Capítulo 30

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"Olá, meus amores, como estão? Saindo do forno um capítulo quentinho para vocês e antes de lerem tenho recadinhos para dar!

Esse livro já está completamente pronto no meu computador, então daqui para frente não vão haver atrasos! O que já me ajuda bastante. O capítulo da semana que vem trás bastantes surpresas, então não percam, viu!

O outro recado é que o TERCEIRO livro da série já está sendo desenvolvido! Isso mesmo, já estou trabalhando nele e logo depois que esse terminar, começarei a postar o outro, porém... Não vou dizer do que se trata ainda. Só posso dizer que não conta mais a história do Nick e da Micaela... Quem será o protagonista? Façam suas apostas! Só para deixar vocês um pouquinho curiosos Hahahahaha. Espero que aproveitem a leitura e me digam o que estão achando! Obrigada por lerem. Beijos!"

Pela tarde Thomas ligou para Micaela, que tinha ido para a empresa, e avisou que o conhecido dele que entendia de computadores estaria livre, mais do que rapidamente ela saiu correndo e voltou para casa.

— Onde ele está? – Perguntou ela entrando afobada.

Thomas se levantou do sofá que estava e logo apresentou seu amigo a ela.

— Micaela, esse é o Ricardo. Ricardo, essa é minha prima, Micaela. Acho que eu não precisava te apresentar ela.

— Com certeza não. – Riu o moço de óculos – Impossível não reconhecer a rainha. É um prazer conhecer a senhora pessoalmente.

Micaela apertou a mão de Ricardo, retribuindo o cumprimento, e disse:

— O prazer é todo meu, mas pode me chamar de Micaela. Me sinto uma idosa quando me chamam assim.

— Como quiser.

— Ótimo, então acho que agora podemos analisar o computador do Nicolas, certo?

— Claro! Vamos lá.

Ela os guiou até o escritório e ligou o computador, logo depois Ricardo assumiu a poltrona atrás da escrivaninha e começou a trabalhar. Poucos minutos depois ele disse:

— É, pelo que eu vejo aqui ele imprimiu o documento mesmo.

— Tem certeza? – Perguntou Micaela.

— Absoluta, está no histórico de impressão.

— Como que isso foi parar aí?

— Pode ter sido enviado pelo e-mail dele, vou verificar.

Ele trabalhou mais alguns minutos e fez uma careta de desgosto.

— Não tem nada nos e-mails. Nada parecido com o documento que vocês me disseram, pelo menos.

Micaela suspirou cansada. Aquilo não podia ficar pior, como explicaria o fato daquele documento ir para ali? Nicolas não usava pen drive, o que já eliminava uma possibilidade. Ele era neurótico com essa coisa de vírus. Ela precisava pensar mais um pouco, tinha que haver alguma explicação!

— Preciso pensar. – Disse ela por fim.

— Como disse? – Questionou Thomas.

— Preciso pensar um pouco, vou pedir para vocês saírem, mas não vá embora ainda, Ricardo.

— Tudo bem. – Respondeu o rapaz se levantando.

Micaela assumiu a cadeira e apoiou os cotovelos na escrivaninha, sua mente parecia maquinar alguma coisa, os outros dois já iam saindo quando Thomas disse:

— Vamos, cara, tenho certeza que acho alguma coisa para bebermos aqui. Onde tem vinho, Micaela?

— Na adega do Nicolas, você sabe onde fica.

— Claro. Quando tiver alguma ideia nos chame, Sherlock.

— Prefiro Poirot. – Respondeu ela e quando Thomas a encarou confuso, acrescentou – Agatha Christie.

Por fim ela ficou sozinha como queria, mil ideias giravam na sua cabeça, então resolveu colocar tudo em ordem. O que ela não estava vendo? Qual possibilidade não estava considerando?

Nicolas tinha no computador um documento que não era para estar ali, tinha imprimido o documento, mas não havia sinal de onde ele tinha vindo, ele não usara pen drive, não baixara do e-mail, não foi implantado no meio dos outros papéis, mas então.... Qual outra possibilidade? A não ser que.... Sim! Podia ser isso, e Ricardo ajudaria muito se confirmasse.

Logo ela se levantou e saiu do escritório, não sabia ao certo quanto tempo ficara sozinha, apenas sabia que tinham sido minutos até chegar àquela conclusão. Avistou os dois conversando na sala de estar e rindo, ela entrou rapidamente, parou em frente a eles e disse:

— Cavalo de Tróia.

— O quê? – Perguntou Thomas confuso.

— Nicolas não usa pen drive, então o documento também não pode ter vindo de lá, não tinha nada nos seus e-mails, também não veio de lá, o documento não foi implantado no meio dos outros, pelo menos não fisicamente. Então uma possibilidade é que ele tenha sido implantado por meio de um cavalo de Tróia no computador. Faz sentido, Ricardo?

— Bom.... Até que faz. O Cavalo de Tróia é um malware que pode criar uma backdoor que pode dar acesso a outro malware que pode corromper os arquivos.

— E acha que o documento pode ter sido inserido no computador para que Nicolas o imprimisse?

— Ou pode ser que um outro documento possa ter sido modificado para ser exatamente igual ao documento original que seria redigido, mas com números diferentes.

— Isso muda as coisas! Podemos ligar para os advogados e pedir que eles peçam uma perícia no computador dele.

— Vai pelo menos provar que ele não tinha o documento de propósito no computador. – Se meteu Thomas.

— O Cavalo de Tróia pode ter entrado no computador através de um software corrompido. – Disse Ricardo.

— Ótimo, vou ligar para os advogados. – Respondeu Micaela.

Ela saiu rapidamente e poucas horas depois alguns policiais vinham apreender o computador e levar para a perícia. Micaela não poderia estar mais animada, para ela aquilo era apenas o começo, com certeza lutaria mais para livrar seu marido da acusação.

Pela noite, depois do jantar, ela se aproximou de Thomas que estava do lado de fora da casa, perto do lago, encarando o vazio. Ele parecia imerso em seus próprios pensamentos e não a viu se aproximar.

— Parece que agora as coisas vão se ajeitar, não é? – Disse Micaela.

— Bom, como eu já disse, se o malware for detectado, só vai provar que ele não tinha conhecimento de que o documento estava ali. O que precisamos saber agora é porque e como assinou, porque aquela é a letra dele... Mas um passo de cada vez. Nós vamos resolver isso.

— Eu jamais vou saber te agradecer, Tommy, por tudo o que está fazendo por nós.

Ele olhou para ela e a encarou com ternura, logo passou o braço pelos ombros dela e a trouxe mais para perto, como se quisesse protegê-la.

— Você não tem que agradecer, pimentinha.

— Já disse para parar de me chamar assim.

— É inevitável!

— Pode contar comigo também. O que quer que esteja acontecendo com você, Thomas, pode me contar ou pedir minha ajuda. Estamos aqui para nos apoiar.

— Obrigado pela boa intenção.

Eles ficaram mais algum tempo observando aquelas águas calmas e ouvindo grilos e corujas, logo depois entraram e a casa inteira se silenciou. Pela primeira vez todos ali dormiam tranquilos, tendo a esperança de que tudo começava a se acertar.

Julgado. Um passado de Nicolas Lambertini - #2Onde histórias criam vida. Descubra agora