Love Thing

Feitiço do Tempo

(Olá amores e amoras, tudo bem com vocês? Espero que sim. Peço desculpas pela demora, mas aqui está mais um pedacinho para vocês. E com ele, vem uma noticia: entrarei em hiatus novamente. Eu não queria, mas como aconteceu da outra vez, ele vai ser estratégico e necessário. Continuarei produzindo e voltarei o mais rápido que eu conseguir, tudo bem? Mais uma vez eu agradeço todo o carinho de vocês, não sabem o quanto é importante. E nas notas finais, eu deixo uma pergunta para vocês. Besitos.)

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Antes das meninas Waverly e Nicole me relatarem os fatos que tenho narrado nesta estória, eu escrevi outra, e nela eu usei uma frase do escritor Douglas Adams, que falava justamente sobre o tempo. A dita cuja dizia o seguinte: "[...] o tempo é uma ilusão. A hora do almoço é uma ilusão maior ainda".

Ironias a parte, Douglas também escreveu algumas estórias do Doutor, que é o dono da TARDIS, aquela máquina do tempo, e nave espacial, eu que narrei no Capítulo Um. E agora chegamos ao Capítulo Quarenta. E de um ao outro, onze meses se passaram.

Não sei quanto a vocês, mas eu particularmente não vi esse tempo passar. Quando me dei conta, já estava aqui escrevendo essas palavras e analisando as palavras do escritor, concordando com ele que realmente o tempo é uma grande ilusão, que nossas vidas corridas acabam por se tornar tão atribuladas que quando menos esperamos, olha lá mais um ano passando e nos damos conta de que não fizemos nem metade do que gostaríamos.

E é aqui que eu pego emprestado a frase de um grande sábio*, que certa vez disse que "tudo o que temos que decidir é o que fazer com o tempo que nos foi dado".

E foi exatamente isso que nossas personagens fizeram com o tempo que lhes foi dado.

O pouco tempo de veraneio que Nicole e Waverly dispuseram na companhia uma da outra passou mais rápido do que ambas gostariam de admitir, mas isso não as impediu de realizarem boa parte de seus planos. Houveram passeios de todos os tipos possíveis, tanto delas sozinha, como acompanhadas dos amigos em comum. Foram ao cinema, parques, lanchonetes e restaurantes e entre um local e outro, não saiam da casa uma da outra.

Nicole ajudou Waverly a arrumar suas malas e a empacotar pertences que a animadora fazia questão de levar. De primeiro momento, Waves falou que não queria incomodá-la, dizendo que poderia fazer tudo sozinha, mas a ruiva fez questão. E no fundo, Waverly ficou grata, afinal, queriam aproveitar cada minuto na companhia da outra.

Certo dia, e talvez um dos mais significativos, foi aquele em que Waverly finalmente tirou o gesso do seu pulso. O alivio de ser ver livre dele foi tão grande que a menina veio as lágrimas, sendo amparada pela mãe e por Nic, que ficou aguardando o final da consulta na sala de espera. A animadora recebeu várias recomendações de seu médico, sendo orientada a inclusive realizar algumas sessões de fisioterapia antes de viajar e a Sra. Gibson lhe respondeu que isso não seria um problema.

E não seria mesmo, pois Nicole acompanhou a garota nas sessões de exercícios fisioterápicos que a animadora realizou enquanto estava na cidade.

Os dias se passaram e aos poucos, os amigos mais próximos de ambas as meninas começaram a se despedir, pois cada um estava seguindo seu caminho. Promessas de não perderem o contato foram feitas, assim como combinaram de sempre que estivessem na cidade, se encontrassem para colocar a conversa em dia.

E quando se deram conta, Waverly estava com uma mochila das costas, passaporte e bilhete de embarque em mãos, e ouvindo seu voo ser anunciado. A garota abraçava sua mãe de modo apertado, a mais velha com o rosto vermelho pelas lágrimas já saudosas pela filha, que tinha os olhos marejados mas dizia palavra confortadoras. Ao se afastarem, trocaram um selinho carinhoso e maternal e a Sra. Gibson se afastou, indo em direção a Nicole e apertando o ombro da ruiva.