Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2

Capítulo 19

"Sim, eu sei, estou atrasadíssima, mas peço que me entendam, a faculdade me consome hahahahah (rindo de nervoso). Quem estuda sabe como as coisas ficam corridas em finais de semestres e principalmente em TCC. Por isso já deixo avisado que se eu sumir é porque estou correndo com as coisas, mas prometo que daqui para frente as coisas vão começar a esquantar na história! Isso mesmo, muitas surpresas vem por aí. Aguardem e por favor não me matem! hahaha beijos e boa leitura!"

Na quinta feira daquela semana, Nicolas se levantou cedo junto com Micaela para se arrumarem, ela desceu na frente para tomar o café, enquanto ele permaneceu no quarto terminando de se arrumar. Seu celular tocou e ele logo viu que era uma mensagem de texto.

"Seu tempo está acabando, senhor Lambertini. Espero que tenha pensado na proposta"

O sangue subiu fervendo e ele se viu atirando o celular contra a parede, fazendo os pedaços se espalharem pelo quarto.

Quem aquele cretino pensava que era? O ameaçando assim? Ele ia dar um jeito. Ah se ia!

Desceu e se lembrou que tinha um outro assunto para resolver, então pediu para conversar com sua mãe em particular.

- O que queria falar comigo, filho?

- Eu quero a Natasha fora daqui. - Respondeu ele bruscamente.

- Mas outra vez essa história?

- Mãe, ela está aprontando uma atrás da outra. Quer me atingir e usa a Micaela para isso.

- Está dizendo besteira, Nicolas. Essa moça trabalha o dia inteiro aqui, estou sempre por perto dela, não a vejo tramar nada.

- Não vê porque a senhora não quer!

- Nicolas, me dê um bom motivo para eu demiti-la.

- Você viu o que ela aprontou com aquele quadro. Não é o suficiente?

- Ora, Nicolas, aquilo foi um acidente. Não pode provar que ela fez aquilo de propósito.

- Meu Deus! A senhora está cega.

- Eu gostaria de saber o que você tem contra ela. Porque sei que a conhece e que algo aconteceu e você não quer me contar.

- A senhora não entenderia.

- Por que não tenta?

- Porque eu a conheço.

- Então não reclame, Nicolas! Se não confia em mim para me contar o que aconteceu para que eu possa te entender, então Natasha continua aqui. - Respondeu ela nervosa e saindo da sala.

Nicolas bufou de raiva e saiu da sala também dando de cara com Natasha que o encarava sem expressão alguma. Ao vê-la ali, seu sangue ferveu e ele disse com firmeza:

- Pare de ficar colocando coisas na cabeça da minha mulher. Eu estou te avisando se você fizer mais uma gracinha sequer, não me interessa que seja a queridinha da minha mãe, eu vou fazer da sua vida um verdadeiro inferno e você vai implorar para sair daqui.

Dizendo isso ele saiu andando e entrou no escritório deixando a porta meio aberta. Se sentou na poltrona e bufou novamente. Depois foi até o frigobar que ficava perto da porta e pegou uma garrafa de água e bebeu enquanto analisava o papel na sua mão.

Estava na mesma posição, em pé, quando sentiu mãos macias em seu ombro, mas aquelas mãos não eram de Micaela, logo a confirmação veio por meio da voz da pessoa que estava atrás de si:

- Você parece nervoso hoje.

Ele rapidamente se desvencilhou das mãos dela e se virou para encará-la.