17 Outra Vez

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(Nota: Está difícil, né? Eu sei, todos nós sabemos. E muitas vezes, bate aquela sensação de impotência, de querer fazer algo com mais impacto e não ser capaz, não importa por qual motivo. Eu sinto isso também. Eu diria para nós respirarmos fundo, mas até esse respirar fundo não parece mais ser o suficiente, pois está difícil. Locais que antes era considerados seguros e de distração, agora podem ser considerados perigosos, e isso é assustador. E por mais difícil que seja, é nessas horas que eu procuro me informar, também da melhor forma possível, sobre o que está acontecendo no mundo, mesmo que as noticias não sejam animadoras. Informação correta é a chave para tudo, e cada pessoa absorve isso de uma forma, e se manifesta a respeito disto no momento que achar que deve fazê-lo. Se você puder, doe para as causas que acredita. Se não puder doar, assine as petições nos canais certos, pois mesmo sendo um trabalho de formiguinha, é possível fazer um formigueiro gigantesco. Se você achar que deve ir ás ruas, vá com segurança. Como eu disse, cada pessoa reage de um modo, pois cada pessoa é unica. O meu modo de ajudar é assinando petições, e nesse momento em específico, postando mais um capítulo desta fic, para que pelo menos por alguns momentos, eu possa tentar trazer uma pequena distração para vocês que a acompanham. E aqui eu finalizo com uma frase do Dumbledore que eu gosto muito e que eu levo pra vida: "A felicidade pode ser encontrada nos momentos mais difíceis, se você se lembrar de acender a luz."

PS: obrigada w8haught Por ter tingido o cabelo da Kat/Nic pra mim ^^ )

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De olhos fechados no banco de trás do carro dos amigos, Waverly sentia um peso dentro de si que a estava fazendo sentir-se mal outra vez. Alegando que estava somente cansada, ficou em silêncio boa parte do caminho até o antigo colégio e respirava fundo, se lembrando que durante a madrugada, Nicole a ajudara em um momento difícil.

A recordação por completo do ocorrido na noite anterior a deixou retraída, não somente pelo fato de ter interrompido o ato que Nicole realizava, mas porque foi exatamente isso que trouxe à tona memórias que ela pensou estarem enterradas bem lá no fundo de seu pequeno ser. Enquanto se arrumava e ao longo do trajeto, a dançarina procurava a todo custo esquecer tais imagens, mas não estava dando muito certo e ela ponderou que talvez seria o momento de voltar a realizar suas sessões diárias de meditação, atividade que ela interrompeu após retornar para o Canada, e quiçá, agendar uma visita com a terapeuta com o qual realizou tratamento quando era adolescente.

"Se ela ainda estiver clinicando...", disse para si e respirou fundo outra vez.

Nicole... Por um momento quase desistiu de comparecer à reunião com os amigos, mas tinha consciência de que precisava tentar conversar com a ruiva sobre o ocorrido, primeiro para pedir desculpas, de novo, e segundo, e talvez o mais importante, dizer que a culpa não era dela... Ou era? Se as duas não tivessem se atracado daquela forma, nada daquilo teria acontecido...

"Por Deus, Waverly, a culpa não é de ninguém..."

Com esforço, ela foi ficando mais calma, o que a permitiu comentar coisa ou outra com Sarah e Nathan, que falavam animadamente sobre a época em que estudavam. Como Nathan era do colégio rival, podemos dizer, a conversa girava mais em torno de comparações e de qual time de basquete era o melhor.

- O time de vocês pode ter ganhado aquele último jogo, mas nossa apresentação da torcida foi infinitamente melhor! – Sarah se gabava – Sua irmã, inclusive, errou vários passos!

- Isso é verdade – Waverly concordou – Mesmo da arquibancada, eu estava prestando atenção.

- Você estava prestando atenção na minha irmã, Wave? – Nathan a olhou pelo retrovisor.

Love ThingOnde histórias criam vida. Descubra agora