(Olá pessoas! Assim como o capítulo anterior, esse pedacinho estava na minha mente já fazia um bom tempo e é bom finalmente poder postar. Peço desculpa por possíveis pontas soltas, eu me esforcei pra não ter isso. Espero que gostem. Besitos.)
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A quietude somente era quebrada pelas risadas exaltadas dos demais quartos, tão alegres que escorriam pelas frestas das portas entreabertas ou qualquer vão que pudessem encontrar. Deveria ser o horário de visitas, a mente de Nicole disse baixinho e ela abriu um sorriso leve.
Ela conseguia sentir tudo aquilo, a ponto de ter beijado Waverly, tamanho sentimento de êxtase que estava em seu peito e que precisava ser extravasado de alguma forma. Todavia, sentimentos conflitantes começavam a pesar em seus ombros, bem diferente do toque da dançarina no mesmo local, que procurava amenizar sua ansiedade crescente.
- Vocês têm certeza que querem que eu fique? – Ela questionou outra vez – Eu vou compreender se quiserem privacidade.
- Não tem problema, Waves – Travis pegou um dos cafés que trouxe e se sentou em uma poltrona. Seu corpo estava tenso, era claro. – Você também tem o direito de saber, afinal, vocês estão juntas.
- Nós não estamos juntas – as duas falaram ao mesmo tempo.
- Não? – As sobrancelhas do rapaz se ergueram em surpresa – É que o jeito que vocês chegaram na minha casa, e agora a pouco, eu poderia jurar que-
- Não somos um casal, Travis. – Nicole interrompeu, não querendo ser rude. Não era o momento de falar a respeito disso.
- Certo. Então, o que você quer saber?
Os dois irmãos se encararam e uma avalanche de perguntas invadiu a mente de Nicole. A ruiva respirou fundo, bufou e por alguns segundos, enquanto não conseguia colocar as frases em ordem, observou Travis como nunca tinha feito antes e ali encontrou o que sempre esteve na sua cara, mas que devido sua distração adolescente nunca percebeu: ele era alto como o seu pai, assim como o formato dos olhos e nariz, e a boca, se não estivesse enganada, era do seu avô.
"Como pude ser tão cega? "
A fotógrafa passou as mãos pelo rosto e sentou-se no sofá de dois lugares em frente ao rapaz. Por sua vez, Waverly pegou os cafés que estavam na mesinha lateral e entregou um deles para Nic, sentando-se ao lado da garota. Ambas tomaram um gole do liquido ao mesmo tempo e quem tomou a palavra foi Waverly.
- Okay, se eu tenho o direito de saber, eu começo – seus lábios crisparam e ela olhou para Nicole, que encarava o chão. Precisava ter cuidado com o que perguntaria. No fundo, nem sabia se tinha o direito de se intrometer em tudo aquilo, mas alguém precisava iniciar aquele diálogo – Eu acho que a pergunta do milhão é: por que esperou tanto tempo, Travis?
Nicole olhou para Waverly e em seguida pra Travis, endireitando-se no sofá e aguardando a resposta do rapaz. Não queria que seu coração estivesse disparado daquela forma, muito menos que suas mãos estivessem inquietas e ela não sabia se segurar o pequeno copo de café estava ou não ajudando a disfarçar seu nervosismo.
- Eu não podia contar – o rapaz iniciou e balançou a cabeça de forma negativa – O meu pai não cometeu suicídio, Nicole. Ele foi assassinado.
As duas garotas arregalaram os olhos de tal forma que parecia que seus globos oculares iam saltar de suas faces, igual acontecia em desenhos animados. Se ajeitaram no sofá ao mesmo tempo, processando aquela informação que não era tão absurda assim, mas que ainda continha muitas pontas soltas.
- Como? – Nicole conseguiu falar, colocando o copo que segurava no chão ao lado do sofá. Seus olhos correram para Waverly, que estava com uma das mãos na boca e parecia mais branca que o normal.
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Love Thing
Hayran Kurgu|Concluída| Poderia um projeto de Capsula do Tempo ser levado a sério por alunos prestes a finalizar os estudos, ainda mais com várias situações teoricamente mais importantes do que uma simples carta, acontecendo nos últimos dias de aula? Em meio...