(hot) water & birthday

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— Mas o qu- – eu disse com certo pânico e tentando esconder minhas intimidades com rapidez, uma das mãos da garota foram até minha boca a tapando e com a outra ela fez um sinal de silêncio.

Eu precisava mesmo confirmar que era Camila ali? E merda ela estava tão quente, o olhar castanho escuro transbordando excitação, os lábios vermelhos pela força exercida quando os mordia e a camisa molhada revelando que ela estava sem roupa íntima na parte superior. Dei um sorriso carregado de segundas intenções e ela me empurrou contra parede retribuindo o mesmo. Segurou em minha nuca com firmeza e eu arfei pela dor prazerosa, foi apenas um gatilho para o que viria a acontecer.

— Porra... – eu disse arrastada quando seus lábios foram em direção ao meu pescoço, minhas mãos desceram até a barra de sua camisa.

Tirei aquela peça de tecido me saboreando de cada segundo, analisei o corpo da latina, um paraíso no qual eu me perderia sem pensar nas consequências.

Eu a queria.

Eu a queria muito.

Selei nossos lábios num beijo carregado de desejo, nossas línguas se encaixam e dançavam tão deliciosamente, as mãos de Camila arranhavam minhas costas enquanto eu finalizava o beijo com uma mordida em seu lábio inferior. Ela deu um sorriso safado quando eu a coloquei contra parede e se deu conta de minha intenção, meus lábios foram até o busto da morena fazendo uma trilha lenta de beijos até os seios da mesma.

Oh merda. – deu um gemido logo mordendo seu lábio inferior, ela segurava meu cabelo com certa força.

Pude concluir concretamente que a anatomia de Camila era a definição de tentação e sem nenhuma modéstia, ela é realmente gostosa, nossos corpos procuravam mais contato possível enquanto a água caía sobre os mesmos.

Você me faz perder o juízo. – ela disse me levantando selando nossos lábios e logo a levantei, segurando em suas coxas grossas. — Não faz idéia do quão me deixa molhada.

É recíproco. – eu disse e ela umedeceu os lábios quando minhas mãos adentraram os cabelos molhados e meus lábios foram até seu ouvido. — Eu quero que me prove. – sussurrei.

Ela desceu pelo meu corpo fazendo uma trilha com suas unhas por toda extensão de meu abdômen.

— Ei! – uma voz feminina soou por todo vestiário e eu petrifiquei, assim como a garota em meus braços. — Tem alguém aí? É proibido permanecer no vestiário após o horário escolar.

Desliguei o chuveiro e tapei a boca de Camila para que ela não emitisse som algum durante o meu diálogo.

— O-Oi. – pigarreei. — Me desculpe, eu não sabia. – peguei minha toalha enrolando pelo meu corpo, fiz um sinal de silêncio para Camila e saí da cabine.

— Certo... – uma senhora, provavelmente a monitora disse com certa desconfiança porém saiu, escutei o barulho dos saltos irem se afastando e cessando gradualmente.

— Camz. – chamei a garota que segurava o riso, ela pegou sua respectiva toalha e enrolou sobre seu corpo. — Você ri mas nós poderíamos ter sido expulsas. – acabei por rir também negando com a cabeça, caminhei até meu armário o abrindo e vestindo minhas roupas.

— É que você é uma delícia. – bateu em minha bunda que estava coberta apenas pela calcinha de renda preta.

— Ei?! - a repreendi e rimos, vestimos nossas roupas. — Mas que merda Camila. – eu disse assim que fitei toda extensão de meu pescoço no espelho que havia ali e estava muito marcada, pequenas manchas vermelhas e roxas.

— Me desculpe meu bem. – ela se aproximou e deu um beijinho no local.

— Tá tentando marcar território ou o quê? – eu perguntei rindo e ela fez o mesmo escondendo seu rosto em meu pescoço.

— Chegou perto... – a latina respondeu e eu segurei em seu pescoço, as mãos da mesma foram até meus punhos. Me perdi na imensidão castanha e me encontrei totalmente a mercê da garota.

— Vamos em um encontro. – eu disse e ela virou o rosto.

— S/n... – ela me repreendeu e voltando seu olhar para mim.

— Por favor. – eu disse e em poucos segundos ela suspirou vencida. — Nós podemos fazer programas horríveis de casais da nossa idade, eu prometo te levar pra casa e você pode me ignorar no dia seguinte. – ela deu uma risada e eu a observei, o sorriso tão lindo que se formava quando ela o fazia, ela é tão linda. Eu poderia passar o resto da minha vida como um lembrete dizendo isso.

— Certo, isso foi muito convincente. – ela disse e logo me deu um selinho.

— Claro que foi. – dei um sorriso convencido e ela empurrou meu rosto, dei um selinho na mesma. — Eu vou te buscar às 20h. – mais outro selinho. — Amanhã.

— Não se atrase.

— E deixar que isso se torne um motivo pra você implicar comigo? – eu disse e rimos, dei um último beijo na latina. — Até amanhã. – caminhei em direção a porta, dei um sorriso de canto para a garota antes de sair do vestiário.

[...]

Estacionei o Volvo na garagem de casa e não havia sinal de movimentação, o que é estranho já que meu pai estaria em casa hoje. Estranhei e liguei para o fixo, o som da chamada soou porém ninguém atendeu, respirei fundo e abri a porta revelando boa parte de meus amigos de Naples e meu pai, juntamente com aquela sua "amiga" do trabalho e a uma garota na qual eu não reconhecia.

— SURPRESA! – eles gritaram. — FELIZ ANIVERSÁRIO S/N!

Sim, era meu aniversário.

Por que eu não mencionei? Bom, qual o sentido de comemorar meu envelhecimento?

Várias pessoas me disseram o clássico "parabéns" e eu forçava um sorriso respondendo um "obrigada", o problema não estava nelas, de forma alguma. O problema era exclusivamente ser meu aniversário.

— Parabéns meu filhote, não consigo acreditar que meu bebê está fazendo dezoito anos... – meu pai dizia nostálgico com os olhos marejados, dei um sorriso acolhedor e o abracei. — Eu quero que saiba que tenho muito orgulho de você, pela mulher que está se tornando e por cada dia ser a razão do meu viver. – bagunçou meus cabelos.

— Eu te amo pai. – eu disse ainda o abraçando.

— Eu também te amo. – ele enxugou as lágrimas que insistiam em cair. — Mas tem algo que precisa ver. – cerrei os olhos numa expressão como "o que você aprontou desta vez?", então caminhamos até a rua onde um Audi A5 na cor cinza estava estacionado.

— Mais uma vez, feliz aniversário. – entregou as chaves a mim.

— Você tá de brincadeira?! – eu disse incrédula sorrindo, o abracei forte agradecendo centenas de vezes.

— É hora de parar de pegar meu carro emprestado. – ele disse rindo.

— Muito obrigada, de verdade. – entrei no mesmo apenas ligando o motor.

Depois de me encantar mais um pouco com o automóvel, caminhamos para dentro do imóvel novamente onde a festa estava acontecendo, as pessoas comiam dos petiscos e bebiam das bebidas disponíveis. Caminhei até meus antigos amigos percebendo a presença de uma garota em especial.

Lily.

n/a: como vocês estão?

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