não era culpa de S/n.

— Ei. – disse baixo e segurei em seu queixo delicadamente fazendo com que pudesse fitar seus olhos azuis avermelhados e cheios de lágrimas. – Calma, certo? Vai ficar tudo bem. – a abracei de forma como se fosse o ser mais frágil do mundo, de certo modo naquele momento ela era.

— Vai estar aqui quando eu acordar? – perguntou com a voz falha e os olhos que esbanjavam vulnerabilidade, então assenti com a cabeça e dei um sorriso casto.

Eu iria ser sua fortaleza.

Iria permanecer ali ao seu lado e iríamos passar por isso juntas, enfim não era momento de perguntas presumi, a orientei até minha cama onde se deitou em meu peito e adormeceu com minhas carícias.

[...]

Acordei e S/n não estava na cama, resmunguei pois a queria ali comigo perdendo tempo e enrolando o despertar, então me vi obrigada a levantar e ir até o banheiro me tornar apresentável as pessoas.

Assim que o fiz desci as escadas indo até a mesa de refeições onde meu pai tomava seu café no seu tão familiar terno e o iPad em suas mãos onde provavelmente checava algo relacionado aos seus processos jurídicos. Ele era advogado, o mais importante de toda a cidade.

— Não sabia que tínhamos visita Karla. – disse e meu corpo estremeceu.

— A S/n pre-precisava de um lu-lugar pra fi-ficar essa noite. – fechei os olhos tentando eliminar todos as possíveis chances dos meus pais desconfiarem da minha relação com a olhos azuis.

— Está tudo bem. – suspirou antes de colocar seu olhar sobre mim. — Ela pode ficar o tempo que quiser, aliás gostei dela. – voltou a dar atenção ao aparelho. — Ela é muito educada.

— Eu concordo. – a voz da minha mãe soou pelo local. — Ela é britânica?

— Hum, não. – dei um sorriso sem dentes. — Eu vou ir... – sinalizei para fora onde avistei a garota sentada num banco de madeira, no jardim.

Ela tinha o olhar distante, o rosto ainda com resquícios das lágrimas que derramou, suas roupas ainda eram as mesmas de ontem e em suas mãos tinha um livro de aparência antiga.

— Você tá melhor? – tomei a liberdade de perguntar e seu olhar veio de encontro ao meu, ela assentiu e segurou minha mão firmemente.

— Eu ainda não tive coragem de ler. – comentou direcionando o olhar para o objeto.

— E você realmente quer?

— Sim... – franziu a testa e voltou sua atenção a mim. — Claro que sim.

— Eu posso te deixar sozinha. – sugeri, talvez ela quisesse ler sem a minha presença. — Vou est-

Então ela me puxou para um beijo onde pude sentir o gosto salgado de sua lágrima, levei um leve susto pelo ato e ela fitou o chão limpando os olhos.

— Obrigada por estar aqui comigo. – disse e segurei suas mãos, por sorte o jardim era um ponto cego em relação a casa principal e não havia riscos. — Eu sei que seus pais não sabem sobre nós e que você está correndo riscos por mim.

— Amar é um risco pra qualquer um. – acabei dizendo sem pensar e um sorriso casto se formou em seus lábios, me praguejei mentalmente.

Merda.

— Você me ama? – perguntou fitando meus olhos, se aproximando e deixando com que centímetros estivessem entre nós. Eu simplesmente não conseguia lidar com seus olhar, a íris azul me prendia de tal forma que me via como uma completa refém de seus dizeres.

— Com toda certeza.

n/a: fala aí seus cobrador de atualização.

próximos capítulos muitas emoções e revelações é isto.

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