Em certo momento ele viu que Micaela se remexia impaciente e resolveu perguntar:
— O que está sentindo? Quer se sentar?
— Não. É que eu quero fazer.... Preciso ir ao banheiro.
— E por que não vai?
— Tem gente lá.
— Espere a pessoa sair.
— Ela está vomitando, Nicolas, não sei nem quando vai sair de lá. Mas o que o Lucas tinha na cabeça disponibilizando apenas um banheiro?
— Acho que ele não estava muito bem. – Constatou Nicolas vendo que o amigo já não estava muito sóbrio – Vou perguntar onde tem outro.
Saiu ao encontro de Lucas no meio das pessoas e alguns segundos depois estava de volta dizendo:
— Ele disse que tem um lá em cima, pode usar ele.
— Ainda bem. – Respondeu Micaela aliviada.
Subiram as escadas e se depararam com um grande corredor cheio de portas.
— Onde é? – Perguntou ela.
— Eu não faço a menor ideia. – Respondeu Nicolas encarando o corredor.
— Como você não conhece a casa do próprio amigo?
— Eu não conheço essa. O pai dele perdeu um pouco de dinheiro e eles tiveram que mudar para essa casa menor.
— Menor? Nicolas, essa casa é maior do que a nossa.
Quando ele apenas deu de ombros ela continuou:
— Eu nem quero imaginar o tamanho que era a outra casa.
— Você não queria ir no banheiro?
— Quero.
— Então procura na direita que eu procuro na esquerda.
Eles começaram a procurar abrindo cada porta do corredor e encontrando somente quartos, Micaela estava começando a ficar desesperada, a cada minuto sua vontade só aumentava e nada de achar o banheiro.
Abriu uma porta e se deparou com um rapaz e duas moças deitados na cama, e fazendo.... Coisas nada agradáveis.
Ela arregalou os olhos e logo começou a se desculpar.
— Me desculpem.... E-eu só estava procurando o banheiro.
Nicolas apareceu atrás dela e disse fechando a porta:
— Mil perdões.
Micaela se voltou para ele e perguntou:
— Como conseguem?
— Não me pergunte isso.
— Você fazia esse tipo de coisa?
— E eu tenho cara de quem tem disposição para isso?
Ela analisou bem o marido, cada traço do rosto, cada músculo bem esculpido e o porte físico grande.
— Tem. – Respondeu ela por fim.
Ele abriu a boca para se defender, mas desistiu e continuou a procurar, achando a porta certa.
— É essa aqui. – Disse.
Micaela não pensou duas vezes e adentrou rapidamente no banheiro, enquanto Nicolas a esperava do lado de fora encostado na parede.
Minutos depois ele a ouviu dizer:
— Essa não!
— Micaela, está tudo bem? – Perguntou Nicolas abrindo a porta e entrando.
Ela encarava a pia com uma expressão perplexa, se virou para ele e seu rosto mostrava que havia aprontado algo.
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Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2
RomanceQuase quatro anos depois dos acontecimentos que mudaram sua vida, Nicolas Lambertini está mais realizado do que poderia desejar. Ele se esforça para ser um bom rei, empresário e um ótimo filho, irmão, marido e pai. Com o filho quase chegando ele mal...