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(Nota: Apresento-lhes a Sarah)

***

Agora que disse a frase em voz alta, Waverly sentiu-se diferente, mas tal sensação durou poucos segundos, uma vez que Sarah gargalhou de sua reação.

- Qual a graça? – a líder de torcida fechou a cara.

- Você acha que estava flertando com a Haught? – Sarah exibia um sorriso – Wave, ou você estava ou não estava. Um "eu acho que estava" não vai servir nesse contexto.

- Tem que servir! – Waverly exasperou-se outra vez, o que causou uma nova onda de risos em Sarah – Ainda não entendo o motivo das suas risadas.

- Estou rindo com respeito – Sarah respirou fundo e voltou a encarar a amiga – Estou achando graça o seu, hum, desespero?

- Não estou desesperada!

- Jura? Okay, escolha ruim de palavra... Ansiedade. Melhorou?

- Talvez... – Waverly cruzou os braços e começou a andar de um lado para o outro no pequeno espaço do banheiro em que estavam – Aquilo que você me falou ontem no telefone, que a Haught não tirava os olhos de mim...

- E não tirava mesmo – Sarah afirmou – Por diversas vezes eu a vi com os olhos em você. Sabe-se lá o que poderia acontecer se ela estivesse sozinha com você.

Waverly sentiu suas bochechas corarem. Escutar Sarah repetir o que falaram ao telefone na noite anterior era uma coisa, agora ouvi-la pessoalmente causou reações inesperadas na garota e Sarah notou.

- Espere... Você foi atrás dela? – a loira encarou Waverly com um sorriso sugestivo.

- Não necessariamente – Waves parou de andar de um lado para o outro e se encostou numa das pias – Eu precisei tirar a foto do anuário outra vez e era ela quem estava fotografando os alunos – explicou.

- E? – Sarah ficou interessada – Não vai me dizer que ela estava sozinha?!

- Estava...

- E ai?

- E ai que conversa vai e vem, ela me fotografou e nesse meio tempo...

- Vocês se beijaram? – Sarah a interrompeu com os olhos arregalados de expectativa.

- NÃO! – Waverly percebeu que falara alto demais – Claro que não! Eu nem sei o que aconteceu naquela sala, mas eu não a beijei! Isso nem passou pela minha cabeça e nem vai!

- É que tem gente que flerta já oferecendo uns beijos né – Sarah comentou como se fosse a frase mais simples do universo – Vai que você tem outro lado que ninguém mais conhece... – brincou.

- Vou te matar, sério. – Waverly balançou a cabeça negativamente.

- Vai nada. Se você fizer, não vai ter ninguém para conversar e escutar as suas crises de identidade...

- Tem razão. Foi salva pelo gongo. – Waverly suspirou – E eu não estou tendo uma crise de identidade, tá? – seu tom de voz não convenceu.

Sarah sorriu vitoriosa, e depois continuou.

- Certo... Vocês conversaram. Mas e no meio tempo? Isso que eu quero saber.

- Ela me encarava... E eu acabava encarando ela de volta... – Waverly dizia, procurando escolher bem suas palavras – E realmente não sei o que deu em mim, mas eu cheguei a dizer certas coisas que poderiam ser... Sugestivas.

- Gosto de coisas sugestivas...

- E teve um momento em que ficamos bem perto... Eu comecei a tremer. E depois ela me falou umas coisas a meu respeito... Foi como se ela tivesse lendo a minha alma, sabe? – a garota olhou para Sarah, que a ouvia com atenção – Isso faz sentido?

Love ThingOnde histórias criam vida. Descubra agora